Cidades

INICIATIVA WALDORF

Crescer; educar e desenvolver: escola associativa tem 'portas abertas' em Campo Grande

Educadoras e educadores da Aguapé trazem conversa com o especialista Rubens Salles, com café da manhã e vivência para pequenos e adultos

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No próximo dia 26, a Escola Aguapé, Iniciativa Waldorf em Campo Grande, traz uma programação de portas abertas para adultos e pequenos conhecerem de perto e espaço e pedagogia, em uma agenda que envolve desde um café da manhã com vivências até conversa com o especialista Rubens Salles.  

Diretor-executivo no Instituto Ruth Salles, de atuação em escolas associativas livres baseadas na Pedagogia Waldorf, Rubens dirige atividades na instituição há mais de duas décadas, participante de ações como: o Movimento pela Educação Humanizadora (MOVEH) e Casa Comum. 

Ele participa do bate-papo "100 anos da Pedagogia Waldorf", marcado para às 09h30 do próximo sábado (26), porém a programação na Escola Aguapé começa bem antes, com: 

  • 08h30 - Café da manhã; 
  • 09h15 - Roda Rítmica;
  • 09h30 - Conversa com Rubens Salles;
  • 10h30 às 11h - Vivências.

Nesse período, mães, pais e filhos podem participar de desenhos de formas; tricô de dedo e até de contação de história, mas é preciso confirmar presença através do formulário disponível CLICANDO AQUI.

Escola Aguapé

Mariana Capitani é uma das gestoras da escola, ela explica que faz parte da essência de uma iniciativa Waldorf ser associativa, seguindo o princípio de construção de uma verdadeira comunidade escolar. 

Ela frisa que a pedagogia Waldorf traz esse entendimento de "rede social verdadeiramente conectada com o propósito de educar". 

"Ou seja, de criar seres livres, porém responsáveis por seus próximos e pelo ambiente em que vivem", diz. 

Capitani frisa que as crianças observam o cotidiano dos pais e a interação desses adultos no ambiente em que os filhos se sentem pertencentes, bem como a forma que tratam os demais e cuidam do espaço, um verdadeiro recinto de desenvolvimento humano para todas as idades. 

"Na prática, uma escola associativa tem então as portas abertas para o envolvimento dos familiares que tiverem essa disposição e disponibilidade de participar, em várias frentes de ação, desde organizar eventos da escola, regar a horta, pensar na manutenção do espaço, como de produzir algum artesanato para ser vendido pela escola para arrecadar fundos", complementa

Com vagas para o ensino fundamental em 2025; contraturno das aulas no período vespertino e também para os jardins de infância 1 e 2, que compreende idades entre 2 a 6 anos, a escola foca uma aprendizagem prática com uma proximidade da natureza e meio ambiente. 

Para ela, um dos principais pontos de retorno por parte dos pais se dá sobre o desenvolvimento físico em si dos pequenos, seja pela noção espacial; equilíbrio ou mesmo coordenação motora. 

E justamente isso se dá através das brincadeiras, exploração do espaço escolar que prioriza a relação com a natureza, criando uma "autonomia incrível", conforme a gestora, por passarem a confiar em suas habilidades. 

"A pedagogia respeita muito o desenvolvimento natural e individual das crianças... é lindo ver como as crianças se sentem respeitadas e, por isso, atuam no mundo também de forma mais respeitosa. Ficam muito confiantes de suas capacidades, tornam-se pequenos seres especialistas em observar o mundo, muito atentos e conectados com o ambiente", diz. 

Além disso, como os lanches da Escola Aguapé são compostos de alimentos naturais, as crianças acabam experimentando de tudo e construindo, assim, hábitos de alimentação saudáveis. 

"Todos os dias elas têm a oportunidade de entrar em contato com um alimento natural que ainda não incluíram em seu repertório alimentar", completa ela.

Por fim, ela lembra que a proposta Waldorf contempla os pré-requisitos da base curricular nacional, mas também vai além por trazer o desenvolvimento da autonomia; da criatividade e das habilidades artísticas e motoras. 

"Todas as rotinas são compostas por rituais que envolvem música, momentos de concentração e de expansão e muita imaginação. Aliás, no dia 26 de outubro teremos o evento Portas Abertas para que as pessoas conheçam um pouco mais da pedagogia Waldorf e possam vivenciar algumas das atividades propostas pela escola", conclui. 

Pelo Instagram da Aguapé é possível ficar por dentro das programações da Escola, conferir os pouco dos espaços: como a horta e o ateliê, que estarão de portas abertas nesse próximo final de semana, bem como ter acesso aos contatos e tirar dúvidas com a Instituição. 


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JUSTIÇA

Para frear feminicídio, curso do TJMS permitirá que policiais atuem como oficiais de justiça

Policiais civis e militares treinados poderão cumprir medidas protetivas de urgência

08/04/2025 17h20

Lançamento aconteceu na sede do TJMS - (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul)

Lançamento aconteceu na sede do TJMS - (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) FOTO: Divulgação TJMS

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Nesta segunda-feira (7), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul lançou o curso de formação de policiais civis e militares para desempenharem, em caráter temporário, funções similares a oficiais de justiça, ficando autorizados a cumprireme medidas protetivas de urgência. O lançamento marcou o início de um novo ciclo de atuação integrada entre os poderes Judiciário e Executivo no combate à violência doméstica e familiar.

A ação faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica, firmado entre o TJMS e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), da Polícia Civil e da Polícia Militar, que pretende suprir a carência de oficiais de justiça e dar maior celeridade ao cumprimento de mandados judiciais, como intimações, afastamento do agressor do lar e mandados de prisão, previstos na Lei Maria da Penha.

Realizada pela Ejud-MS, a capacitação começa nesta terça-feira (8), e vai formar, inicialmente, 42 policiais militares, 12 policiais civis e 8 servidores ad hoc, para atuarem em Campo Grande. Ao final, os policiais que obtiverem a certificação estarão habilitados a atuar em funções análogas a de oficiais de justiça, podendo cumprir mandados judiciais nos casos em que não houver disponibilidade de oficiais do Poder Judiciário.

No lançamento do curso, o diretor-geral da Escola Judicial de MS (Ejud-MS), desembargador Marco André Nogueira Hanson, falou da importância da capacitação técnica dos policiais. “Os policiais e servidores designados que participarão deste curso não serão apenas responsáveis pela execução de mandados, mas estarão na linha de frente, desempenhando um papel vital na proteção das mulheres em momentos de extrema vulnerabilidade”.

Na ocasião, a coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, desembargadora Jaceguara Dantas da Silva, também ressaltou o caráter humanitário da iniciativa. “A capacitação busca proporcionar aos policiais um olhar mais humanizado, mais solidário, compreendendo a vulnerabilidade extrema em que essas mulheres se encontram. Essa é uma medida temporária que vai otimizar muito o trabalho do Judiciário e, principalmente, proteger as mulheres, resguardando sua integridade física, psicológica e a própria vida.”.

Também presente na cerimônia de lançamento, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, reiterou o compromisso da gestão estadual com a proteção das mulheres, lembrando que Mato Grosso do Sul é pioneiro em ações de combate à violência doméstica, com a instalação da 1ª Casa da Mulher Brasileira e o Estado se prepara para receber mais três casas.

“Capacitar os nossos policiais militares e civis para atuarem como oficiais de justiça é muito mais do que desmistificar, é ousar, é compartilhar responsabilidades. Queremos apoiar e receber apoio. A união entre poderes e instituições transforma gargalos em soluções reais”, enfatizou o secretário.

A solenidade contou ainda com a presença do corregedor-geral de Justiça, desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, que ressaltou os riscos enfrentados pelos profissionais envolvidos no cumprimento desses mandados. “Esse crime é complexo, tem muitas nuances, como emoções e sentimentos, e coloca em risco, muitas vezes, a vida desses policiais que atuam para combatê-lo em nome da justiça e da proteção às vítimas”.

PARCERIA

Com duração de cinco anos, o convênio entre TJMS e Governo do Estado estabelece metas, prazos, capacitação técnica e o monitoramento do cumprimento dos mandados, que devem ser executados em até 48 horas. O modelo de atuação interinstitucional adotado por Mato Grosso do Sul já é considerado referência nacional, com potencial de inspirar políticas públicas semelhantes em outros Estados.

A expectativa é de que, com a atuação dos oficiais ad hoc, o sistema de justiça se torne mais ágil e eficaz, garantindo maior proteção às mulheres e contribuindo para a redução dos índices de violência e feminicídio em todo o Estado.

NÚMEROS

Em 2024, segundo dados do Monitor da Violência Contra a Mulher, plataforma mantida em parceria entre o TJMS e o Governo do Estado, foram registrados 21.123 boletins de ocorrência de violência doméstica e mais de 17 mil medidas protetivas de urgência foram deferidas. Esses números evidenciam a necessidade urgente de soluções práticas e integradas.

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Campo Grande

Clínica de depilação a laser ignora interdição e continua vendendo pacotes

A filial, que teve as atividades suspensas na sexta-feira (4) por falta de licença sanitária e por não atender clientes, segue agendando novos atendimentos em Campo Grande

08/04/2025 16h46

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Mesmo tendo sido interditada pela Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS), uma clínica de depilação a laser segue vendendo pacotes para a unidade da Rua Euclides da Cunha, no bairro Santa Fé, em Campo Grande (MS).

A suspensão das atividades ocorreu na sexta-feira (4), após o órgão receber diversas denúncias - entre elas, de clientes que compraram um pacote de depilação, mas não conseguiram agendar o procedimento.

Durante a fiscalização, realizada em conjunto com a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), constatou-se que o espaço está com o alvará de funcionamento e o sanitário vencidos desde 2023.

Ainda assim, em contato com a empresa, pacotes continuam sendo vendidos sem que o cliente seja informado da interdição, e seguem sendo direcionados para um salão de beleza terceirizado - apontado na denúncia do Procon-MS -, distante do local.

Uma prática que chama atenção, conforme explicou o advogado e conselheiro estadual de Defesa do Consumidor pela OAB/MS, Nikollas Pellat, que enfatizou: o cliente precisa saber o que está acontecendo.

“Eles têm a obrigação legal, prevista no princípio da informação do Código de Defesa do Consumidor, de informar os seus clientes”, disse Pellat.

Mesmo que a empresa possua outra unidade, localizada no Shopping Norte Sul Plaza, e esteja com toda a documentação em dia, o advogado reforça que a recondução dos clientes para outro espaço deve ocorrer de forma transparente.

“Agora, se eles não estão atendendo os requisitos legais para funcionamento, e estão apenas pegando os clientes e mudando de local  no intuito, digamos assim, de burlar essa suspensão das atividades, aí isso está errado. Além das questões relacionadas ao princípio da informação, eles estão descumprindo uma determinação dos órgãos de fiscalização competentes com relação ao consumo”, pontuou.

Pellat ressaltou que o consumidor que fechou um pacote após a interdição, acreditando que realizaria o procedimento no espaço da Rua Euclides da Cunha, deve procurar o Procon-MS ou a Decon.

Contratei o serviço. E agora?

Caso o cliente tenha assinado o contrato depois da interdição desta unidade, o advogado explica que é discutível, inclusive, a aplicação de multa por rescisão contratual.

“Entende-se que o consumidor teve uma quebra de confiança com a empresa. A empresa não agiu de modo a informar toda essa situação. Quebrou a confiança. Então, isso pode ser pleiteado, mas entraria numa discussão jurídica, seja via Procon ou até judicial, sobre a não cobrança de multa por quebra de confiança, devido à ausência de informação que teria levado o cliente a nem fechar o contrato”, destacou Pellat.

Venda continua

Outra prática que persiste é a terceirização do atendimento para o salão de beleza localizado na Rua Hermelita de Oliveira Gomes, a cerca de 700 metros da clínica de depilação.

Em conversa com a Polícia Civil, a reportagem do Correio do Estado apurou que a venda não é proibida, desde que os agendamentos sejam feitos para datas posteriores à regularização da situação do espaço.

O que não foi o caso, já que ao contatar a clínica foi possível agendar horário para esta terça-feira (8), às 13h. Além disso, a nova administradora tenta, por todos os meios, fechar o contrato de forma virtual, por meio do WhatsApp.

A questão do alvará é apontada como uma violação leve, passível de rápida correção. O problema constatado, segundo a Polícia Civil, foi a grande quantidade de clientes e a falta de horários disponíveis para atendimento, o chamado “overbooking”.

Quanto ao salão de beleza - que está com os alvarás em dia -, ele é "vendido" como se fosse uma filial da clínica, mas, até o momento, a polícia apurou que o local pode não fazer parte do mesmo grupo.

“Vamos ouvir o proprietário em declaração, porque, de repente, foi efetuado algum negócio e eles podem ter adquirido o salão, estando em fase de transição”, informou a Polícia Civil.

Alvará 

Ao questionar a atendente que se apresentou como nova gestora e atribuiu à anterior o vencimento da documentação, sobre a interdição do local, ela informou que a situação dos alvarás será resolvida ainda hoje.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Campo Grande para questionar a situação, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

A empresa também foi contatada por meio do único e-mail disponibilizado no site. No entanto, não recebemos resposta. O espaço segue aberto.

Recomendações

  • É importante que o consumidor leia o contrato;
  • Em caso de descumprimento do serviço, denuncie aos órgãos responsáveis;
  • Verifique se as informações relativas ao atendimento constam no contrato (como datas, horários e local onde o serviço será prestado).

Informações que devem constar no contrato

  • Local em que o serviço será prestado;
  • Forma de pagamento;
  • Índices de correção;
  • Cláusulas relativas à rescisão (por parte da empresa e do cliente);
  • Penalidades em caso de rescisão.

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