Cidades

PANTANAL VISTO DE CIMA

Cineasta alemão prepara filme em MS para levar o Pantanal para todo o mundo

Produção prevista para 2025 está sendo feita por profissional com 2 Emmys e que veio ao bioma na década de 1990 e em 2019

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Quando era criança, Sylvestre Campe foi levado pelo pai, Joachim Campe, e um dos irmãos para velejar pelo mundo a bordo do Saint Michel e ajudar a retratar as belezas da Terra. Foram sete anos velejando, o que transformou a vida do alemão nascido em Munique.

Dali em diante, construiu uma carreira, passou por cerca de 120 países (existem 195 no mundo, conforme critério da ONU), ganhou dois Emmy Awards (2006 e 2007) nos Estados Unidos e decidiu colocar sua experiência e olhar para agora contar o que viu no Pantanal nesse período pós-queimadas.

Ele percorreu o território em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para apresentar um olhar sobre a região para um filme previsto para exibição internacional e nacional. O projeto está em andamento, e o cineasta alemão pretende mostrar qual é o cenário que ele encontrou na maioria das 11 sub-regiões do Pantanal.
Sylvestre fez uma viagem de mais de duas semanas, começando em Mato Grosso e chegando a Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul. Esse destino final foi alcançado no dia 20.

A produção desse filme, que deverá ter cerca de uma hora, vai mostrar um Pantanal visto do alto, da terra e da água.

“No meu trabalho, procuro mostrar uma visão própria. Busco ir aos lugares para ver exatamente o que está acontecendo. Quero retratar o que é que está sendo visto no Pantanal. Um trabalho que vai para a Alemanha e também para outros locais”, comentou o cineasta, em conversa que manteve com a reportagem durante sua passagem por Corumbá.

Neste ano, por exemplo, Sylvestre viajou da Noruega ao Mar de Bering, no Alaska (EUA), para retratar como estão as geleiras no Ártico.

“Queria retratar se é fato o que falam do derretimento. Identifiquei que o cenário pode não ser como está na grande mídia, mas é uma realidade que existe o derretimento”, abordou, ao indicar a superprodução que conduziu para o Media ETC, Canal Off e Globoplay, no primeiro semestre deste ano.

O cineasta buscar obter imagens exclusivas e detalhadas de um território usando gravações feitas pelo ar, voando em um paramotor. A aeronave tem estruturas dobráveis, e por isso ele consegue transportá-la para quase todos as locações que vai filmar. No Pantanal, ele fez registros aéreos em diferentes pontos, incluindo a Serra do Amolar.

Essa região, que fica entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e a Bolívia, foi atingida gravemente por incêndios em outubro deste ano. Por ser um dos locais mais conservados do Pantanal e o segundo pico mais alto do bioma, o fogo pode gerar diferentes danos para a biodiversidade.

O território pantaneiro tem enfrentado, de forma geral, sua pior estiagem em mais de um século. Uma condição que começou em 2019 e ainda não há sinais de quando essa etapa vai terminar, conforme análises de cientistas feitas até este mês.

O pico dessa escassez hídrica na maior planície alagável do mundo, que é patrimônio natural da humanidade, foi alcançado neste ano, quando o nível do Rio Paraguai atingiu 69 centímetros negativos na régua da Marinha do Brasil em Ladário, no dia 17 de outubro. Até então, o menor registro tinha sido 61 cm negativos, em 1964.

Reflexo dessa falta de água foi o registro de fogo de forma intensa em diferentes regiões pantaneiras. O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou que 17,34% da área do Pantanal foi queimada entre janeiro e dezembro deste ano, o equivalente a 261.825 hectares.

Esses registros aconteceram apenas quatro anos após outro grave incêndio, que ocorreu em 2020 e devastou mais de 25% do Pantanal. A sucessão de incêndios graves pode trazer danos que ainda estão sendo mensurados.

Há estudos, como o “Neotropical Mammal Responses to Megafires in the Brazilian Pantanal”, que tem envolvido pesquisadores do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), de Corumbá, que já identificaram que os incêndios em regiões com alta densidade de biodiversidade conseguem reduzir em mais de 37% o habitat de cutias, mais de 82% da ocupação de tatus-canastras, mais de 23% da presença de queixadas e quase 10% de influência na redução da área de vida de onças-pardas.

Sylvestre Campe, que gravou filmes, documentários e séries para Rede Globo, Canal OFF, GloboSat, Discovery Channel, CBS, ZDF, France 5 e M6, prevê indicar o que está sendo encontrado no Pantanal e em regiões de Mato Grosso, bem como em áreas rurais de Corumbá e Porto Murtinho. Houve algumas gravações feitas também dentro dessas cidades, mas as imagens prioritárias são das paisagens.

Para compor esse trabalho, o cineasta usa também as memórias de um território visto no passado. Ele já filmou o Pantanal, durante um trabalho que durou dois meses, para produzir o documentário “60 Dias no Pantanal”, feito com Thais Tavares e Yasmin Volpato e lançado em 2020.

O cineasta alemão também esteve no Pantanal na década de 1990, quando chegou ao Brasil e acabou escolhendo o País como local de sua casa. Hoje ele vive no Rio de Janeiro.

Saiba - Cineasta teve apoio de profissionais de MS

Nessa trajetória pelo Pantanal, neste ano, Sylvestre contou com apoio logístico e suporte de profissionais de Mato Grosso do Sul, como é o caso de Cícero e Giancarlo Peralta, que são guias especializados em Pantanal.

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fim de ano

Confira o que abre e o que fecha no dia de Natal

Maioria dos estabelecimentos não abrem no dia 25 de dezembro em Campo Grande

24/12/2024 17h31

Comércio terá horário diferenciado de funcionamento na véspera de Natal

Comércio terá horário diferenciado de funcionamento na véspera de Natal Foto: Arquivo / Correio do Estado

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No fim de ano, o horário de funcionamento de vários estabelecimentos tiveram alterações ao longo do mês de dezembro. O comércio, por exemplo, funciona em horário estendido desde o dia 9 de dezembro.

No entanto, especificamente no dia 25 de dezembro, quando se celebra o Natal, a maioria dos estabelecimentos e serviços não funcionam em Campo Grande.

Confira o que abre e o que fecha no dia de Natal:

Supermercados

Supermercados e hipermercados não abrem no dia 25 de dezembro.

Comércio

O comércio de rua Campo Grande não abre no dia de Natal.

Mercadão

O Mercadão Municipal não irá abrir nesta quarta-feira.

Feira Central

A Feira Central não abrirá no dia 25 de dezembro.

Shoppings

Campo Grande

No dia de Natal, a abertura é facultativa apenas aos serviços de alimentação e lazer, das 10h às 22h, enquanto as demais lojas permanecem fechadas.

Norte Sul Plaza

As lojas fecham e apenas praça de alimentação e lazer podem funcionar.

Bosque dos Ipês

O funcionamento será das 11h às 21h apenas nos espaços de alimentação e lazer.

Pátio Central

No dia 25, o shopping não irá abrir.

Bancos

Agências bancárias não abrem no dia 25 de dezembro.

Saúde

Hospitais, Unidades de Pronto Atendimento, Centros Regionais de Saúde 24 horas irão funcionar normalmente em regime de plantão.

Judiciário

O Judiciário de Mato Grosso do Sul estará de recesso a partir do dia 20 de dezembro, desta forma, não haverá expediente durante o fim de ano, até o dia 6 de janeiro de 2024.

Apenas o plantão judicial estará em funcionamento para os casos considerados urgentes.

Órgãos Públicos

As repartições públicas municipais e estaduais não terão expediente no dia 25 de dezembro, com exceção dos serviços considerados essenciais, como saúde e segurança.

Lotéricas

As casas lotéricas não abrem em 25 de dezembro.

Correios

As agências não abrem no dia de Natal.

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Cidades

Qualidade da água de rio será testada após queda de caminhão com acido sulfúrico

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento de ponte apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga

24/12/2024 17h02

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A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira (24) que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).

As análises se justificam pela informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

Conforme nota da ANA, o foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A agência informou também que, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais para detectar “os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d´água do rio Tocantins”.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados.

No que diz respeito aos defensivos agrícolas, a nota aponta que “ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas”.

Por causa da natureza tóxica das cargas, no domingo e ontem (23), não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio.

O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou hoje (24) a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Na quinta-feira (26) está prevista a reunião da “sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins”.

Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

O Rio Tocantins é o principal da bacia Tocantins – Araguaia, tendo grande potencial para geração de energia e alta navegabilidade em vários trechos, além do abastecimento de água para vários municípios da região.

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