Cidades

APÓS VAQUINHA DE FÃS

Corpo de jovem que morreu no show da Taylor Swift chega a Campo Grande

Após vaquinha de fãs para o translado, corpo veio em voo comercial e será velado em Sonora

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O corpo da sul-mato-grossense Ana Benevides, 23 anos, chegou a Campo Grande no início da tarde desta segunda-feira (20). A jovem morreu na última sexta-feira (17) após passar mal no show da cantora Taylor Swift, no Rio de Janeiro.

Fãs da cantora fizeram vaquinha para ajudar a família com os custos para fazer o translado do corpo do Rio de Janeiro até Mato Grosso do Sul.

O corpo chegou em um voo comercial da companhia aérea Gol, às 13h53. Assim que pousou, já foi recebido pela empresa funerária de Sonora, que aguardava na pista. Familiares da vítima não foram vistos no local.

De Campo Grande, o corpo segue para Sonora, onde será velado na Câmara dos Vereadores, a partir das 19h. O sepultamento ocorrerá no Cemitério da Cidade de Pedro Gomes.

Os responsáveis pela jovem contaram que a Tickets for Fun (T4F), empresa responsável pela organização dos shows, chegou a oferecer assistência psicológica após o trauma, mas não ajudaram com os custos para enviar o corpo para o Mato Grosso do Sul.

A T4F, por sua vez, afirma que uma assistente social entrou em contato com a família, mas diz que os familiares se recusaram a conversar com a profissional.

"Nós realizamos o contato com a família via nossa equipe de assistência social e respeitamos o direito de privacidade da família e dos amigos neste momento de dor e luto", diz a empresa.

Com relação a vaquinha feita pelos fãs, que se mobilizaram para ajudar da família, a mãe de Ana Benevides postou um vídeo nas redes sociais agradecendo.

"Foi muita gente que doou, quero que Deus abençoe todos vocês. Muita gratidão por tudo", afirma.

Protesto

Os fãs da cantora Taylor Swift estão se organizando para homenagear Ana Benevides.

Grande parte dos fãs-clubes se revoltaram com a falta de ajuda da cantora Taylor Swift e de sua equipe com a família de Ana.

O protesto irá acontecer após a apresentação de Champgne Problems, a 13ª canção do setlist. Geralmente, Swift espera ser ovacionada logo após a canção durante a The Eras Tour, turnê que ela trouxe para se apresentar no Brasil.

"Em resposta ao silêncio da Tickets for Fun (T4F), da equipe da Taylor e da própria Taylor, e em busca de ações por parte desses para promover o mínimo de conforto e paz para a família de Ana Benevides, estaremos nos organizando para, no show de hoje (20 de novembro), após Champagne Problems", diz o comunicado do fã-clube Update Swift Brasil.

"Pedimos que, no momento que geralmente reservamos para ovacionar a Taylor, seja feito e mantido o máximo de silêncio possível em memória à Ana e protesto pela falta de posicionamento que, infelizmente, não condiz com a artista que sempre amamos", diz a nota.

Os fãs acusam a T4F, produtora brasileira de Taylor Swift, e da própria cantora, de se omitir na situação da morte de Ana Benevides. Na apresentação desta segunda (20), Taylor entrará no palco por volta das 20h30 (de Brasília).

Cidades

MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro

É a primeira iniciativa de diagnóstico do programa

22/12/2024 21h00

MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro

MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/ARQUIVO

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O Ministério da Educação (MEC) irá consultar, por meio de formulário online, dirigentes e secretários municipais de todo o país sobre a incorporação das obras do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) às práticas pedagógicas do cotidiano das instituições de ensino. A pesquisa, cujo link foi encaminhado por email aos gestores, poderá ser respondida até 31 de janeiro e ser acessada também pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiroMEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro

É a primeira iniciativa de diagnóstico do programa. A previsão é que outras sejam realizadas em 2025, para aprimorar o levantamento de informações.

A coleta de impressões e sugestões também tem por objetivo dimensionar em que medida os livros do PNLD ajudam a proporcionar uma educação de qualidade e o tanto que afetam o processo de ensino-aprendizagem. O interesse do MEC consiste, ainda, em promover eventuais melhorias no programa.

A pesquisa está sendo realizada pela Secretaria de Educação Básica do MEC, por meio daDiretoria de Apoio à Gestão Educacional (Dage) eda Coordenação-Geral de Materiais Didáticos (CGMD). Os professores foram os primeiros a contribuir com avaliações sobre o programa.

Esse primeiro panorama está sendo viabilizado com o apoio de diversas instituições, como o Instituto Reúna, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Várias coordenadorias do MEC também se engajaram no processo.

Cidades

Falta de recursos é desafio para combater racismo na gestão pública

Relatório mapeou ações estaduais e municipais para promover igualdade

22/12/2024 20h00

Falta de recursos é desafio para combater racismo na gestão pública

Falta de recursos é desafio para combater racismo na gestão pública TANIA REGO/AGÊNCIA BRASIL

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Um relatório feito pela Fundação Tide Setubal mapeou 913 ações municipais realizadas entre 2021 e 2023 e 157 ações estaduais implementadas em 2023, destacando discrepâncias regionais e lacunas significativas com relação às ações de combate ao racismo e promoção da igualdade pela gestão pública brasileira. O estudo identifica avanços como a ampliação de iniciativas no campo da educação e da cultura, mas também evidencia desafios estruturais, incluindo a ausência de transversalidade nas políticas públicas e a insuficiência de recursos financeiros.

Segundo o relatório "Mapeamento de Ações de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade pela Gestão Pública Brasileira" as 913 ações municipais foram identificadas em 130 cidades, com uma média de 6,76 ações por município. O destaque em números absolutos ficou com o Nordeste e o Sudeste registrou a maior média por município (10,75). Também foi identificado que apenas 3,3% das iniciativas contaram com orçamento próprio identificado, o que compromete sua sustentabilidade.

Os dados revelam também que, em 2023, os estados implementaram 157 ações, com destaque para educação (52%), cultura (27%) e segurança pública (17%), com nove ações apresentando orçamento explícito, utilizando recursos próprios, emendas parlamentares ou parcerias.

A pesquisa constatou ainda que a implementação e a continuidade das ações mapeadas enfrentam desafios, incluindo dificuldades em assegurar a execução efetiva e a falta de garantias de investimentos a longo prazo. “Nota-se que a falta de acesso a informações técnicas relevantes nos meios de comunicação oficiais das gestões e a dificuldade em obter detalhes sobre os valores investidos nas ações também são pontos de preocupação”, diz o documento.

Mapeamento

De acordo com o professor da Universidade Estadual de Maringá, secretário executivo da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e pesquisador visitante da FGV Direito SP, Delton Felipe, o potencial do mapeamento é significativo, especialmente no que diz respeito à gestão pública nos estados e municípios, pois permite avaliar como estão trabalhando na promoção do combate ao racismo e na busca pela igualdade.

“Além disso, o mapeamento fornece material para a formação dos gestores, ajudando-os a perceber que existem iniciativas exitosas tanto no âmbito municipal quanto no estadual. Essas iniciativas podem, ainda, ser aplicadas em outras áreas, como educação, saúde, segurança pública e outras diversas áreas”, disse.

Em suas considerações finais, o relatório diz que o levantamento permite observar que há um avanço na realização de ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial na gestão pública brasileira. “No entanto, ainda nos são postos alguns desafios, sobretudo ao lançarmos olhares para indicadores sociais de classe, gênero, sexualidade, deficiência e território associados aos indicadores raciais”.

O levantamento também sugere que a gestão pública atue de forma ampla a partir de seus órgãos, não ficando limitada às Secretarias de educação, assistência social, desenvolvimento social, cultura e, até mesmo, às Secretarias de igualdade racial. 

“É preciso expandir e promover ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial nas pastas de agropecuária e desenvolvimento rural, saneamento básico, meio ambiente e recursos naturais, desenvolvimento econômico, desenvolvimento urbano, trabalho e emprego, justiça e habitação, por exemplo”.

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