Cidades

MUDANÇA CLIMÁTICA?

Dos últimos 18 meses, só um teve chuva acima da média em MS

Em fevereiro, dos 39 municípios monitorados pelo Cemtec, apenas três registraram precipitação acima da média histórica

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Em meio a cenário de escassez de chuvas que se arrasta desde setembro de 2023, fevereiro de 2025 foi mais um mês com chuvas abaixo da média histórica em praticamente todo o estado de Mato Grosso do Sul. 

Dos últimos 18 meses, somente em abril de 2024 o Estado registrou chuvas acima da média na maior parte das cidades com monitoramento. Dos 39 município onde ocorreu coleta de dados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), somente três fecharam o mês passado com chuva acima da média. 

Campo Grande foi incluído entre estes três, com precipitação de até 283 milímetros, o que representa 61% acima dos 176 que historicamente são registrados. Porém, este volume foi registrado na estação localizada na UPA do Bairro Universitário, que não serve como referência histórica. 

Se tivessem sido levados em consideração dos dados da Embrapa Pantanal, na região oeste da cidade, que é a referência histórica, a Capital também teria ficado abaixo da média, uma vez que naquela estação foram registrados somente 117 milímetros, o que é 34% abaixo da média. 

Dados do Cemtec mostram que em 36 municípios monitorados a chuva de fevereiro ficou abaixo da média histórica

São Gabriel do Oeste, com 153 milímetros (48% acima da média) e Caarapó, com 171 milímetros (8% acima da média) foram os outros dois municípios que fecharam fevereiro com chuvas consideradas boas. 

Mas, assim como em Campo Grande, a irregularidade das precipitações foi uma marca em todo o Estado. Em Caarapó foram 171 mm enquanto que em Iguatemi, também na região sul do Estado, foi contemplada com apenas 30 milímetros, o menor volume do mês no Estado. 

Outro exemplo desta irregularidade ocorreu no Pantanal. Na região urbana de Corumbá foram 121 milímetros, o que representa 10% abaixo da média histórica. Enquanto isso, na estação de Nhumirim, ao norte da cidade, a estação registrou apenas 42 milímetros, sendo que a média é de 142 para o segundo mês do ano. 

E, por conta do baixo volume e da irregularidade, o Cemtec destaca que “houve uma intensificação das condições de seca no estado”.  As regiões mais críticas seguem sendo a central, sudoeste, sul e sudeste. 

Para piorar, o Cemtec deixa claro que não existe luz no fim do tunel. “Segundo modelo ensemble da WMO para o trimestre Março-Abril-Maio de 2025, a tendência climática indica maior probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica no estado de Mato Grosso do Sul”, diz o relatório divulgado nesta quinta-feira (6)

E se não bastasse isso, a previsão é de que as temperaturas pelos próximos três meses sigam acima da média histórica, repetindo algo que já vem ocorrendo desde 2023. Em fevereiro, por exemplo, a média máxima de Campo Grande ficou 1,6 grau acima de média histórica para o período. 

NÍVEL DOS RIOS

Por causa desta escassez histórica de chuvas, o nível do Rio Miranda, na cidade com o mesmo nome, estava com apenas 1,83 metro no último boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil, no dia 26 de fevereiro. A média histórica para essa época seria de 4,31 metros. 

Com o Rio Aquidauana, a situação é parecida. Na régua instalada no distrito de Palmeiras, o nível estava em 1,70 metros, sendo que o normal seria de 2,62 metros. 

E o principal rio da bacia pantaneira, o Paraguai, também continua bem abaixo da média, principalmente mais ao sul. Nesta sexta-feira, amanheceu com 2,3 metros, sendo que o normal para esta época do ano seria de 3,8 metros. 

 

ANUÁRIO 2024

Acidentes em rodovias mataram uma pessoa a cada 2 dias em MS

Anuário da PRF aponta que 1.940 pessoas ficaram feridas e 182 morreram nas BRs do Estado no ano passado

17/04/2025 18h00

BR-163 é a rodovia do Estado com maior número de mortes em acidentes

BR-163 é a rodovia do Estado com maior número de mortes em acidentes Marcelo Victor/ Correio do Estado

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No ano passado, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul, segundo dados do Anuário da Polícia Rodoviária Federal, divulgados nesta quinta-feira (17). Com relação aos óbitos, em média, houve uma morte a cada dois dias.

De janeiro a dezembro de 2024, foram 1.803 acidentes. Dentre os feridos, 1.393 tiveram ferimentos leves e 547 foram graves.

O tipo de veículo em que os acidentes mais resultaram em mortes foram os de passeio. Na sequência, aparecem caminhões, motos e ônibus.

No Estado, são 4.109,2 quilômetros de rodovias federais, segundo a PRF, e a maioria dos acidentes aconteceram na BR-163, conhecida como rodovia da morte.

Infrações

A PRF também flagrou imprudência nas estradas em 2024, quando 228. 602 autos de infrações foram emitidos em Mato Grosso do Sul.

Dentre as condutas mais observadas no Estado estão o excesso de velocidade (125.630), as ultrapassagens indevidas (14.578) e o não uso do cinto de segurança (6.003).

Com relação a embriaguez ao volante, foram constatados 517 casos, além de 1.585 motoristas que se recusaram a fazer o teste de alcoolemia.

A BR-163 também foi a rodovia do Estado que concentrou a maioria dos flagrantes de infrações, com 143.349.

No ano, foram 835.165 pessoas fiscalizadas, 854.465 veículos e realizados 172.671 testes de alcoolemia.

A BR-101, no Rio de Janeiro (1.174.194), a BR-116, em São Paulo (883.880), e a BR-101, no Espírito Santo (695.947), lideram as estatísticas de infrações. 

Brasil

Em todo o Brasil, o levantamento revela que 6.160 pessoas morreram e 84.526 ficaram feridas em meio a 73.156 acidentes.

As unidades federativas que se destacaram negativamente foram Minas Gerais, com 794 mortes e 11.756 feridos em cerca de 9,3 mil acidentes de trânsito, seguida pelo Paraná, com 607 mortes e 8.456 feridos em cerca de 7,6 mil sinistros. Já em Santa Catarina foram 415 mortes e 8.381 feridos nos mais de 9,5 mil acidentes no decorrer do ano.

Com relação ao tipo de acidente, o anuário não traz dados regionalizados, mas, em todo o País, colisões traseiras lideram as estatísticas, seguidas por saída de pista e tombamento.

As estradas com mais ocorrências de acidentes foram as BRs-101, 116 e a 381.

“A PRF atendeu 12.778 sinistros na BR-101, sendo 4.375 deles em Santa Catarina. Já na BR-116 houve 11.478 casos, a maior parte, 3.478, em trechos que cortam São Paulo. Em terceiro lugar está a BR-381, com 3.469 sinistross. Desse total, 2.793 aconteceram em Minas Gerais”, detalhou a PRF.

Cerca de 35,3 mil ocorrências foram em pistas simples, resultando em 4.291 mortes. Foi observado também que os acidentes ocorreram em maior número entre as sextas-feiras e os domingos entre 17h e 19h.

ACESSIBILIDADE

Mato Grosso do Sul é o estado com maior arborização e acessibilidade, aponta IBGE

A pesquisa entrevistou 2.397.255 moradores de um total de 2.757.013

17/04/2025 17h11

MS é o estado mais arborizado do Brasil

MS é o estado mais arborizado do Brasil Foto: Gerson Oliveira / Arquivo

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Mato Grosso do Sul é o estado com maior acessibilidade do País, quando se trata de vias urbanas com rampas para cadeirantes, e também a unidade da federação mais arborizada, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com relação a acessibilidade, o censo aponta que os municípios de MS com maior destaque em número de rampas são: Alcinópolis, com 69,39%, seguido por Paraíso das Águas (62,59%) e Nova Andradina (58,98%). Na contramão, vêm Miranda (5,66%), Jateí (5,79%) e Bela Vista (6,91%).

Ainda conforme o levantamento, mesmo sendo o líder no ranking, em média ainda há três em cada cinco moradores que não tem acesso a este item de acessibilidade.

Atrás de Mato Grosso do Sul, vem o Paraná, com 37,33% e Distrito Federal, com 30,42%. Os menores valores foram vistos no Amazonas, com 5,61% e Pernambuco, com 6,19%.

Arborização

Além disso, Mato Grosso do Sul continua ocupando o primeiro lugar no país em arborização urbana, segundo os dados da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada no Censo Demográfico 2022. O levantamento mostrou ainda que 92,44% dos moradores do Estado vivem em vias com arborização, o que representa o equivalente a 2.216.098 pessoas. Isso é o maior percentual entre todas as Unidades da Federação.

O estado também se destaca pela densidade de árvores nas vias públicas. Do total de moradores contabilizados, 1.413.865 (58,98%) vivem em ruas com cinco ou mais árvores, enquanto 360.764 (15,05%) residem em vias com uma ou duas árvores, e 441.469 (18,42%) vivem em locais com três ou quatro árvores.

Os números reforçam a liderança de Mato Grosso do Sul em arborização urbana, posição que o estado já ocupava em 2010, quando apresentava o maior índice do país, com 95,56% da população vivendo em vias arborizadas.

Entre os municípios sul-mato-grossenses, os maiores percentuais de moradores em vias com arborização são encontrados em Bataguassu (99,15%), Iguatemi (98,23%), Mundo Novo (97,85%), Nova Andradina (97,60%) e Aquidauana (97,60%).

No ranking das capitais, Campo Grande também lidera, com 91,39% de seus moradores vivendo em vias arborizadas. Em seguida aparecem Goiânia (89,64%), Palmas (88,70%), Curitiba (85,24%) e Brasília (84,19%).

No interior do Estado, Chapadão do Sul apresentou o maior percentual de vias pavimentadas, sendo 99,96%. Em MS eram 78,77% os moradores que viviam em vias pavimentadas em 2022, totalizando 1.888.310 pessoas, enquanto 507.247 viviam em vias não pavimentadas (21,16%).

Além de Chapadão do Sul, o município que apresenta mais vias pavimentadas é Laguna Carapã, com 99,73%. Já entre os que apresentaram as menores porcentagens foram Nioaque (42,08%) e Bela Vista (29,89%).

A pesquisa divulgada contempla grande parte da população do estado, tendo investigado o entorno de 2.397.255 moradores, de um total de 2.757.013 residentes no estado em 2022.

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