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Com recorde de calor, temperatura se aproxima de 40°C em Campo Grande

Semana será de altas temperaturas em todo Mato Grosso do Sul e Capital pode atingir novo recorde do ano ainda hoje

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Forte calor que teve início em setembro e continua em outubro deve se intensificar novamente até o fim de semana em Mato Grosso do Sul. 

Campo Grande, que registrou recorde de temperatura de 37,6ºC no dia 22 de setembro deste ano, pode superar esse número nos próximos dias, chegando à casa dos 40ºC, de acordo com dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS).

Informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam que acontece nas regiões central e sul de Mato Grosso do Sul, do dia 17 até o dia 19 deste mês, uma onda de calor com elevado grau de severidade.

A temperatura no Estado deve ultrapassar em 5ºC a média comum, de acordo com o Inmet, o que pode causar riscos à saúde.

Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista do Cemtec-MS Vinícius Banda Sperling confirmou que nesta semana a previsão é de aumento das temperaturas em todo Mato Grosso do Sul.

"As temperaturas vão aumentar muito em todo o Estado, podendo quebrar recordes do ano, e com o calor vem a baixa umidade do ar. Em dourados, foram registrados 38,9ºC e 24% de umidade, e muitas cidades nesta terça-feira tiveram a umidade do ar em torno de 30%, muito abaixo do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde [OMS], que é de 60%", informou Sperling.

As temperaturas podem diminuir um pouco amanhã, quando haverá pancadas de chuva isoladas em Campo Grande e na região sul e sudeste do Estado, mas o calorão ainda deve prevalecer.

Conforme informado pelo meteorologista, após esta quinta-feira, que terá possibilidades de chuva, no fim de semana são esperados os maiores índices de temperatura, principalmente no domingo, quando a onda de calor poderá resultar em temperaturas que podem ultrapassar a casa dos 40ºC em municípios do Estado.

De acordo com o Cemtec-MS, hoje o tempo segue estável, com sol e variação de nebulosidade no Estado, em virtude da atuação de uma alta pressão atmosférica em médios níveis. 

Para as regiões sul e leste do Estado, são previstas mínimas entre 23°C e 25°C e máximas que podem atingir 38°C. Para as regiões norte, pantaneira, Bolsão e sudoeste, são previstas temperaturas mínimas entre 23°C e 28°C e máximas de até 40°C. 

Em Campo Grande, a mínima será de 25°C, e a máxima, 37°C. Além disso, esperam-se baixos índices de umidade relativa do ar, entre 15% e 35%.

De uma forma geral, no Estado, os ventos estarão bem variáveis, entre 30 km/h e 50 km/h, e pontualmente podem ocorrer rajadas de vento acima de 50 km/h.

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PORTO MURTINHO

Ontem, foi possível perceber como serão altos os índices de temperatura nos dias que virão. Porto Murtinho, que já vinha registrando um dos climas mais quentes do País, atingiu 43,4ºC, a maior temperatura registrada em Mato Grosso do Sul este ano.

De acordo com o meteorologista Natálio Abraão, a sensação térmica em Porto Murtinho atingiu 48ºC, enquanto em Corumbá foram registrados 42,5ºC, e em Água Clara, 41,1ºC.

No fim de semana, Porto Murtinho chegou ao topo de calor no índice de maior temperatura do Brasil, registro que ocorreu no domingo, conforme informações do Inmet.

Os termômetros marcaram 42,5ºC no município, e Mato Grosso do Sul se destacou entre os estados mais quentes do País ontem, tendo nove cidades no top 20 do ranking nacional das mais quentes.

QUEIMADAS FLORESTAIS

Outro ponto de atenção até sexta-feira, conforme as previsões, é o risco de fogo crítico. De acordo com o Cemtec-MS, as altas temperaturas, que podem atingir 42°C, com umidade relativa do ar entre 10% e 30%, geram condições que tornam o ambiente atmosférico propício para a ocorrência de incêndios florestais nas regiões pantaneira e sudoeste.

"Nesse calorão, o material combustível, que é a biomassa, fica pronto para queimar a palha, a grama e o capim que estão secos. Qualquer fagulha ou ignição provocada por alguém pode causar novos incêndios", declarou o meteorologista Vinícius Banda Sperling.

Juntos, os municípios de Corumbá e Porto Murtinho concentram, neste mês, de acordo com o boletim informativo de incêndios florestais de Mato Grosso do Sul, 85% dos focos de calor no Pantanal.

Corumbá também registrou ontem um novo recorde de temperatura máxima do município neste ano, chegando a 42,5ºC.

SAÚDE

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou alerta sobre a onda de calor e os impactos à saúde. Essas condições podem prejudicar a saúde de toda a população, em especial a dos mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com problemas cardíacos, respiratórios ou de circulação, diabéticos e gestantes.

Os principais sinais de alerta são transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia.

BALANÇO

MPMS intermediou mais de R$ 15 milhões em acordos na área da saúde em 2025

Ministério Público mediou o plano emergencial entre a Santa Casa e o Município de Campo Grande para solucionar os diversos problemas do hospital

19/12/2025 18h45

Romão Avila Milhan Junior, procurador-geral de Justiça

Romão Avila Milhan Junior, procurador-geral de Justiça Divulgação: Ministério Público de Mato Grosso do Sul

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) recebeu a imprensa para apresentar o balanço geral do ano de 2025. O procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, acompanhado de membros da Administração Superior, divulgou informações relevantes sobre atuações da instituição ao longo do período.

No setor da saúde, Romão Avila destacou a atuação do Centro de Autocomposição (Compor) para solucionar crises agudas, como a mediação que resultou no plano emergencial para a Santa Casa de Campo Grande. O hospital enfrenta problemas de superlotação, falta de insumos e de dinheiro para pagar profissionais de várias áreas, com risco de paralisação de serviços essenciais

No ano, os acordos mediados pelo Compor envolveram mais de R$ 15 milhões em benefícios para áreas como saúde e assistência social. 

Também relembrou a resposta da instituição após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, episódio que impulsionou a criação da ferramenta Alerta Lilás, para monitoramento de agressores e a melhoria do atendimento especializado às mulheres.

Com relação a proteção à mulher, o sistema Alerta Lilás emitiu mais de 19 mil alertas automáticos para monitorar agressores reincidentes.

No campo da segurança pública, a pauta central foi a modernização, com destaque para a força-tarefa que agilizou o processamento de boletins de ocorrência de violência doméstica e viabilizou a digitalização de peças e a gravação de interrogatórios e depoimentos.O Centro de Pesquisa, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) disponibilizou mais de 400 mil dados para subsidiar investigações complexas.

Dados 

Produtividade jurídica: mais de 4 mil ações ajuizadas e 30 mil denúncias apresentadas à Justiça.

Combate à corrupção: o Grupo de Atuação Especial e Combate à Corrupção (Gecoc) atuou contra desvios de mais de R$ 66 milhões, executando 180 mandados de busca em 13 cidades.

Enfrentamento ao crime organizado: o Gaeco realizou 19 operações estratégicas, resultando em 107 prisões e 370 mandados de busca.

Preservação ambiental: monitoramento e fiscalização de 71 mil hectares de desmatamento ilegal por meio de programas como Pantanal em Alerta.

Impacto social: arrecadação de R$ 6 milhões via campanha Declare Seu Carinho e destinação de 350 celulares apreendidos para uso pedagógico em escolas públicas.

Diálogo com o cidadão: a Ouvidoria processou mais de 5 mil manifestações, que fundamentaram novas investigações e missões constitucionais.

O encontro

Ao abrir o evento, o Procurador-Geral de Justiça promoveu um resgate histórico sobre o papel da instituição como guardiã das garantias individuais e coletivas conquistadas após o período ditatorial, lembrando que a evolução da sociedade brasileira, sob a criação da Constituição de 1988, é indissociável de uma imprensa livre.

"A imprensa tem um papel fundamental na redemocratização e na evolução constante da nossa sociedade. Graças à imprensa livre, fatos que muitas vezes não chegariam pelos canais comuns — como a falta de um medicamento em uma UPA — chegam ao nosso conhecimento por denúncias de usuários via jornalismo", exemplificou Romão Avila Milhan Junior.

Diante dessa observação, fez um agradecimento público ao apoio dos veículos de comunicação, especialmente durante os embates judiciais que preservaram o poder investigatório do Ministério Público. Segundo ele, essa prerrogativa é o que sustenta as atuais ofensivas contra a corrupção e o crime organizado.

 

Colapso na saúde

Deputado protocola ação pedindo intervenção urgente do Estado na saúde de Campo Grande

O parlamentar classifica a situação do SUS da Capital como grave e à beira de um colapso

19/12/2025 18h15

Saúde de Campo Grande é alvo de ações e acumula discussões por estar

Saúde de Campo Grande é alvo de ações e acumula discussões por estar "à beira de um colapso" FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O deputado estadual Pedrossian Neto entrou com uma ação no Ministério Público de Mato Grosso do Sul pedindo que o Governo do Estado adote medidas e providências na saúde de Campo Grande. 

O parlamentar classifica o quadro como “grave, estrutural e persistente”, além de “risco concreto de desassistência à população”. 

No documento encaminhado ao procurador-geral de Justiça, Romão Ávila, o deputado afirma que a crise na saúde da Capital não apresenta mais episódio pontuais de descaso, mas, sim, falhas recorrentes de organização, financiamento e governança, afetando diretamente na segurança dos pacientes, capacidade de resposta da rede de urgência e emergência, além do funcionamento regular do Sistema Único de Saúde. 

Um dos pontos centrais do pedido é a situação da Santa Casa de Campo Grande, o maior em atendimento do SUS no Estado e referência em urgência, emergência e alta complexidade. 

O documento mostra alertas e registros públicos que apontam superlotação extrema, atendimento de pacientes em corredores e macas, ocupação acima da capacidade e risco iminente de um colapso assistencial, repercutindo em toda a rede estadual. 

Além disso, o hospital sofre com desabastecimento de insumos e medicamentos na área de urgência e atenção básica, segundo já foi alertado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-MS), além de falhas estruturais na rede de odontologia, como comunicado pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO-MS), o que já levou à paralisação de atendimentos e prejuízo à assistência. 

Pedrossian ainda destacou a fragilidade da governança da saúde municipal, evidenciada pela reprovação do Relatório Anual de Gestão da Saúde de 2024 pelo Conselho Municipal de Saúde, aliado à ausência de secretário municipal de Saúde, deixando a pasta sob condução de um comitê gestor, que não condiz com o princípio de direção única do SUS. 

Para o deputado, a intervenção estadual não se trata de uma medida política, mas de “providência excepcional prevista na Constituição, necessária para assegurar a continuidade de um serviço público essencial, evitar um colapso sistêmico e proteger o direito à saúde da população”. 

PLANO DE AÇÃO

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul determinou na última quinta-feira (18) que o Estado de Mato Grosso do Sul e o Município de Campo Grande têm 90 dias para apresentarem um Plano de Ação que se mostre eficaz à plena retomada do atendimento integral no Hospital Santa Casa. 

A decisão foi dada após o MPMS entrar com uma Ação Civil com o objetivo de impedir o agravamento da crise assistencial enfrentada pela Santa Casa de Campo Grande. 

O hospital, maior do Estado que atende o Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta problemas constantes de superlotação extrema, falta de insumos, dívidas acumuladas com médicos e fornecedores, comprometendo a continuidade dos serviços prestados. 

Na ação, o MPMS descreve o cenário como um “colapso institucional”, com setores essenciais funcionando muito acima da capacidade, superlotação do pronto-socorro agravada por uma reforma iniciada sem planejamento financeiro e sem conclusão após mais de dois anos de obras. 

Segundo o órgão, a unidade funciona em condições precárias há anos, com pacientes aguardando atendimento em ambiente inadequado, como os corredores, além do desabastecimento de medicamentos e insumos, falta de materiais cirúrgicos, dívidas com médicos e prestadores e o risco real de paralisação de atendimentos de alta complexibilidade. 

Diante desse quadro, o Estado e o Município, com a participação da Santa Casa, têm 90 dias para apresentarem um plano emergencial concreto voltado para a regularização integral dos atendimentos, regularização dos estoques, reorganização do fluxo do Pronto-Socorro, além de garantir um cronograma físico-financeiro para a retomada plena dos serviços. 

Em caso de descumprimento, deve ser aplicada multa no valor de R$ 12 milhões mensais, valor correspondente ao déficit apontado pelo hospital. O valor deve ser pago de forma dividida igualmente entre o Estado e o Município, mediante o sequestro de R$ 6 milhões das contas de cada um. 

A decisão da 76ª Promotoria de Justiça enfatiza que a situação ultrapassou o limite da gestão interna do hospital e ameaça diretamente o direito fundamental à saúde. 

“A ação civil pública destaca que o que está em risco não é apenas a administração de um hospital, mas a vida de milhares de pacientes que dependem diariamente da Santa Casa. A crise instalada ultrapassa qualquer margem de tolerância administrativa, e o MPMS atua para impedir que a situação se transforme em tragédia assistencial, garantindo respostas imediatas e soluções estruturais para que o SUS continue a prestar atendimento em saúde com segurança e respeito ao cidadão”, ressaltou o Ministério Público. 
 

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