Para quem costuma andar por Campo Grande, não é novidade encontrar locais da cidade com sinais de abandono, como o da imagem acima, situado na Avenida Monte Castelo, próximo à rotatória com a Avenida José Matos Maksud.
A personal trainer Danielle Leite, que mora nas proximidades, costuma realizar treinos de corrida na região. Em entrevista ao Correio do Estado, ela relatou que o lixo e o mato alto, além de atraírem mosquitos, atrapalham quem precisa andar a pé pelo local.
Altura do matagal ultrapassa a altura de um carro."Eu faço corrida pelo bairro Monte Castelo, e esses dias estava observando que estou com alguns cortes na perna, e são todos dos matos altos daqui da região', explicou.
O trecho em questão não possui calçada, então, o pedestre precisa dividir espaço com os carros, o mato e o lixo para se deslocar.
"Além disso, os lixos estão cheios de pernilongo", revelou.
Nas imagens, é possível notar que itens variados foram descartados no local: sofás, calçados, pelúcias, colchão, telhas, e até um vaso sanitário.
Procurada pelo Correio do Estado, a (Semadur) informou quem "conforme levantamento fiscal, não foi identificada notificação recente voltada ao endereço mencionado", sendo assim, a denúncia foi encaminhada para o plantão fiscal. Também foi solicitada à Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos (Sisep) que fizesse a limpeza dos entulhos deixados no logradouro.
A Semadur reforçou que manter o terreno em bom estado de conservação pe dever do proprietário do imóvel, de acordo com o Código de Polícia Administrativa do Município, Lei n. 2909, Artigo 18-A. A multa para quem não mantém o seu terreno limpo pode variar entre R$ 2.944,50 e 11.778,00.
"Nestes casos orientamos que o denunciante utilize dos serviços de teleatendimento da Central 156, de segunda a sexta feira, das 07:30 às 21:00, e aos sábados das 08:00 às 12:30, para formalizar a denúncia. Além disso, a denúncia de terreno baldio pode ser realizada através da plataforma Fala Campo Grande 156, disponível para download nas lojas de aplicativo para IOS e Android e no site fala.campogrande.ms.gov.br, ambos disponíveis 24h por dia".
Aumento nos casos de dengue
Conforme noticiado anteriormente, apenas nas primeiras cinco semanas deste ano, foram registradas sete vezes mais notificações de prováveis casos de dengue em Mato Grosso do Sul do que no mesmo período do ano passado, um salto de 644,48%.
De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o número de notificações de casos prováveis da doença em MS foi de 508 nas primeiras cinco semanas de 2022, e neste ano, até o dia 8 de fevereiro, há um acumulado de 3.782 casos prováveis notificados.
Para se ter uma ideia do avanço da doença no Estado, na quinta semana epidemiológica do ano foram notificados 950 casos prováveis de dengue, 497,48% a mais do que as 159 notificações no mesmo período do ano passado.
Segundo a SES, o motivo do aumento dos casos se dá pelas chuvas intensas registradas nos meses de janeiro e fevereiro, período propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, que, além da dengue, é responsável por transmitir zika e febre chikungunya.
A SES reitera que realiza ações em todos os períodos do ano e conta com o apoio dos 79 municípios, por meio da vigilância epidemiológica e o controle de vetores.
"A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros do mosquito, como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Dessa forma, a população pode ajudar cuidando do seu quintal e de suas casas",declarou a secretaria.
Os dados epidemiológicos estaduais deste ano apontam ainda que os municípios de Três Lagoas, Bonito e Miranda são os que estão têm os maiores registros de dengue. A terceira maior cidade de MS, Três Lagoas, tem 152 casos confirmados, enquanto Bonito e Miranda têm 146 casos da doença cada.
Segundo o boletim epidemiológico, 19,49% das pessoas registradas com casos prováveis da doença têm de 20 a 29 anos. Na sequência, a faixa etária de 10 a 19 anos concentra 19,06% das notificações. Adultos entre 30 e 39 anos representam 15,52% dos prováveis casos da doença em MS.
Colaborou: Mariana Moreira




Mato Grosso do Sul está em alerta para tempestades (Reprodução / Inmet)


