O delegado Luciano Flores, que integrou equipe da Lava-Jato e conduziu mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode assumir posto de superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul.
A informação foi divulgada hoje pelo Blog de Matheus Leitão, no G1. A mudança de comando foi aprovada pelo recém empossado diretor-geral da PF, Fernando Segovia. O atual superintendente é Ricardo Cubas Cesar, que está no cargo desde julho de 2015. A reportagem tentou contato com a PF em Brasília, mas não houve retorno.
Luciano Flores saiu da equipe da Lava Jato para atuar nas Olimpíadas do Rio, em 2016, depois atuou na superintendência do Espírito Santo.
Entre as ações que ele terá pela frente é dar direcionamento para a Operação Lama Asfáltica, que investiga a atuação de políticos e empresários, entre eles o ex-governador André Puccinelli.
O nome do delegado ficou em evidência ao deflagrar a Operação Aletheia, a 24ª fase da Lava-Jato. Nessa ação, além do mandado de busca e apreensão na casa de Lula, Luciano Flores também colheu depoimento do ex-presidente.
Ele é de Santa Maria (SC) e graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Enquanto atuava na Lava-Jato, também conduziu as prisões do doleiro Alberto Youssef e José Dirceu.
O diretor-geral da PF também assinou a mudança na superintendência em Sergipe, com a remoção de Erika Mialik Marena para o posto. Ela chegou a ser cotada para assumir o cargo de Segóvia, em lista tríplice da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). Para Minas Gerais, Rodrigo Teixeira foi escolhido para o cargo, conforme o blog.


