Cidades

PANDEMIA

Cerca de 80% dos dentistas continuaram atendimento

Do total, 72% seguiram restrições exigidas pelo conselho profissional

Continue lendo...

Pesquisa feita pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) com 40 mil cirurgiões-dentistas entre os dias 25 de junho e 3 de julho revelou que 82% desses profissionais continuam exercendo a odontologia durante a pandemia do novo coronavírus, mas seguindo os cuidados de biossegurança recomendados pela entidade.

Desse total, 72% disseram que continuaram trabalhando com as restrições exigidas, entre as quais alteração do horário de atendimento, menor número de auxiliares, prioridade para urgências e emergências; 10% afirmaram continuar trabalhando sem qualquer tipo de restrição; e 18% interromperam os trabalhos nesse período. 

O Presidente do CFO, Juliano do Vale, afirmou que essa é a primeira vez na história do Sistema Conselhos que o trabalho foi feito nessa escala. 

O Brasil tem quase 340 mil cirurgiões-dentistas com inscrição ativa. Todos foram ouvidos e, desses, 40 mil participaram da consulta. “A partir daí, tivemos a oportunidade de analisar o cenário atual e propor melhorias de acordo com as necessidades e particularidades de cada região do país”, disse Vale.

O presidente do CFO considera que os cirurgiões-dentistas e suas equipes de auxiliares e técnicos “são os profissionais mais aptos à retomada do trabalho, frente à crise sanitária enfrentada atualmente no país, considerando o conhecimento em biossegurança adquirido em ambiente acadêmico e fortalecido neste momento”.

Rede pública

Outra pesquisa, feita pelo Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) entre os dias 15 e 24 de maio deste ano, revela que as consultas odontológicas na rede pública de saúde caíram, em média, 83,5%, nesse período em que o Brasil era declarado o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus e a curva epidêmica de contágio subia. Foram entrevistados três mil dentistas de todo o país que atendiam pacientes nos sistemas público e privado de saúde.

Falando hoje (28) à Agência Brasil, o professor Rafael Moraes, da Faculdade de Odontologia da UFPEL, coordenador da pesquisa, informou que as regiões que apresentaram os maiores índices de queda dos atendimentos odontológicos na rede pública foram o Nordeste, com 88,5% e o Norte, com 86,5%, seguidos do Centro-Oeste e Sudeste, com 82,5% e 82,4%, respectivamente. 

A região que apresentou a menor taxa de redução das consultas na rede pública de saúde foi o Sul, com 77,4%.

Na rede privada, o Nordeste também liderou a queda dos atendimentos odontológicos, com 83,1%, enquanto Centro-Oeste e Sul mostraram os menores índices (61,1% e 50,7%, cada). Nos consultórios particulares, as consultas caíram, no período, 68,2%, de acordo com a sondagem nacional. 

Considerando os atendimentos nas redes pública e privada, o estado que teve a menor redução de consultas foi o Rio Grande do Sul (64%), enquanto o Ceará registrou a maior queda (93%). Rafael Moraes destacou que, “em maio, o Nordeste estava com mais casos e óbitos, o que reflete bem o cenário”.

Os profissionais odontólogos que responderam à pesquisa afirmaram ter muito medo de contrair a covid-19, sendo 58,3% no Nordeste, 57,3% no Norte, 43,6% no Sudeste, 40,9% no Centro-Oeste e 33,4% no Sul.

Oitenta e quatro por cento dos consultados consideraram alto ou muito alto o impacto da pandemia na sua rotina de trabalho, gerando gastos financeiros. 

Segundo relatou Rafael Moraes, esse impacto levou a mudanças na infraestrutura física da clínica, como reformas, restrição a acompanhantes, afastamento de cadeiras; compra de equipamentos de proteção individuais (EPIs) diferentes dos habituais, mais caros e mais desconfortáveis, como máscaras N95, escudos faciais, jalecos descartáveis; adoção de novos procedimentos na triagem de pacientes, entre os quais medir a temperatura, aplicar questionário específico para covid-19, bochechos antimicrobianos. 

A odontologia é considerada uma das profissões com maior risco de contágio por covid-19 devido à proximidade de contato com pacientes, saliva e sangue, indica a pesquisa da UFPEL.

Contágio

O presidente do CFO, Juliano do Vale, salientou, por sua vez, que o risco de contágio da covid-19 nos consultórios odontológicos é semelhante ao de qualquer outro ambiente que presta serviços de saúde. 

expôs, o risco de contaminação dos consultórios odontológicos “pode ser minimizado ou até mesmo eliminado, se forem adotadas todas as recomendações que envolvem métodos de desinfecção e esterilização de equipamentos, instrumentais e materiais odontológicos e o uso adequado de equipamentos de proteção individual”. 

Destacou também que o cirurgião-dentista e a equipe técnica possuem preparo profissional para lidar “com ambientes de alto risco biológico".

Campanha

Visando encontrar alternativas para manter os cuidados com a saúde bucal da população durante a pandemia, foi lançada recentemente pela Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo) a campanha Todos Pela Odontologia. 

O projeto está sendo conduzido com apoio de sindicatos, profissionais e empresas do setor. O presidente do CFO, Juliano do Vale, afirmou que a adesão à campanha ratifica a importância da união para enfrentamento da doença provocada pelo novo coronavírus.

"Como a primeira etapa da campanha tem como foco a biossegurança, o CFO contribui com a disponibilidade do conteúdo técnico produzido desde o início da pandemia. 

O material é composto por recomendações, medidas protocolares específicas e cuidados a serem adotados no ambiente clínico, consultórios ambulatoriais, Unidades de Terapia Intensiva, pelo cirurgião-dentista, pela equipe auxiliar e pelos pacientes”, reiterou Vale.

O CFO publicou dois manuais, sendo um voltado para boas práticas em biossegurança para ambientes odontológicos e outro direcionado para boas práticas em biossegurança e desinfecção de materiais de moldagem e moldes para profissionais de prótese dentária, elaborados em parceira com o Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO) e o International Team for Implantology (ITI).

A campanha da Abimo apresenta lives (eventos ao vivo pela internet) e materiais que reforçam a importância da saúde bucal durante a pandemia. Um dos materiais distribuídos foi o Manual de Biossegurança, produzido pela empresa Neodent, de implantes dentários, durante o movimento #ContaComigo, que envolveu diversos profissionais ao longo dos últimos meses. 

Cidades

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Acidente aconteceu na noite desta sexta-feira (4); homem teve fratura facial e está internado

05/04/2025 15h30

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS Reprodução - TL Notícias

Continue Lendo...

Um peão identificado como Johanderson Britto, representante da cidade de Teodoro Sampaio (SP), sofreu um grave acidente durante uma montaria na noite desta sexta-feira (4), na Festa do Peão de Inocência, município localizado a 337 km de Campo Grande. As informações são do portal TL Notícias.

Durante a apresentação, Johanderson foi violentamente atingido pela cabeça do touro e caiu já desacordado dentro da arena. O competidor foi socorrido imediatamente pela equipe de emergência do rodeio.

Ainda inconsciente, foi encaminhado inicialmente ao hospital de Inocência. Porém, devido à gravidade do impacto, precisou ser transferido com urgência ao Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.

Segundo informações preliminares obtidas pelo TL Notícias, Johanderson sofreu fratura facial e foi sedado por recomendação médica. Apesar da gravidade, ele passou a noite estável, sem alterações clínicas.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Johanderson pediu orações e agradeceu o apoio que tem recebido:

"Estamos em orações para sua rápida recuperação. Que Deus esteja com ele e com toda a equipe médica."

Veja o vídeo: 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal e por eventuais danos ao meio ambiente

05/04/2025 14h30

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS Divulgação

Continue Lendo...

Uma construtora é suspeita de realizar a extração e pesquisa de basalto sem as devidas licenças ambientais no município de Deodápolis - localizado a 264km de Campo Grande. Diante da possível irregularidade, o Ministério Público do Estado (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar o caso e investigar se houve dano ambiental.

Segundo a portaria que deu origem ao procedimento, a empresa possui alvará da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a pesquisa e exploração do minério. No entanto, a legislação ambiental brasileira exige, além da autorização da ANM, o licenciamento ambiental específico para esse tipo de atividade o que pode não ter sido obtido pela construtora.

Diante destes fatos, o MPMS encaminhou ofícios à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e à Polícia Civil de Deodápolis, solicitando diligências no local da extração. As equipes devem verificar se a atividade está sendo realizada de forma irregular, sem a documentação ambiental necessária.

Após a conclusão das diligências e a análise dos documentos reunidos, o Ministério Público decidirá quais medidas tomar. Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal de basalto e por eventuais danos ao meio ambiente.

O que diz a lei ?

De acordo com o art.10 da Lei nº 6.938/1981 Política Nacional do Meio Ambiente, 'atividades modificadoras do meio ambiente estão sujeitas a licenciamento ambiental prévio'. Esse licenciamento deve ser feito junto ao órgão ambiental competente (municipal, estadual ou federal, dependendo do impacto).

Já o Código de Mineração (Decreto-Lei nº 227/1967) e normas da Agência Nacional de Mineração (ANM) diz que a instituição pode conceder alvarás de pesquisa e autorizações de lavra, mas isso não substitui o licenciamento ambiental.

O empreendedor precisa da licença ambiental emitida pelo órgão ambiental estadual - como é o caso do IMASUL, em MS - antes de iniciar a operação.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).