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Campo Grande

Choque mata homem que matou PM há 10 anos

Weslei Galvani, de 38 anos, foi apontado como um dos envolvidos na morte do soldado da Polícia Militar Valdir Antunes de Oliveira, durante assalto em 2014

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No fim da tarde da última segunda-feira (9), um homem identificado como Weslei Galvani, de 38 anos, morreu em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (BPMChoque/PMMS). Ele foi apontado como um dos responsáveis pela morte do soldado da Polícia Militar Valdir Antunes de Oliveira, de 37 anos, que morreu baleado em um assalto em julho de 2014.

Em nota, o Choque relatou que equipes realizavam rondas na BR-260, em Campo Grande, na altura do trevo da saída para Sidrolândia, devido ao aumento de roubos a motocicletas na região, momento em que a equipe de moto patrulhamento avistou dois homens em uma motocicleta.

Os agentes notaram que o garupa tentava esconder algo na cintura, enquanto cobria o rosto para evitar identificação, o que motivou a abordagem. O piloto do veículo obedeceu a ordem e se deitou no chão. Já o garupa tentou reagir, e foi morto, como descreve o BPMChoque.

"O garupa, no entanto, demorou a obedecer às ordens e, ao se dirigir em direção a uma área de mata, tentou sacar uma arma. Foi ordenado que ele levantasse as mãos, mas ele desconsiderou a ordem e continuou tentando sacar a arma com a intenção de agredir a equipe policial. Diante da ameaça iminente e injusta, foi necessário disparar contra o garupa, atingindo-o", diz nota.

O homem foi desarmado, socorrido e encaminhado ao Hospital Regional, onde foi atendido pelo médico de plantão, que constatou o óbito.

Foi acionada a perícia, juntamente com o delegado e o coordenador do Choque.

Foram apreendidos uma arma taurus 9 milímetros e um carregador contendo 8 cartuchos intactos.

O caso foi registrado como homicídio decorrente de oposição a intervenção policial e tentativa de homicídio.

Envolvido em morte de PM

Segundo o Batalhão de Choque, Weslei Galvani era um dos três homens envolvidos no assalto que resultou na morte do soldado da Polícia Militar Valdir Antunes de Oliveira, de 37 anos.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado à época, Valdir foi baleado na manhã do dia 23 de julho de 2014, durante um assalto a uma loja de materiais de construção localizada no Jardim Oliveira, em Campo Grande.

Os três rapazes invadiram a loja, que pertencia à família do soldado, e renderam uma funcionária e a esposa do PM, que estava com uma criança de colo. Eles colocaram as vítimas dentro de um banheiro, enquanto pegavam o dinheiro do caixa.

O policial chegou ao local, e foi recebido com um tiro. Os criminosos fugiram, levando R$ 200 em dinheiro, a arma do policial e o celular de um cliente.

Valdir chegou a ser socorrido e foi encaminhado para o Hospital Regional, porém não resistiu aos ferimentos e morreu.

55ª morte em confronto

Mato Grosso do Sul já soma 55 óbitos por intervenção de agentes do Estado em 2024.

As vítimas fatais eram em maioria homens (47), e 7 das vítimas não tiveram o sexo informado. Quanto à idade, a maioria dos óbitos foram de jovens (27) entre 18 e 29 anos; seguida por adultos (18) de 30 a 59 anos; adolescentes (3) de 12 a 17 anos; e um idoso, de idade superior a 60 anos. Do total de registros, seis não informaram a idade da vítima.

O índice deste ano é 32,9% inferior ao registrado nos primeiros oito meses do ano passado, quando 82 pessoas haviam sido mortas pela polícia.

Vale lembrar que o ano de 2023 foi recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.

Em 2023, a maioria dos mortos em confronto com a polícia foram homens (93,8%); com relação a idade, a maioria era jovem (54,9%) de 18 a 29 anos.

Os dados são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).

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ÊXITO

Dez dias depois de retirar câncer, Vander Loubet recebe alta hospitalar

Mesmo após retirar o tumor e receber alta, deputado ainda seguirá afastado das suas funções políticas enquanto continua acompanhamento da doença

08/11/2025 15h30

Vander Loubet (PT) foi diagnosticado com câncer há um mês e passou por cirurgia para retirada no dia 28 de outubro

Vander Loubet (PT) foi diagnosticado com câncer há um mês e passou por cirurgia para retirada no dia 28 de outubro Foto: Zeca Ribeiro

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Quase um mês depois de ser diagnosticado com câncer na próstata, o deputado federal Vander Loubet (PT) recebeu uma ótima notícia dos médicos. Após dez dias em observação em um hospital de São Paulo, o parlamentar recebeu alta hospitalar, mas seguirá afastado de suas funções políticas para que realize o acompanhamento da doença durante as próximas semanas.

Nas suas redes sociais, Vander compartilhou a atualização médica com seus seguidores. Por ter descoberto o câncer de maneira precoce e tê-lo retirado poucos dias depois, o deputado afirmou que a rapidez se deu pelos exames de rotina que faz frequentemente e recomenda que isso seja um passo que toda a população faça.

Além disso, o parlamentar detalhou que o resultado da biópsia - procedimento feito após a cirurgia de retirada do câncer - revelou que não será preciso realizar radioterapia, que geralmente atua como ação para prevenir a recidiva nestes casos. 

Dito isso, o deputado ainda terá que acompanhar a doença de perto com seus médicos pelas próximas semanas, para evitar que algum outro transtorno da cirurgia ou do próprio câncer retorne. Porém, a alta hospitalar já foi motivo de muita comemoração por sua parte.

“Queria agradecer a todos vocês [seguidores], as orações, as rezas, as energias positivas. A partir de agora, é comemorar e poder logo logo voltar às atividades e fazer aquilo que mais gosto de fazer, que é política, que é estar com a minha família e com vocês. Um grande abraço e obrigado por todo carinho”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.

Últimos 30 dias

No dia 10 de outubro, por meio de nota enviada à imprensa, Vander informou que em exames de rotina "recebeu a confirmação de um diagnóstico precoce de câncer de próstata". 

Segundo esta nota, a identificação aconteceu graças ao acompanhamento médico regular e aos cuidados preventivos que o parlamentar mantém há anos.

Após a realização de exames complementares, que definiram o protocolo e o cronograma detalhado do tratamento, o deputado passou pela prostatectomia, cirurgia que retira o câncer da próstata, no dia 28 de outubro.

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Em seu sexto mandato consecutivo na Câmara dos Deputados, o petista de 61 anos está de olho em uma vaga no senado nas eleições de 2026.

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mais 30 anos

Às vésperas de renovar a concessão, Energisa anuncia queda no lucro

Retração foi de 17,5% na comparação com os primeiros nove meses do ano passado, mas ainda foi de R$ 1,28 milhão por dia

08/11/2025 12h50

Resultado financeiro saiu em meio a uma semana marcada pela falta de energia que afetou milhares de consumidores em MS

Resultado financeiro saiu em meio a uma semana marcada pela falta de energia que afetou milhares de consumidores em MS

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À espera da assinatura do contrato para renovar a concessão por mais 30 anos e em meio a uma semana marcada por dois temporais que deixaram milhares de consumidores sem enegia em Campo Grande e em cidades do interior do Estado, a Energisa divulgou nesta sexta-feira (7) queda de 17,5% no lucro líquido neste ano na comparação com os nove primeiros meses do ano passado. 

Mesmo assim, a concessionária que abastece 74 municípios de Mato Grosso do Sul ainda garantiu lucro de R$ 346,3 milhões desde o começo do ano, o que equivale a um superávit diário de R$ 1,28 milhão. No ano passado, em igual período, a empresa teve resultado de  R$ 419,9 milhões, ou R$ 1,55 milhão diários.

A retração do lucro líquido, conforme explica a própria empresa em seu balanço relativo ao terceiro trimestre do ano, "foi impactado pelo aumento das despesas financeiras, refletindo principalmente o maior custo da dívida".  Estas dívidas somam R$ 3, 791 bilhões.

Se não fossem os juros destas dívidas, o lucro da concessionária seria bem maior, pois a receita corrente líquida aumentou em 9,1% nos primeiros nove meses do ano, passando de R$ 3,251 bilhões para R$ 3,548 bilhões. 

Uma das explicações para a alta no faturamento é o crescimento de 1,5% no número de consumidores cativos, que passaram de 1,148 milhão  para 1,166 milhão de clientes. 

Mas, apesar do aumento de 18 mil consumidores, o faturamento com a venda de energia sofreu queda de 4,6% nos primeiros nove meses de 2025, ano em que as temperaturas foram mais amenas que em 2024. Nos setores comercial e industrial, esta queda foi bem mais significativa, de 24% e 21%, respectivamente. 

"Vale lembrar que no terceiro trimestre de 2024, o mercado havia registrado a maior alta em 23 anos (10,3%), em meio a temperaturas elevadas e consumo atípico na indústria. Já no terceiro trimestre de 2025 o clima foi mais frio", cita o texto do balanço.

Computando todos os tipos de clientes da Energisa, o consumo de energia caiu 8% no terceiro trimestre deste ano na comparação com igual período de 2025. O volume caiu de  967,1 gigawatt-hora para  889,8 GWh. A explicação foi a temperatura mais amena que no ano anterior. 

Mesmo com a retração na venda de energia, a empresa garante que elevou em 3,2% os investimentos neste ano, que passaram de R$ 536,3 milhões para R$  553,7  milhões ao longo dos primeiros nove meses. 

CONCESSÃO

Além de trazer as informações relativas às finanças, o balanço da Energisa informa também que está a um passo de conseguir renovar a concessão do serviço por mais 30 anos em Mato Grosso do Sul. 

O contrato atual foi assinado em 4 de dezembro de 1997 e vence no dia 3 de dezembro de 2027. Porém, a renovação precisa ser feita pelo menos dois anos antes desta data para não haver o risco de o serviço ficar sem empresa responsável pela manutenção.

Em 17 de junho deste ano a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) já aprovou a renovação do contrato e agora a Energisa aguarda somente uma análise do Tribunal de Contas da União e posterior assinatura de um novo contrato. A previsão é de que isso ocorra ainda neste ano.

 


 

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