Cidades

INCÊNDIO FLORESTAL

Chuva ameniza focos de calor no Pantanal, mas é insuficiente para apagar incêndios

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu 9,5 milímetros em Nhumirim e 10,5 milímetros em Miranda; previsão é de mais chuva para os próximos dias

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De acordo com o Corpo de Bombeiros, a chuva registrada neste domingo (19) apagou alguns focos de calor e amenizou incêndios no Pantanal sul-mato-grossense.

A chuva não foi suficiente para encerrar queimadas no Pantanal, mas ajudou a controlar o fogo em alguns pontos.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu 9,5 milímetros em Nhumirim, 10,5 milímetros em Miranda e a previsão é de mais chuva em vários municípios da região dos próximos dias.

O Inmet emitiu alerta laranja de tempestade para todos os municípios do Pantanal, com chuva entre 30 e 60 milímetros/hora ou 50 e 100 milímetros/dia, com ventos de 60 km/h. Portanto, a expectativa é que a chuva apague boa parte do fogo nos próximos dias.

Atualmente, dezenas de bombeiros militares atuam na prevenção, combate e controle de incêndios florestais no Pantanal do Paiaguás, Pantanal do Rio Negro e Passo do Lontra.

Na semana passada, os militares também atuavam no Pantanal do Nabileque, Pantanal do Nhecolândia e Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. A atuação faz parte da Operação Pantanal 2023, iniciada em 17 de julho de 2023.

Os militares utilizam equipamentos específicos de proteção para combate do fogo, como drones, roupas com tecnologia de resfriamento, botinas resistentes as chamas, óculos, máscaras, capacetes, luvas e avião Air Tractor (tem capacidade para transportar até três mil litros de água, é usado em regiões de difícil acesso).

De acordo com a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros e chefe do Centro de Proteção Ambiental, Tatiane Inoue, aceiros são implantados para conter o fogo.

“Nessa região do Rio Negro, devido as condições climáticas extremas, está sendo realizado o combate direto e também indireto as chamas. Com a criação de aceiros, que são faixas de terra onde é feita a retirada do material vegetal para impedir a continuidade do incêndio. E também a técnica de usar o “fogo-contra-fogo” com o intuito de suprimir a vegetação que seria queimada acabando com o combustível necessário para a continuidade do incêndio florestal”, explicou a tenente-coronel do CBMMS.

Além disso, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) tem parceria com a National Aeronautics and Space Administration (Nasa) para combater e prevenir incêndios florestais no Pantanal e Cerrado sul-mato-grossense.

A corporação utiliza monitoramento via satélite e tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, em convênio com a Agência do governo dos Estados Unidos, para controlar o fogo no território sul-mato-grossense.

A Polícia Federal (PF), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) também auxiliam no monitoramento via satélite e tecnologia de navegação.

QUEIMADAS

Pantanal, bioma localizado entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e países da Bolívia e Paraguai, está em chamas novamente.

Mais de 1,2 mil espécies de animais e duas mil plantas nativas estão ameaçadas em incêndios florestais.

Em outubro e novembro, o fogo tomou conta do Passo do Lontra, Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, Pantanal do Paiaguás, Pantanal do Nabileque, Pantanal da Nhecolândia e Pantanal do Rio Negro. O que era verde, virou cinza.

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que 3957 focos de calor foram registrados no mês de novembro de 2023 no Pantanal sul-mato-grossense.

De acordo com o Coordenador Estadual do PrevFogo/IBAMA, Márcio Ferreira Yule, a alta dos incêndios ocorridos no mês de novembro são preocupantes, considerando que, geralmente, o mês de outubro é marcado por mais queimadas e, em novembro, costuma-se ver o cenário melhorar em função das chuvas. 

“É alarmante porque é no mês de outubro de todos os tempos que é registrado mais focos de calor e mais área queimada. No ano de 2020, o mês de novembro foi quando começou a chover”, explicou o profissional em 18 de novembro de 2023.

O especialista explica, portanto, que no mês de novembro, o esperado seria uma situação já normalizada. 

“O estado e o bioma do Pantanal  atravessaram a primeira onda de calor em setembro. A segunda onda de outubro já teve uma intensidade maior que a primeira onda. Agora já estamos sofrendo as consequências da terceira onda de calor que muda o comportamento do fogo e traz danos ambientais imensos”, disse em 18 de novembro de 2023.

As queimadas transformam cenários verdes e cheios de vida em cinzas e mortes. O fogo destrói matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas do Pantanal.

As queimadas são extremamente nocivas ao meio ambiente, pois emitem poluentes atmosféricos, reduzem a biodiversidade, destroem matas, devastam a vegetação, prejudicam a fauna e flora, eliminam a cobertura vegetal nativa, comprometem florestas, campos e savanas e matam o ecossistema.

Mudanças climáticas, calor excessivo, escassez de chuvas e baixa umidade relativa do ar favorecem a ocorrência de queimadas no Estado.

PREVENÇÃO

As formas de evitar a propagação de incêndios florestais no Pantanal são:

  • Implementar aceiros - faixas desprovidas de vegetação que servem para barrar o fogo e impedir que ele continue seu rumo
  • Manter terrenos limpos e capinados
  • Evitar jogar pontas de cigarro acesas na vegetação à beira de rodovias
  • Realizar queimadas na época correta, frequência correta e locais corretos, chamadas popularmente de queimadas preventivas ou controladas
  • Chuva
  • Evitar o uso de fogo em julho, agosto e setembro, meses do inverno, pois as condições climáticas são desfavoráveis para a época

CRIME

Incendiar espaços públicos e áreas preservadas é crime. 

De acordo com o Artigo 250 do decreto lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940 do Código Penal Brasileiro, causar incêndio que cause perigo à vida ou ao patrimônio público é crime, com pena de três a seis anos de reclusão e multa. A detenção diminui para seis meses a dois anos caso o incêndio for culposo.

Os números para denúncia são:

  • 156 - Semadur (Prefeitura de Campo Grande)
  • 193 - Corpo de Bombeiros
  • 0800 061 8080 - Ibama

 

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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