Cidades

LAVAGEM DE DINHEIRO

Delegado ressalta importância de desarticular quadrilha
de lavagem de dinheiro

Apesar de a prática ser comum, esse tipo de crime ainda é difícil de ser investigado

VÂnya Santos e Camila Mortari

11/09/2014 - 12h00
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Lavagem de dinheiro é um processo onde os fundos são gerados decorrentes de alguma atividade ilegal. Os responsáveis por este tipo de crime fazem com que os valores obtidos em atividades ilícitas sejam dissimulados ou escondidos. 

De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), João Eduardo Davanço, uma das formas de lavagem de dinheiro é colocar bens em nome de pessoas conhecidas como “laranjas”. Apesar de a prática ser comum, esse tipo de crime ainda é difícil de ser investigado. Davanço define como um crime complexo, devido a quantidade de informações para rastreamento.

Para ajudar no combate, foi implantado em fevereiro deste ano, junto com o Ministério da Justiça e o Governo do Estado, o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro. O objetivo do laboratório é auxiliar as Unidades de Polícia Judiciária para que se forme uma unidade de produção de informações estratégicas para análise de grandes volumes de dados, com uso intensivo de tecnologia.

Outra prática comum é a abertura de comércio de fachada, a fim de se ter uma movimentação de dinheiro sem levantar suspeita da polícia. “Não basta prender o acusado, devemos ir atrás do patrimônio e sequestrar os bens para desestruturar todos que ligam o crime”, ressaltou o delegado.

Davanço explica ainda que um dos crimes solucionados recentemente com ajuda do laboratório foi o de dois homens, que apresentaram movimentações financeiras incompatíveis com a renda e, por isso, eram investigados. Segundo a polícia, um deles tem várias passagens por tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul e São Paulo, desde 1996.

A Lei 9.613/98 prevê pena de três a 10 anos de reclusão e multa para quem pratica o ato.

Conectividade

MS-040 ganha cinco pontos de Wi-Fi gratuito

Distribuídos ao longo dos 244 km da via, os pontos terão cobertura de raio de até 500 metros

01/04/2025 12h00

AGora a MS-040 conta com cinco pontos de conectividade

AGora a MS-040 conta com cinco pontos de conectividade Bruno Rezende / Governo de MS

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De forma inédita, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul lançou pontos de internet gratuita ao longo da rodovia MS-040. Distribuída ao longo dos 244 km da rodovia, a rede Wi-Fi funciona por meio de tecnologia de comunicação via satélite de baixa órbita e energia solar.

Ao todo, há cinco pontos que abrangem uma área de raio de até 500 metros. Eles ficam localizados na altura dos quilômetros 59, 90, 121, 153 e 189 da rodovia. No entanto, apesar de já estarem todos posicionados, apenas o ponto do km 59 está conectado à placa de energia solar que garante o seu funcionamento.

Implementação

A iniciativa de instalar a rede na rodovia surgiu a partir de um pedido do deputado estadual Caravina (PSDB) em junho do ano passado. Na ocasião, foi sugerido um estudo de viabilidade para a instalação de antenas de Wi-Fi ao longo da rodovia.

Após a implementaç]ão da rede Wi-Fi, Caravina foi pessoalmente, na última sexta-feira (28), ao ponto conectado para telefonar ao governador Eduardo Riedel para testar a nova tecnologia e agradecer pelo pedido atendido. 

“Essa é uma conquista para todos que utilizam essa importante via do nosso estado. Agora, motoristas e passageiros terão acesso à internet para emergências, comunicação e informações em tempo real. Agradeço ao Governo do Estado por atender essa demanda e garantir mais conectividade para nossa população”, destacou o deputado.

Perrengues passados

Antes da implementação feita pelo Governo do Estado, a comerciante Regiane Alves, dona de um estabelecimento no km 96 da rodovia, adquiriu por iniciativa própria uma antena Starlink para oferecer internet aos clientes que passam pelo seu café.

De acordo com ela, cerca de 50 motoristas paravam diariamente no "Café da Regi" para, além de desfrutarem dos produtos oferecidos, se conectarem à rede Wi-Fi. 

"Antes, não havia conexão por aqui, o que dificultava muito a vida, principalmente dos caminhoneiros. Às vezes, acaba a gasolina e não há como chamar ajuda", comenta.

O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), Guilherme Alcântara de Carvalho, explica que a demanda por conectividade nas rodovias é cada vez maior, tanto para cobertura telefônica quanto para internet.

"Muitos motoristas dependem de aplicativos de comunicação durante as viagens. A ausência de sinal compromete não apenas a comunicação pessoal, mas também o acesso a serviços essenciais e informações em tempo real", afirma.

O Correio do Estado entrou em contato com a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) para saber quando os demais pontos irão entrar em funcionamento, mas até o momento da publicação, não obtivemos retorno. 

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ALERTA

Mesmo com 100% da água tratada, hepatite A dispara em Campo Grande

Até 2023, não havia registro de casos da doença na capital, mas isso mudou a partir do ano passado, quando 103 casos foram confirmados até novembro e mais 25 de dezembro a janeiro de 2025

01/04/2025 11h50

Após quatro anos sem caso, Hepatite A dispara em Campo Grande

Após quatro anos sem caso, Hepatite A dispara em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Ministério Público Estadual (MPE) anunciou a abertura de um processo administrativo para acompanhar medidas de combate e controle da hepatite A em Campo Grande, diante do aumento significativo de casos nos últimos sete meses.

Recentemente, a Águas Guariroba, concessionária responsável pelos serviços de água, coleta e tratamento de esgoto de Campo Grande, divulgou que 100% da população tem acesso a água tratada e 94% da capital tem rede de esgoto, o que colocou a cidade em 2ª no ranking das capitais brasileiras com o melhor saneamento básico.

Porém, segundo o órgão fiscalizador, este trabalho era “bem feito” pela empresa até 2023, quando Campo Grande era uma das únicas capitais a não ter notificações da doença, o que durou por quatro anos. Mas, tudo mudou a partir de setembro do ano passado, do qual foram registrados 103 casos até novembro, atingindo principalmente pessoas de 20 a 49 anos.

Ainda, de dezembro a janeiro de 2025, mais 25 casos foram confirmados, o que chamou a atenção do MPE. Com isso, quatro ações estão incluídas no Processo Administrativo do órgão, sendo elas: 

  • A coleta de informações e dados sobre a situação da hepatite A em Campo Grande; 
  • A notificação das secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para prestarem esclarecimentos sobre as medidas adotadas no controle da doença; 
  • A solicitação de informações detalhadas da Sesau sobre a cobertura vacinal no município e os resultados das estratégias adotadas; 
  • Acompanhamento contínuo da situação e dos resultados das ações realizadas.

Há seis meses, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) ampliou o público-alvo da vacina contra a doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Diante da determinação, pessoas de 11 a 39 anos puderam se vacinar com doses de 0,5 ou 1 ml.

Hepatite A: sintomas, tratamento e prevenção

Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

Sua transmissão é fecal-oral, ou seja, através do contato de fezes com a boca, o que está diretamente relacionado com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Mas, também há outras formas de transmissão, como contato pessoal próximo e contato sexual.

Dentre os primeiros sinais, estão fadiga, mal-estar, febre e dores musculares, que podem ser seguidos por sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. Eles começam a se manifestar de 15 a 50 dias depois da infecção e permanecem por até 60 dias.

O diagnóstico é feito através do exame de sangue e não existe tratamento específico para a doença, ou seja, é recomendado apenas o uso de medicamentos (prescritos por médicos) para o alívio das dores e sintomas. Em caso de insuficiência hepática aguda, a hospitalização é indicada.

Por não ter tratamento específico, o Ministério da Saúde traz algumas orientações para prevenção:

  • Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

Mesmo com essas recomendações acima, a principal medida de prevenção contra a hepatite A é a vacinação. Atualmente, faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos, 11 meses e 29 dias).

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