Cidades

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Cesta básica tem variação de até 301% e produtos chegam a dobrar de preço em Campo Grande

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 14 de abril e avaliou os preços de 28 produtos em 13 supermercados

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O consumidor campo-grandense pode pagar até três vezes mais pelo mesmo produto, dependendo do supermercado escolhido. É o que aponta a pesquisa mais recente do Procon-MS, vinculada à Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), que analisou os preços da cesta básica entre os dias 8 e 14 de abril em 13 estabelecimentos da capital.

A maior diferença de preços foi observada na esponja de lã de aço, que apresentou variação de 181,21%, custando de R$ 1,49 até R$ 4,19. Os produtos de higiene pessoal também registraram oscilações elevadas, como por exemplo: o sabonete teve variação de 177,52%, e o papel higiênico folha dupla (pacote com quatro unidades) alcançou até 114,46% de diferença entre o menor e o maior preço.

Entre os alimentos, o fermento de 100g da marca Royal apareceu como destaque, com variação de 143,63%, seguido pelo alho (116,01%) e o fubá mimoso (108,57%). O café em pó de 500g, dependendo da marca, teve diferença de até R$ 8, variando de R$ 21,90 a R$ 29,95. 

Já o arroz tipo 1 de 5kg, item essencial na mesa dos brasileiros, apresentou variação de até 56,37%.

A pesquisa incluiu ainda o levantamento de preços de proteínas. O quilo do miolo de agulha variou 64,27% - de R$ 27,99 a R$ 45,98. Já o patinho sem osso apresentou preços entre R$ 36,90 e R$ 49,90, uma diferença de 35,23%.

No hortifrúti, o tomate teve variação de 90,63% sendo vendido a R$ 7,79 no bairro Santa Fé, e a R$ 14,85 em um supermercado do bairro Aero Rancho.

A cebola chegou a incríveis 301,34%, embora o valor médio seja menor em relação a outros itens. O alho, por sua vez, foi encontrado por valores que ultrapassam os R$ 50 o quilo em determinados pontos da cidade.

Recomendações

Para conter os impactos no orçamento familiar, o Procon orienta os consumidores a elaborarem listas de compras e compararem os preços entre marcas e estabelecimentos. A autarquia reforça ainda a importância de observar o prazo de validade, a rotulagem e as informações nutricionais dos produtos, sobretudo os industrializados.

Além disso, o órgão alerta que alguns produtos com marcas distintas podem ter fórmulas semelhantes, o que permite substituições sem comprometer a qualidade do item adquirido.

O levantamento completo com os preços praticados em cada supermercado está disponível no site oficial do Procon de Mato Grosso do Sul.

Para evitar gastos desnecessários e controlar melhor o orçamento, o Procon recomenda que os consumidores façam uma lista prévia antes das compras, observando com atenção itens como prazo de validade, informações nutricionais e rótulos.

A instituição ainda ressalta que marcas diferentes podem oferecer produtos com a mesma formulação, o que permite ao consumidor escolher com base no custo-benefício. A comparação entre os estabelecimentos é apontada como uma das formas mais eficazes de economizar.

Confira a lista completa: 

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ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

CAMPO GRANDE

Trabalhadores engrossam paralisação na Santa Casa

Se no primeiro dia manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, ato é engrossado e pelo menos dois mil  trabalhadores aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário

23/12/2025 11h00

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: 

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua". Marcelo Victor/Correio do Estado

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Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos/serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua".

"Com efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores", complementa a Santa Casa de Campo Grande em retorno. 

Em outras palavras, se no primeiro dia a manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, a paralisação é engrossada e pelo menos dois mil  trabalhadores da Santa Casa (dos quatro mil totais) aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário. 

Sem acordo

    

Enquanto a Santa Casa de Campo Grande aponta que, até o momento, não há nenhuma novidade em relação ao pagamento do décimo terceiro, que afeta todos os funcionários celetistas da unidade, a paralisação acaba impactando na vida não somente dos trabalhadores mas também de pacientes e visitantes. 

Ainda ontem no fim da tarde, através das redes sociais, a Santa Casa de Campo Grande emitiu comunicado anunciando ajustes temporários nas rotinas de vista aos pacientes, diante da paralisação. 

Essas visitas estão autorizadas tanto para pacientes internados na Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quanto nas enfermarias. 

Esses ajustes na rotina seguem as seguintes diretrizes: 

  • - Apenas um familiar será liberado e permitido vistar o paciente;
  • - Cada paciente tem direito a uma visita por dia, feita pelas manhãs, às 11h. 
  • - Acesso das visitas deve ser feito exclusivamente pela porta de vidro do térreo.  

Há o detalhe de que, para os pacientes da área de trauma, onde ficam os acidentados, os visitantes devem dirigir-se pela entrada específica do setor. 

É o caso de Vitória Lorrayne, que está com o irmão acidentado na Santa Casa, que deu entrada na unidade desde o domingo e seria submetido a cirurgia durante o primeiro dia de paralisação, e sequer conseguiu contatar o parente que foi vítima de acidente de moto. 

"Não facilitaram em nada. Até disse que minha mãe sairia de viagem e precisava de notícias, está preocupada, mas falaram ontem (22) infelizmente que eu não poderia entrar", comenta ela. 

Como se não bastasse, até mesmo as informações sobre quando teria novamente contato com o irmão foram desencontradas, já que num primeiro momento mandaram a jovem voltar à Santa Casa por volta de 16h, quando novamente foi impedida de fazer a visita. 

"Voltei lá e disseram que haviam suspendido as visitas da tarde e da noite. Que seria apenas hoje às 11h, e não facilitaram em nada, sendo que gastei 70 reais ao todo entre idas e vindas", conclui. 

Os serviços afetados são atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc) , lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).
**(Colaborou Naiara Camargo)

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