Cidades

Desemprego

Crise atrai milhares que formam longas filas por 800 vagas de emprego na Capital

Estimativa da organização é que 3 mil pessoas procuraram a feira durante a manhã

Danielle Valentim

04/09/2015 - 11h30
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Nem a maior feira de oportunidades do Estado, realizada nesta sexta-feira (4) em Campo Grande, conseguirá acabar com o número de desempregados em Mato Grosso do Sul. O evento estava programado para iniciar às 9 horas, mas os interessados iniciaram as filas, que literalmente ''abraçaram'' a Praça Ary Coelho, às 5h30min da manhã.

São 1,2 mil oportunidades de emprego para o Estado e 800 para a Capital. Há vagas de trabalho para diversas áreas de nível fundamental, médio, técnico e superior de escolaridade. A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), que é organizadora do evento estima que o número de interessados chegue aos 3 mil, a Polícia Militar aponta 2,5 mil.

Para quem passa pelo centro de Campo Grande hoje, o número de pessoas em busca de uma oportunidade chama a atenção. A aposentada Laura da Silva, 74 anos, passava em frente a Praça Ary Coelho e, ao saber que se tratava de um feirão de empregos, ficou surpresa. "É, a crise realmente está violenta, atingiu todo mundo", disse.

Muitos jovens procuram a primeira oportunidade no mercado de trabalho. Keurillyn Jarcem, 19 anos, é uma delas. A jovem está em busca da primeira oportunidade e foi uma das primeiras a chegar. "Eu já havia ficado sabendo das vagas antes da feira, então cheguei bem cedo e deixei meu currículo em todos os stands. Mas na verdade quero uma oportunidade na Pax", disse.

Daniela de Oliveira Cardoso, 18 anos, que foi até a praça acompanhada da mãe, está a procura de uma vaga para recepcionista. Com curso de informática, ela acredita que terá facilidade na área.

CRISE

Entre os candidatos que já possuem experiência, a maior reclamação é o corte de gastos dentro das empresas. Um jovem, de 24 anos, que preferiu não se identificar, relata que tem experiência na área de faturamento de notas e depois de seis anos em uma empresa, foi mandado embora.

"Desde quando fui mirim, trabalho com faturamento  e nunca parei. Só na última empresa permaneci 6 anos, experiência eu tenho, o problema é a crise, que além de mim, fez a empresa dispensar muitos outros empregados", disse.

DESPREPARO

Em uma volta rápida pela Praça, a equipe de reportagem flagrou pessoas de várias idades e até candidatos despreparados. Quem vai a uma entrevista de emprego de short? Outro problema é a falta de comprometimento.

Raíssa Ferreira, executiva comercial da PAX Real do Brasil, disse ao Portal Correio do Estado, que depois da triagem, os interessados passam por uma entrevista ainda na feira. Segundo ela, existe o problema de rotatividade na empresa, já que muitas pessoas, só querem sair da área do desemprego, e logo pedem para sair.

"Na hora na entrevista os candidatos aceitam tudo. Mas na verdade há um grande problema nisso. Depois de alguns meses, pedem para sair, dizem que não era aquilo que queriam. Então antes de encaminharmos os interessados até a empresa, já estamos adiantando um processo aqui na feira. Ainda não dá para saber quem ocupará a vaga", diz Raíssa.

INTERESSADOS

Segundo Moacir Pereira Júnior, da ACICG, a pretensão é realizar o Feirão uma vez por ano, mas com a alta procura, provavelmente acontecerá mensalmente.​

Os interessados em se tornarem colaboradores passam por uma triagem e em seguida são encaminhados às vagas oferecidas, no stand escolhido entrega o currículo ou agenda uma entrevista na empresa.  Além das vagas, será realizada uma palestra de capacitação profissional. A ação se estende até às 17h.  

Participam da ação, a Fundação Social do Trabalho (Funsat), Tendência, Keeper Recursos Humanos, Grupo Pereira com vagas para Comper Supermercados, Forte Atacadista e Atacado Bate Forte, Laboratório Renato Arruda/Grupo Sabin, Real H, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vitória Humana Recrutamento, Unimed e Pax Real.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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