Cidades

FIM DA TRÉGUA

"Curva da morte" na BR-060 volta a ser palco de tragédia

Apesar da correção no traçado na descida da Serra de Maracaju, carreta despencou na ribanceira e caminhoneiro de 30 anos morreu

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Pouco mais de um ano depois das correções do traçado da chamada "curva da morte" na descida da Serra de Maracaju, a BR-060 voltou a ser palco de acidente com morte naquele local nesta sexta-feira à tarde. Uma carreta bi-trem despencou na ribanceira e um caminhoneiro de 30 anos morreu. 

Desde as mudanças feitas pelo Dnit, que liberou o novo trajeto no final do primeiro semestre de 2022, pelo menos outros dois acidentes envolvendo caminhões haviam acontecido no local, mas os veículos não cairam na ribanceira e os caminhoneiros sofreram apenas ferimentos leves. 

Desta vez, porém, uma carreta que transportava pó de gesso ficou sem freios e rolou pelo barranco de cerca de 50 metros. Em decorrência da gravidade dos ferimentos, o condutor morreu antes mesmo da chegada dos bombeiros e dos socorristas do hospital de Nioaque que foram ao local. 

O coordenador Defesa Civil de Nioaque, Robson Humberto Maciel,  acredita que entre 25 e 30 pessoas tenham morrido exatamente no mesmo local em pouco mais de duas décadas. Ele diz ter perdido a noção da quantidade de vezes que saiu correndo da cidade para ajudar a socorrer vítimas no pé da ribanceira, onde havia até um cemitério de sucatas.

A última morte no local havia sido registrada no dia 15 de fevereiro de 2022, quando um caminhão do Exército caiu e o subtenente Antônio Quelis Pires, de 45 anos, acabou morrendo. Um cabo que estava com ele sobreviveu. 

E justamente por causa desta sequência de tragédias é que o Dnit investiu cerca de R$ 4 milhões entre os anos de 2021 e 2022 para refazer parte do traçado da pista, em um trecho de cerca de 700 metros. Agora, porém, parece estar ficando claro que as mudanças não foram suficientes. 

Nas redes sociais, motoristas que passaram pelo local do acidente nesta sexta-feira não pouparam críticas. "Não adiantou a obra que foi realizada, pois foi mal prejetada. Eu fui o promeiro a chegar nesse acidente. A carreta despencou na minha frente. Passo na serra todos os dias, e vão acontecer muito outros. E ainda colocam um redutor de velocidade para ajudar a esquentar os freios dos caminhões. Caminhões descem carregados e aí força o freio devido aquele redutor que só serve para arrecadar e não salva a vida de ninguém. Só vão acabar esses acidentes quando resolverem fazer um serviço que preste nessa serra, um viaduto acabando com a curva e o abismo. Enquanto não fizer vão acontecer outros", desabafou um internauta que se identificou como Valdenir Oliveira. 

Outro internauta, identificado como Nilton Santos, que comentou o vídeo com as imagens postadas pelo site Jardim MS News, afirmou que "só maquiaram o problema. Tanto serviço à toa. Que belo projeto do engenheiro que fez aquele serviço. E ainda os fiscais do Dnit aprovam. Uma vergonha". 

Além de a BR-060 ter um declive muito acentuado na descida da serra, entre Sidrolândia e Maracaju, uma das curvas tinha um ângulo muito fechado e os técnicos acreditavam que alterando o traçado desta curva o problema seria resolvido, explicaram engenheiros à época em que foi feita a alteração. 

Mas, como os acidentes continuam, a realidade tem mostrado que a correção foi insuficiente e que os caminhões continuam perdendo os freios.

A quase totalidade das vítimas da "curva da morte" são  ocupantes de veículos pesados, mas no dia 9 de novembro de 2021, um caminhão que perdeu o freio atingiu uma caminhonete S10 que subia a serra e os dois veículos caíram no abismo. 

Uma idosa que estava na caminhonete morreu no local e três pessoas sofreram ferimentos. Nos comentários do vídeo postado pelo site de Jardim, a internauta Celia Motta diz: "onde perdemos nossa mãe, muito triste", sem deixar claro se a mãe foi a vítima do dia 9 de novembro de 2021. 

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MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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SAÚDE

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados da gripe K

Casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1)

20/12/2025 12h00

UPA Tiradentes em Campo Grande

UPA Tiradentes em Campo Grande MARCELO VICTOR

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Ministério da Saúde confirmou três casos da gripe K, nesta sexta-feira (19), em Mato Grosso do Sul.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) identificou a presença do vírus e enviou a amostra para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), onde positivou para o subclado K da Influenza A (H3N2).

Os casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1). Os infectados são:

  • bebê de cinco meses, do sexo feminino
  • mulher de 73 anos
  • homem de 77 anos

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), dois pacientes não apresentavam comorbidades, enquanto um possuía histórico de hipertensão e diabetes.

Apenas um dos casos evoluiu para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com necessidade de internação hospitalar. Atualmente, todos já estão bem, já se recuperaram e estão em casa.

Os três pacientes não possuem registro de viagem internacional, contato com viajantes ou relato de deslocamento para outros estados.

Até o momento, quatro casos foram confirmados no Brasil, sendo três em MS e um no Pará. Após a confirmação, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

Veja a nota compartilhada pelo Ministério da Saúde:

"Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância da Influenza A (H3N2), em especial do subclado K, que, na América do Norte, tem sido mais frequente em países como Estados Unidos e Canadá. A medida ocorre em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados a esse vírus, incluindo países da Europa e da Ásia.

No Brasil, até o momento, foram identificados quatro casos do subclado K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem. A amostra do caso do Pará foi analisada pela Fiocruz/RJ, laboratório de referência nacional, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os laboratórios de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância".

Veja a nota compartilhada pela SES-MS:

"A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa que, considerando a Nota do Ministério da Saúde e o Alerta Epidemiológico emitido pelo Estado, foram detectadas três amostras do subclado K da Influenza A (H3N2) em Mato Grosso do Sul. Ressalta-se que não se tratam de casos suspeitos, uma vez que todos já foram confirmados laboratorialmente por meio de vigilância genômica. As amostras foram inicialmente processadas pelo Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública), que identificou a presença do vírus Influenza A. Conforme os protocolos estabelecidos pela vigilância em saúde, as amostras biológicas foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (SP), laboratório de referência nacional, onde foi realizado o sequenciamento genético que permitiu a identificação do subclado K, uma variante do vírus Influenza A (H3N2).

Quanto à existência de casos suspeitos no estado, a SES esclarece que não é possível afirmar com precisão, uma vez que a Influenza A (H3N2) é um vírus que já circula regularmente. Pessoas com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave podem estar infectadas por diferentes vírus respiratórios, como Influenza A (H1N1 ou H3N2), Influenza B, covid-19 ou outros agentes. A identificação do subclado ou da variante do vírus somente é possível por meio do sequenciamento genético, realizado no âmbito da vigilância laboratorial. Diante da confirmação dos casos, a SES, por meio da Coordenadoria de Emergências em Saúde Pública, emitiu Alerta Epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do estado".

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo. 

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