Em pouco mais de um mês depois do início da campanha de vacinação, pelo menos 46% da população de Israel já tomou pelo menos uma dose da vacina, de acordo com dados da Our World In Data, painel feito pela Universidade de Oxford que mostra a proporção de pessoas vacinadas em cada país, sendo um dos países em que a imunização está mais avançada em todo o mundo.
No ritmo atual, Israel terá aplicado duas doses em metade da população até o fim de março. O país já imunizou quase metade da população e o governo estima que a campanha vai permitir um retorno rápido à normalidade.
As lojas foram reabertas para todos, mas o acesso a academias, salas de esportes, hotéis e teatros permanece limitado para aqueles que receberam duas doses da vacina ou aqueles que já se recuperaram da Covid-19.
Para o infectologista, André Barbosa, o planejamento foi essencial para o desempenho da campanha de vacinação no país, sendo motivo de exemplo para o mundo no combate a Covid-19.
“Estamos vivendo uma pandemia com números de casos confirmados ainda expressivo, a campanha de imunização em Israel nos surpreendeu, com organização e planejamento. A internação de idosos já caiu 60% após a aplicação da segunda dose da vacina, o país caminha para retornar a normalidade, dentro do possível, e já sente os efeitos positivos da campanha de imunização”, explicou o especialista.
Mesmo com o avanço expressivo de imunizados, o uso de máscara e as medidas de distanciamento social e biossegurança permanecem em vigor. Israel também vai prolongar o fechamento de suas fronteiras até 6 de março, como forma de evitar o contágio.
Mesmo com diversas diferenças em relação ao Brasil, é possível destacar algumas lições em relação a campanha de vacinação em Israel.
Em 35 dias, Israel conseguiu proteger grande parte da população, e agora aposta nos mais jovens para aumentar a cobertura da vacina. Atualmente, adolescentes de 16 a 18 anos passaram a receber o imunizante.
“É importante destacar que o número de internações em Israel diminui drasticamente ao vacinar os idosos, no Brasil também estamos com esse propósito, infelizmente temos quantidade pequena de doses disponíveis. Nosso objetivo deve ser atingir a cobertura suficiente para evitar que mais pessoas adoeçam”, enfatizou.
14 de Julho vazia, em horário que costuma ter fluxo de pessoas / Crédito: Pagu / Correio do Estado


