Cidades

PANTANAL

Combate a incêndios gastou 35% do consumo diário de água de MS

Durante o fogo que devastou milhares de hectares no bioma, em Mato Grosso do Sul, foram consumidos 151 milhões de litros de água para apagar as chamas

Continue lendo...

Atuar em casos de tragédia, como os incêndios florestais registrados no Pantanal em 2024, exige esforços financeiros e também um gasto extra de recursos naturais para tentar controlar a situação. Relatório de gestão do ano passado divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e dados apresentados pelo Comando Militar do Oeste (CMO) mostraram que ao menos 151 milhões de litros de água precisaram ser usados no combate ao fogo. 

Isso representa o equivalente a 35% do uso diário de água da população de Mato Grosso do Sul que precisou ser utilizado para controlar as chamas no Pantanal, no ano passado. No Estado, o consumo médio de água é de 155,4 litros por habitante/dia, conforme dados do governo federal. 

O uso da água para combater os incêndios acaba sendo um somatório em uma matemática de desperdício desse recurso natural. A água usada nesses casos extremos acaba tendo uma destinação que não é produtiva, no contexto de que os incêndios florestais não são gerados para garantir alguma riqueza ao território. 

Além disso, é uma demanda gerada justamente em um período de escassez hídrica. No ano passado, o Pantanal enfrentou sua pior estiagem em mais de 120 anos.

De acordo com o Ibama, aproximadamente 150 milhões de litros de água foram dispersados pelo sistema helibalde, usado por helicópteros alugados pelo órgão federal, bem como as aeronaves do Exército e da Marinha, Pantera e Esquilo, respectivamente. 

Outro esquema utilizado foi o sistema modular aerotransportável de combate a incêndios florestais (Maffs, sigla em inglês) – o avião KC-390, no caso da Força Aérea Brasileira (FAB) –, o qual dispersou mais de 1 milhão de litros.

O Ibama apontou no relatório de gestão que o uso de recursos aéreos foi fundamental para combater a gravidade dos incêndios florestais.

“As operações aéreas também desempenharam um papel crucial na prevenção e combate a incêndios florestais. O uso de técnicas avançadas de manejo do fogo foi essencial na Amazônia Legal e no Pantanal, onde a implementação do Dispositivo Aéreo de Ignição (DAI) permitiu a realização de mais de 400 km de linha de queima prescrita”, disse.

“Além disso, nas ações de combate direto, o helicóptero bimotor pesado contratado para operações sazonais desempenhou um papel fundamental, essencial para conter os incêndios em áreas críticas”, completou.

Para as Forças Armadas, o uso do avião KC-390 representou também uma estratégia nova de enfrentamento. Até então, essa aeronave nunca tinha sido utilizada com essa finalidade. Ela tem capacidade de dispersar 100 mil litros de água em uma única vez. 

“O combate aos incêndios no Pantanal é crucial para preservar a biodiversidade única da região, proteger as comunidades locais e mitigar os impactos ambientais. A ação coordenada entre diferentes forças e a utilização de tecnologias avançadas são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelos incêndios florestais em uma área tão vasta e de difícil acesso”, divulgou em nota, na época dos incêndios.

GASTOS MILIONÁRIOS

O empenho orçamentário da União para combater os incêndios florestais, conforme o relatório do Ibama, ultrapassou os R$ 121 milhões. Ainda houve recursos estaduais envolvidos nessa operação. 

Como comparativo, esse valor federal é quase duas vezes o orçamento destinado pelo governo do Estado para implementar obras de infraestrutura nos municípios pantaneiros de Corumbá e Ladário, que foi anunciado em R$ 76,6 milhões em fevereiro deste ano.

“Foram movimentados mais de R$ 121 milhões em contratações voltadas ao funcionamento administrativo e operacional, com total conformidade à Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Esses recursos foram alocados com eficiência, priorizando ações de impacto direto nas atividades finalísticas do Instituto”, apontou o Ibama.

Assine o Correio do Estado

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

Continue Lendo...

Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).