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EDUCAÇÃO

Das 13 obras de escolas, apenas 3 foram retomadas pela Prefeitura

O Executivo municipal afirma que as outras 10 construções estão em fase de ajustes de projeto ou de licitação e que 6 destas serem lançadas no próximo mês

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Correio do Estado acompanha há anos, a situação de obras de escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme), que estão paralisadas. Das 13 construções inacabadas, apenas três foram retomadas, segundo a Prefeitura de Campo Grande, e as demais, estão em fase de ajustamentos de projeto ou de licitação. 

Segundo nota enviada pela prefeitura, as Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) dos bairros Jardim São Conrado, Oliveira III e Jardim Inápolis, tiveram suas obras retomadas, sendo a última dessas, em fase final de acabamento, e deve ser entregue nos próximos dias. 

Já as Emeis dos bairros Radialista, Talismã, Popular e Anache, a prefeitura informa que a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), “está finalizando a documentação necessária para encaminhas à licitação. A previsão de encaminhamento é no mês de junho”. 

No entanto, a Emei do Jardim Anache, era uma das que, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), estava em processo de licitação novamente, já em janeiro do ano passado.

Além dela, estavam no mesmo trâmite as obras das Emeis dos bairros São Corado, Oliveira III e Jardim Inápolis, que já estão em execução. 

Em relação a Emei Oliveira III, o Correio do Estado esteve no local e conversou com moradores, que alegam que o ritmo de trabalho está lento, e não acreditam que a obra deve ser entregue no prazo, previsto para o início de 2025.

Uma pessoa ouvida pela reportagem chegou a relatar que as atividades tinham recomeçado há cerca de três meses, e que havia apenas três pessoas trabalhando no local, que nas últimas semanas, passou até por falta de abastecimento de água. 

Já na obra do bairro São Conrado, o morador ouvido pela reportagem disse que as atividades foram retomadas no final do ano passado, e que mesmo em ritmo lento, seguem ocorrendo normalmente.

No dia da visita ao local, a equipe não notou movimentação ou maquinários na escola. No bairro Oliveira III, havia material de construção, trator e uma pessoa, que de acordo com morador, era o fiscal da obra. 

No pacote de obras paralisadas, há também duas escolas previstas, do bairro Vila Nathália e Parati, que de acordo com a nota da prefeitura, estão em ajustes finais para a licitação. “A previsão da Sisep é encaminhar em junho para a Central de Compras”. 

Já as Emeis do Serraville, Jardim Colorado, Nashville e Moreninha II, estão passando por ajustes no projeto, e a prefeitura aponta que a Sisep está em tratativas com o Governo Federal, para dar continuidade aos projetos. 

Em janeiro do ano passado, o ministro da Educação da gestão do presidente Lula (PT), Camilo Santana, relatou que as obras de unidades educacionais seriam retomadas e executadas com acompanhamento por georreferenciamento.

O governo federal fez um levantamento de que havia quase 3.700 obras da educação paradas em todo o país, e por isso criou a iniciativa de retomada das atividades. 

Na época, a Semed afirmou que criou um setor de planejamento para acompanhar o cronograma de licitação e execução de cada obra e estava fazendo o “levantamento orçamentário e ajustes de projetos já foram realizados para retomar as obras, bem como o contato com o governo federal almejando novas licitações”. 

A maioria das obras estão paralisadas desde o mandato do ex-prefeito Alcides Bernal. Entretanto, a prefeitura também relatou que a pandemia foi um dos principais fatores para a suspensão das obras, em função do quadro de pessoas da construção civil. 

A maioria dessas obras tiveram recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e estão cadastradas no site do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec), do fundo. Os repasses feitos pelo FNDE chegam a R$ 9.233.054,53. 

VAGAS 

Em 2023, 9 mil alunos aguardavam na fila de espera de creches em Campo Grande. Este ano, o número diminuiu para 6.919 crianças, segundo documento da Semed.

Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Educação (SED) aponta que abriu 38 mil novas vagas no ano passado, em todo o território sul-mato-grossense, tanto para o Ensino Médio quanto principalmente para o Ensino Fundamental (25,4 mil vagas), visando colaborar para que os municípios conseguissem dar uma maior atenção à Educação Infantil. 

Desse total, 6 mil vagas foram abertas pelo Estado em Campo Grande. Ainda assim, o deficit na Educação Infantil só registrou 23% de queda.

Por meio de nota, a Semed comunica que neste ano foram disponibilizadas 6.369 vagas das Emeis e que, ao todo, a Reme atende cerca de 105 mil alunos. Em 2023, esse total era de 108 mil estudantes. 

Já a Prefeitura de Campo Grande anunciou em 2023 que realizaria uma série de investimentos na educação, como a abertura de mais de 6.600 vagas, sendo 5 mil delas somente para a Educação Infantil, a criação de 166 novas salas modulares nas escolas da Capital, entre outras iniciativas. 

No início do ano, o Executivo municipal não tinha conseguido entregar o pacote de ações no prazo, o que, segundo a assessoria da prefeitura, o planejamento das iniciativas foi dividido em etapas que se estenderão ao longo deste ano.

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Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

Cidades

Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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