Cidades

Energia Limpa

Com nova usina fotovoltaica, judiciário produzirá 100% da energia que consome

Instalação custou R$ 10,8 milhões, e deve gerar economia de mais de R$ 4,8 milhões por ano

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) inaugurou nesta quinta-feira (26) a Usina Fotovoltaica da Gameleira, instalação que possui 6.000 placas solares e capacidade para gerar 400 mil quilowatts de energia por mês, que somados aos 90.000 kW produzidos com as outras 1.447 placas instaladas no prédio do TJMS, no Parque dos Poderes, atendem 100% da demanda energética do poder judiciário.

A obra custou R$ 10,8 milhões, e a usina deve gerar economia anual de mais de R$ 4,8 milhões. A energia produzida na unidade irá atender Campo Grande, Dourados e Corumbá.

A Usina da Gameleira foi construída em um terreno de 72.784 metros quadrados. Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

O projeto de energia fotovoltaica no Poder Judiciário começou em 2022, com a contratação de serviços para elaboração de projetos, abrangendo tanto as comarcas do interior quanto a sede do TJMS. Neste período, foram investidos mais de R$ 30 milhões na instalação de energia fotovoltaica. Das 55 comarcas do poder judiciário, 49 já receberam a energia renovável limpa.

"Nós temos hoje mais de 14 mil placas fotovoltaicas instaladas em todo esse sistema, gerando quase 1 milhão de kWh. Um município com população de pouco mais de 5 mil pessoas seria suprido por essa geração", destacou o diretor da secretaria de obras do TJMS, Daniel Felipe Hendges.

Desembargador Sérgio Fernandes Martins. Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado.

O presidente do TJMS, desembargador Sérgio Fernandes Martins, revelou que em 7 anos as usinas terão gerado economia suficiente para arcar com os custos de instalação. Para ele, mesmo que o impacto financeiro seja significativo, a maior conquista com as instalações é a geração de uma energia limpa, alinhada com a proposta do Estado de zerar as emissões de carbono até 2030.

"Está previsto para que em 7 anos a gente possa ter o pagamento desse investimento, isso é significativo. Mas o principal retorno não é nem a economia que o Poder Judiciário fará, mas sim a oportunidade de nós produzirmos energia limpa. Com esta [usina] aqui nós estamos contribuindo com essa proposta do Estado de Mato Grosso do Sul de zerar a emissão de carbono", disse Martins.

O desembargador também ressaltou a importância de reduzir os impactos ambientais, já que Mato Grosso do Sul está inserido em um bioma sensível, que vêm sofrendo com as mudanças climáticas. Além disso, mencionou a importância de criar esse "status" sustentável para que novas empresas, ao chegarem no estado, já tragam ideologias sustentáveis.

"O desejo é que os investimentos, o capital, os empresários, aqueles que vierem trazer para cá seus empreendimentos, já venham com essa ideia de que em Mato Grosso do Sul, tem que vir empreendimentos que sejam descarbonizados, para evitar que tenhamos indústrias que poluam"

 A usina está em funcionamento desde julho, mas a cerimônia de inauguração foi realizada somente nesta quinta-feira (26). O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, esteve no evento, e parabenizou a iniciativa do poder judiciário.

"Contribui muito para o nosso objetivo de chegar a 2030 neutralizando as emissões no território sul-mato-grossense. Agora, está sendo entregue não só para o sistema judiciário, mas, acima de tudo, para a sociedade. Uma grande contribuição ao meio ambiente", concluiu.

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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