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Debate com a população é visto como positivo para aprovação da Lei do Pantanal

O texto do projeto de Lei do Pantanal está sendo debatido, e deve ser votado no dia 20 de dezembro

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Na última terça-feira (28) o governo do Estado apresentou o texto do projeto de Lei do Pantanal, que visa uma série de regulamentações a respeito de atividades produtivas no bioma, desmatamento, a criação de corredores verdes e fundo para preservação. 

O texto apresentado está sendo amplamente debatido, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, e ambientalistas e produtores rurais usam o termo “equilíbrio” para se referir ao projeto de lei e apontam que o debate com a sociedade é positivo e fundamental para a aprovação do projeto. 

“O processo de construção do texto envolve escolhas difíceis e muitos debates técnicos, mas o papel da imprensa e das audiências públicas ajuda a dar transparência a esse processo e acolher os anseios da população”, diz o diretor do Instituto SOS Pantanal, Leonardo Gomes. 

Já Marcelo Bertoni, presidente da Federação Agrícola e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), alega que trazer este tema para o público ajuda a entender os anseios de todos os envolvidos diretamente com o Pantanal, como a população, produtores, trabalhadores, povos originários e comunidades tradicionais. 

“O Pantanal é, sem dúvida, o ecossistema mais protegido no Brasil, graças ao produtor pantaneiro, que convive com respeito e harmonia à natureza. As propriedades precisam ser viáveis economicamente para não tirarmos o homem pantaneiro de seu ambiente, e é importante que a mídia ajude, entenda e compartilhe essa informação”, esclarece o presidente da Famasul. 

“Produzir no Pantanal não é uma tarefa simples, exige diversas adaptações a um ambiente complexo com ciclos, por vezes extremos. O resultado disso é uma produção, via de regra, equilibrada com os princípios de conservação ambiental e que deve ser valorizada no Brasil e mundo afora”, relata Gomes. 

Uma audiência pública também foi feita para debater o tema. Participaram do evento representantes de organizações e produtores rurais. Entre os presentes, Claudemir da Silva, da Aldeia Olho D’água, de Dois Irmãos do Buriti, que relatou uma falta de diálogo com representantes indígenas. 

“O novo texto vai ajudar tanto os povos originários, que somos nós, os indígenas, quanto a natureza. Tanto o homem do campo quanto os indígenas atuam na preservação da mata, da beira do rio. A gente gostaria de sentar, conversar e ver o que podemos fazer para ajudar a defender o bioma junto com os fazendeiros”, levantou Claudemir, que também afirma ser favorável ao projeto. 

Boa parte dos presentes da audiência também relatam serem favoráveis ao atual texto do projeto. Entretanto, o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Luiz Antônio Freitas, e a pesquisadora da Embrapa, Débora Fernandes Calheiros, estão entre os que esperavam mais estudos técnicos no texto e a abrangência de outras áreas do Pantanal, como as bacias hidrográficas. 

APROVAÇÃO 

A aprovação do texto é uma corrida contra o tempo. De acordo com os deputados, a casa legislativa tem pretensão de aprovar o projeto até o dia 20 de dezembro. Essa também é a expectativa dos participantes na elaboração da lei. 

“O PL é um feito histórico que envolve preservação, valorização da produção, dos ativos ambientais e ganhos econômicos”, comenta Bertoni. 

Entre os outros participantes dos GTs, que ajudaram a elaborar o projeto, estão, além do SOS Pantanal e Famasul, o governo do Estado, Ministério do Meio Ambiente, sindicatos rurais, Acrissul, ABPO, Sodepan, Embrapa, Instituto Homem Pantaneiro e Taquari Vivo. 

Veja

Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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