Cidades

AVISO

Chuva de 20 a 50 mm deve marcar sexta dos sul-mato-grossenses

Alerta do Inmet para chuvas intensas inclui 73 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e pode atrapalhar o "sextou" da população

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Prestes a entrar no final de semana, os sul-mato-grossenses devem ter a presença da chuva durante esta sexta-feira (14).

Segundo alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 73 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande, correm risco de enfrentar chuvas de 20 a 50 mm durante o dia. Além disso, ventos intensos de 40 a 60 km/h devem acompanhar a precipitação.

Como dito anteriormente, apenas seis cidades pantaneiras, todas da região sul do estado, estão fora deste aviso meteorológico: Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Tacuru, Sete Quedas e Eldorado.

Ademais, outros estados e regiões do país estão inseridos neste alerta, como Amapá, Manaus, Rondônia, Acre, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e partes do Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Pará.

O Inmet ainda orienta para a população destes estados não se abrigarem debaixo de árvores, em caso de rajadas de vento, evitar aparelhos eletrônicos ligados na tomada e ligar para a Defesa Civil (199) e Corpo de Bombeiros (193) caso precise de ajuda ou informações.

Fevereiro/25

Mesmo com chuvas constantes, fevereiro ainda fechou com precipitação abaixo da média histórica em algumas regiões de Campo Grande e nos municípios de Três Lagoas, Dourados, Ponta Porã, Corumbá e Coxim.

Segundo levantamento do Correio do Estado, baseando-se em dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), três estações na capital sul-mato-grossense registraram números divergentes. 

Na região oeste da cidade, a precipitação alcançou 116,8 mm. Já na UPA Universitário e na Vila Santa Luzia (Centro), ambas catalogaram chuvas acima da média histórica (176 mm), 226,2 mm e 248,6 mm, respectivamente.

Partindo para o interior do estado, Dourados foi uma das únicas - considerando as maiores - que fechou fevereiro com chuva acima da média histórica. Na estação D3374, que fica na região central do município, registrou 135 mm de chuva, pouco a mais do que o rotineiro no mês, que é de 130,8 mm.

Enquanto isso, Três Lagoas apresentou números preocupantes. A cidade que faz divisa com o estado de São Paulo também tem dois registros diferentes: 3 mm (Centro) e 77,2 (UPA São Carlos). A média histórica do município é de 167,1 mm, ou seja, ambas as estações ficaram bem abaixo da marca neste mês.

Já Coxim, cidade no Norte do estado pantaneiro, obteve um acumulado de 147,6 mm, na estação próxima ao 47º Batalhão de Infantaria, abaixo da média histórica, que é de 212 mm.

Ademais, as cidades fronteiriças Corumbá e Ponta Porã também ficaram abaixo da média histórica, que é de 134,3 mm e 221,6 mm, respectivamente.

Últimos 18 meses

Dos últimos 18 meses, somente em abril de 2024 o Estado registrou chuvas acima da média na maior parte das cidades com monitoramento. Dos 39 município onde ocorreu coleta de dados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), somente três fecharam o mês passado com chuva acima da média. 

Campo Grande foi incluído entre estes três, com precipitação de até 283 milímetros, o que representa 61% acima dos 176 que historicamente são registrados. Porém, este volume foi registrado na estação localizada na UPA do Bairro Universitário, que não serve como referência histórica. 

Se tivessem sido levados em consideração dos dados da Embrapa Pantanal, na região oeste da cidade, que é a referência histórica, a Capital também teria ficado abaixo da média, uma vez que naquela estação foram registrados somente 117 milímetros, o que é 34% abaixo da média.

São Gabriel do Oeste, com 153 milímetros (48% acima da média) e Caarapó, com 171 milímetros (8% acima da média) foram os outros dois municípios que fecharam fevereiro com chuvas consideradas boas. 

Mas, assim como em Campo Grande, a irregularidade das precipitações foi uma marca em todo o Estado. Em Caarapó foram 171 mm enquanto que em Iguatemi, também na região sul do Estado, foi contemplada com apenas 30 milímetros, o menor volume do mês no Estado.

Para piorar, o Cemtec deixa claro que não existe luz no fim do tunel. “Segundo modelo ensemble da WMO para o trimestre Março-Abril-Maio de 2025, a tendência climática indica maior probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica no estado de Mato Grosso do Sul”, diz o relatório divulgado nesta quinta-feira (6).

*Colaborou Neri Kaspary

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D-Edge

Tradicional casa noturna de campo-grandense em SP abriga culto evangélico e vira alvo de polêmica

Espaço em São Paulo repercutiu após cantora e pastora Baby do Brasil discursar que mesmo em casos de abuso sexual, o perdão deve ser incondicional

14/03/2025 18h30

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores Foto: Reprodução

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Uma casa noturna de São Paulo repercutiu nas redes sociais após a realização de um evento evangélico ocorrido na noite da última segunda-feira (10).

Durante o culto, a cantora e pastora Baby do Brasil discursou dizendo que, mesmo em casos de abuso sexual, se ocorrido dentro da família, o perdão deve ser incondicional.

Conforme a pastora, "Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa", enfatizou. O comentário gerou várias críticas e debates.

Após a imediata repercussão negativa, o campograndense e dono do estabelecimento, Renato Ratier, publicou uma nota oficial nesta tarde de quarta-feira (12).

No texto, o empresário destacou que o discurso não representa seus valores e nem os da D-Edge, nome oficial da tradicional casa noturna.

"Infelizmente, algumas falas isoladas de convidados vão contra aquilo que acredito. Antes de mais nada, quero expressar meu profundo respeito a todas as pessoas que foram atingidas por declarações de terceiros durante o culto e reafirmar os valores que sempre guiaram minha trajetória. Jamais foi minha intenção ferir ou desrespeitar qualquer pessoa", disse Ratier.

O campograndense reforçou ainda que o evento foi um caso isolado e que a programação tradicional deve retornar.

"O evento do culto foi uma exceção isolada e não irá mais acontecer. A casa continua com suas atividades normais, oferecendo a cada noite um espaço de música eletrônica, como sempre fez", concluiu.

Influente na cena da música eletrônica, vale destacar que a D-Edge já foi palco de apresentações de artistas renomados do gênero, como Steve Aoki, Mark Farina e Gui Boratto. 

O culto "Frequência de Deus" foi marcado por louvores e testemunhos religiosos e reuniu aproximadamente 150 pessoas na casa noturna.

Confira a nota publicada por Renato Ratier:

 

 

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RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Concessionária que administra usina de MS é processada pelo MPF

A UHE Ilha Solteira, localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está há mais de 50 anos sem cobertura florestal, segundo ação do órgão fiscalizador

14/03/2025 17h00

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF Foto: Divulgação

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A concessionária Rio Paraná Energia S.A., que administra a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira (SP), localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está sendo processada pelo Ministério Público Federal (MPF) por “negligenciar” a cobertura florestal do reservatório.

Segundo ação civil pública, o órgão fiscalizador cobra que a concessionária realize a recuperação ambiental da faixa que contorna todo o lago da usina no prazo estabelecido na licença ambiental.

Ainda, o MPF reforça que desde 2016, quando a empresa “adquiriu” a administração da unidade, reflorestou apenas 3,66% do que deveria na área degradada: 235,5 hectares contra 6.427,91 hectares.

Diante disso, o órgão exige que a Justiça Federal ordene que a concessionária plante 671 mil mudas de árvores por ano, além de investir R$ 7,7 milhões anuais em medidas para a recomposição florestal. Tudo isso dentro de 16 anos, já que o limite previsto na licença de operação da usina é de 25, mas nove já passaram.

Também consta na ação que a Rio Paraná deve iniciar o plantio de uma faixa de árvores na divisa entre a área de preservação permanente da unidade e as propriedades vizinhas dentro de 90 dias, como se fosse um primeiro passo para o cumprimento da punição.

Esse mesmo prazo de três meses também vale para a empresa elaborar um projeto ambiental de reflorestamento da área, com cronograma detalhado, solicitado pelo MPF e já pedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) há quatro anos, mas sem resposta adequada da concessionária.

Como forma de comprovar que a empresa tem condições de realizar todas essas solicitações, o MPF afirmou que todo o investimento necessário para concluir o reflorestamento representa menos de 6% do lucro líquido da Rio Paraná, que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2023.

Por fim, o órgão pede que haja punições para a empresa no caso de descumprimento das medidas, como, por exemplo, R$ 100 milhões para cada ano de atraso na conclusão do reflorestamento.

UHE Ilha Solteira

A Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira começou suas operações em julho de 1973. Hoje, ela é uma das dez maiores usinas do Brasil em capacidade instalada, com 3.444 MW.

Segundo dados da CTG Brasil, detentora da empresa Rio Paraná Energia S.A., gerou no ano passado cerca de 11.768.314 MWh, suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 4 milhões habitantes.

O reservatório da UHE Ilha Solteira tem um volume de cerca de 21 bilhões de m³, o equivalente a seis vezes a Baía da Guanabara no Rio de Janeiro.

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