Cidades

ANIVERSÁRIO

Além das belezas naturais e arquitetura histórica, Corumbá tem "sabor" peculiar

"Capital do Pantanal" completa, nesta quarta-feira, 238 anos de fundação

MARESSA MENDONÇA

21/09/2016 - 07h00
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Os sentidos ficam aguçados quando se está em Corumbá, cidade localizada a 444 km de Campo Grande e que completa, hoje, 238 anos. A visão é atraída pelos prédios históricos e beleza do rio Paraguai, a audição pelo som das aves e o paladar por um refrigerante de chimarrão que, até pouco tempo, era considerado exclusividade da região.

“Para mim tem gosto de infância porque era fabricado em Corumbá, no bairro que depois passou a ser chamado Cervejaria por causa da Cervejaria Corumbaense que fabricava o mate”, lembra a professora Marluci Brasil, de 61 anos, que hoje mora na Capital.

Ela conta que enquanto outras pessoas faziam o chimarrão para tomar quente, na “Capital do Pantanal”, a erva era misturada com água gelada e açúcar.

Esta alteração na “receita” é totalmente compreensível porque a temperatura na cidade ultrapassa os 35°C com certa frequência. “Corumbaense não gosta de coisa de amarga então a gente adoçava e aí veio a ideia de fazer o xarope de chimarrão”, completa Marluci, afirmando que “todos” os moradores da cidade tinham a receita em casa.

“Misturava com água gaseificada e você tinha o refrigerante em casa. Era uma coisa muito corumbaense”, lembra.

O mesmo “sabor de infância” é citado pela estudante Caroline Lima, 24. “Eu gostava muito! Meu pai comprava fardinho”, diz. Segundo ela, a bebida estava presente em todos os churrascos de família.

“Eu lembro que era apaixonada pelo refrigerante mate só que nem sempre tinha dinheiro. Quando ia ao centro da cidade com meus pais, eles davam um jeitinho pra comprar. O gosto era muito bom”, declara a também estudante Ellen Silva Reis, 26. “Lembro da minha infância”, diz.

Corumbá, às margens do Rio Paraguai (Foto: Divulgação / Prefeitura de Corumbá)

A produção do refrigerante, apelidado de “água de camalote” — fazendo referência a cor esverdeada da planta homônima, encontrada com frequência no Rio Paraguai — passou por altos e baixos, motivando até campanha para que a bebida voltasse a ser comercializada.

Um dos idealizadores, o jornalista corumbaense Felipe Porto, que hoje mora em Brasília, tem até imagens dos antigos rótulos, lembranças dos anúncios que eram feitos no jornal  de qual era proprietário.  “É o sabor. A marca registrada de Corumbá, dizem que era o único refri que batia a Coca-Cola no mundo todo. Os turistas levavam engradados embora do Aeroporto”, conta.

Ele confirma que a fabricante original era a Cervejaria Corumbaense, mas, depois um grupo do Paraná e da Bolívia tentou reconstruir a fábrica, o que não deu certo.

Sobre as lembranças que têm da época em que consumia o refrigerante ele brinca: “É difícil saber o que é melhor, o Mate com saltenha ou com sopa paraguaia”.

Bebida já é vendida em São Paulo (Foto: Gerson Oliveira)

ELE VOLTOU

A empresa de refrigerantes Funada acabou se interessando pela história e lançou o produto em agosto deste ano. Na embalagem, a imagem do Porto Geral da Cidade.

Conforme a assessoria de imprensa da empresa, “A ideia surgiu em uma reunião de Pesquisa e Desenvolvimento da indústria por um gerente que tinha muito carinho por este produto e que já não existia mais no mercado. Depois de vários testes, eles conseguiram recriar o ‘’Sabor do Pantanal’’ como era conhecido anteriormente.

A ideia agora é ampliar que outras pessoas conheçam o “sabor de Corumbá”.  “Inicialmente o lançamento do Mate Chimarrão Funada foi elaborado para atender a população de Corumbá e Ladário, onde era e é o seu berço natal. Porém, o sabor único do produto despertou o interesse da equipe comercial que propagou a sua revenda em todo o estado do Mato Grosso do Sul e São Paulo e logo estará presente no Paraná”, informou a empresa.

COMEMORAÇÃO

Desfile cívico-militar e show na Praça Generoso Ponce vão marcar as comemorações dos 238 anos de fundação de Corumbá, nesta quarta-feira (21). 

O desfile será, a partir das 16 horas, na Rua Frei Mariano e Avenida General Rondon. A festa será encerrada com show na Generoso Ponce. O sertanejo vai marcar a abertura do espetáculo com Marinho Azevedo. Na sequência,  pagode mesclado com o sertanejo com Gersinho e Banda. O encerramento será com muito samba a cargo da Bateria Barcelona do Mestre Diego.​

PARALISAÇÃO

Entregador ignora greve dos motoboys e é agredido em Campo Grande

O trabalhador decidiu continuar as entregas e foi impedido por outros entregadores

01/04/2025 17h25

Paralização reuniu aproximadamente 50 entregadores na Capital

Paralização reuniu aproximadamente 50 entregadores na Capital FOTO: Gerson Oliveira

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Nesta terça-feira (1º), um entregador foi agredido no estacionamento do Shopping Norte Sul Plaza, em Campo Grande.

Conforme vídeos divulgados nas redes sociais, o trabalhador decidiu não acompanhar os colegas na paralisação, e seguiu trabalhando normalmente, porém foi impedido.

O vídeo divulgado no Instagram mostra um outro entregador inconformado com o fato de o colega continuar as entregas mesmo com a greve.

Ele pega o pacote que seria entregue da mão do motoboy, empurra o colega ao chão, e o trabalhador passa a ser alvo de chacota por outros manifestantes, além de ser impedido de realizar a entrega e trabalhar.

Veja o vídeo:

Para a imprensa, o Norte Sul Plaza afirmou que condena qualquer tipo de violência e está à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações, caso necessário, mas ressaltou que o incidente ocorreu fora das dependências do shopping.

PARALISAÇÃO

Conforme divulgado na segunda-feira (31), pelo Correio do Estado, aproximadamente 50 moto entregadores realizaram uma motociata pedindo melhores condições de trabalho nas principais plataformas de serviço de delivery, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega.

O movimento "Breque Nacional dos Apps 2025" foi convocado por trabalhadores de aplicativos de entregas em diversas cidades do país. Entre as principais pautas estão:

  • Aumento da taxa mínima de entrega para R$ 10,00;
  • Reajuste do valor por quilômetro rodado de R$1,50 para R$ 2,50;
  • Limitação das rotas de bicicleta a um máximo de 3 km;
  • Pagamento integral da taxa por entrega, sem redução em pedidos agrupados.

Esse movimento também busca dar continuidade às pautas e discussões entre as plataformas digitais e os representantes dos trabalhadores no ano de 2024, mas que não avançaram para resoluções que agradassem os entregadores.

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Campo Grande

Morador que manteve funcionários em cárcere privado é expulso de condomínio

Por ter apresentado comportamento agressivo mais de uma vez, o condômino está proibido pela Justiça de entrar em sua própria casa, sob pena de multa

01/04/2025 16h53

Reprodução Internet

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Um morador, que não teve o nome divulgado e que por mais de uma vez teve seu comportamento descrito como “antissocial”, está impedido de continuar morando em um condomínio residencial em Campo Grande.

Entre outras coisas, a atitude do condômino inclui ameaças, disparo de arma de fogo e até cárcere privado de funcionários.

Por sua vez, o morador entrou com recurso contra a decisão inicial, que o impedia de residir no condomínio, justificando que a sentença não foi bem explicada e que, pela lei, ele não poderia ser expulso do local.

No entanto, o Tribunal não acatou o argumento e manteve a sentença proferida pelo Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Campo Grande.

Histórico

Desde dezembro de 2021, conforme os autos, ele apresentava comportamento violento e ameaçador tanto contra moradores quanto contra funcionários do residencial.

Consta, inclusive, que no dia 6 de março de 2022, em um episódio de alucinação supostamente causado pelo uso de drogas, o morador quebrou portas e vidros, ameaçou e manteve porteiros e seguranças em cárcere privado.

A Polícia Militar foi acionada e interveio na situação.

Cabe ressaltar que, antes desse ocorrido, registros de boletins de ocorrência já apontavam que o morador fazia ameaças e chegou a disparar uma arma de fogo, assustando os outros moradores.

Reincidência

A situação continuou mesmo após um período em que o condômino passou por tratamento. Novas ocorrências foram registradas em 2024, já quando ele estava morando em outro residencial, mantendo o comportamento agressivo.

Diante do ocorrido, o Tribunal de Justiça manteve a decisão inicial, considerando que estava baseada em provas e leis.

Com relação ao pedido para que o caso fosse votado em assembleia pelos vizinhos, o Tribunal entendeu que essa exigência não existe na lei.

Além disso, afirmou que não era necessário que os moradores do condomínio votassem antes de entrar com a ação, já que a legislação não exige esse procedimento.

“Reforça-se que a exclusão do condômino não fere seu direito de propriedade, pois ele poderá continuar exercendo direitos patrimoniais sobre a unidade, desde que não resida no local, conforme consolidado na doutrina e na jurisprudência”, ressaltou o relator.

Além disso, foi mantida a ordem da primeira sentença, que proibiu o morador de acessar as dependências do condomínio e de entrar em sua casa.

Em caso de desrespeito à regra, ele estará sujeito ao pagamento de uma multa.

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