Cidades

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Dengue hemorrágica teria matado jovem

Dengue hemorrágica teria matado jovem

KARINE CORTEZ

21/01/2010 - 06h02
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O jovem Leonardo Santana de Brito, 22 anos, morreu na última sexta-feira (15) com suspeita de dengue hemorrágica após ter sido atendido no Posto de Saúde Vila Almeida, em Campo Grande. De acordo com informações repassadas pela diretora de Vigilância em Saúde na Capital, Ana Lúcia Lírio, trata-se do primeiro caso de morte a ser investigado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) este ano. Em 2009, duas pessoas morreram vítimas de dengue hemorrágica. Ainda segundo Ana Lúcia, o resultado da necrópsia realizada em Leonardo apontou infarto como a causa da morte. Mas amostras de sangue foram coletadas e encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e o resultado deve sair no prazo de um mês. Ana Lúcia explicou que o jovem, que morava no Bairro Zé Pereira, estava recebendo tratamento contra dengue por ter apresentado os sintomas clássicos da doença que são febre alta, dores na cabeça e no corpo. Segundo ela, o rapaz havia procurado a unidade de saúde no dia 13 (quarta- feira) e, diante da suspeita de dengue, começou a receber tratamento contra a doença, realizou coleta de amostras de sangue para exames e passou a ser monitorado, se comprometendo a voltar no dia seguinte para avaliação. “Todos os pacientes que procuram o postos de saúde com sintomas já iniciam o tratamento sem mesmo ter a confirmação da doença. Esse é um protocolo adotado pela secretaria porque o resultado dos exames que confirmam a dengue só ficam prontos no prazo de um mês e não podemos ficar esperando”, enfatizou Ana Lúcia. No dia seguinte, quinta-feira, segundo ela, ele retornou e foi novamente medicado, mas os exames não indicavam baixa de plaquetas ou qualquer outra alteração que pudesse parecer dengue hemorrágica. Portanto, como o estado de saúde do jovem era estável, ele foi liberado e voltou para casa. Já na sexta-feira, Leonardo teria retornado ao Vila Almeida às 11h passando muito mal e, às 13h, infartou, vindo a óbito. “Além de o jovem ter infartado, também foi diagnosticado que ele tinha cardiomegalia (coração aumentado). Por isso pedimos exames minuciosos para saber se o rapaz já estava sofrendo de outra doença e não sabia”, disse Ana Lúcia. Até mesmo exame de Chagas foi solicitado pela Sesau. Alerta De acordo com o infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha, a população deve ficar alerta, contribuir com as autoridades em saúde mantendo seus quintais limpos e livres do mosquito Aedes aeg ypti, causador da dengue. “A doença é grave e neste ano, embora os números estejam menores, a gravidade dos casos é maior. O vírus que está circulando é o tipo 1, que circulou em 1997, portanto muitas pessoas não estão imunes, sendo que a maioria delas é de crianças e pré-adolescentes que nasceram naquele ano e não tiveram contato com o vírus naquela época”, enfatizou. Rivaldo disse ainda que a dengue hemorrágica pode resultar em outras patologias, como arritimia – que é a aceleração dos batimentos cardíacos – e miocardite – inflamação no coração. Mas, segundo ele, a doença não causa aumento no tamanho do coração. O infectologista ressaltou ainda que a dengue hemorrágica pode deixar sequelas como enfraquecimento nos músculos e os pacientes podem perder a força nas pernas e caminhar com dificuldades. Aumento Segundo relatório divulgado no final da tarde de ontem pela Secretaria Municipal de Saúde, em dois dias (de 18 a 20 de janeiro), foram notificados mais 591 casos da doença em Campo Grande. Isso significa que as notificações passaram de 1.538 para 2.129 pessoas com suspeita de dengue.

TEMPO

Após frio, semana será de sol e calor de 30ºC em Mato Grosso do Sul

Apesar do calor previsto, manhãs e noites devem continuar geladas

15/06/2025 10h00

Céu parcialmente nublado em Campo Grande

Céu parcialmente nublado em Campo Grande MARCELO VICTOR

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Após seis dias seguidos de frio, o calor volta com tudo nesta semana em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a semana, compreendida entre os dias 15 e 21 de junho, será de sol, calor, céu limpo, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. Há previsão de chuva, principalmente no início da semana e para hoje (15).

Apesar do calor previsto, manhãs e noites devem continuar geladas. O pico da temperatura será a tarde.

O domingo (15) amanheceu nublado, após chuva ocorrida nesta madrugada em Campo Grande.

Frente fria avançou sobre o Estado e derrubou temperaturas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul de domingo (8) a sexta-feira (13). Choveu na maioria dos municípios.

Sul-mato-grossenses enfrentaram dias e noites congelantes na última semana e tiveram que tirar os casacos do guarda-roupa. Mas, a massa de ar fria perdeu força e se afastou.

No sábado (14), as temperaturas voltaram a subir gradativamente e neste domingo (15), o calor volta aos poucos devagar, mas vem para ficar. Portanto, o inverno, que inicia na sexta-feira (20), começará quente.

Temperaturas devem ultrapassar os 30ºC durante toda a semana. Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, a umidade do ar deve ficar abaixo dos 25% nos próximos 10 dias.

“A tendência é de elevação de temperaturas devagar. No domingo já estará mais tranquilo, com manhãs frias e tardes mais abafadas. Atenção a umidade do ar cairá bastante”, explicou Abrahão.

Veja a previsão do tempo para os próximos dias nos principais municípios do Estado:

Município

Temperatura no domingo

Temperatura na segunda-feira

Temperatura na terça-feira

Temperatura na quarta-feira

Temperatura na quinta-feira

Corumbá

19ºC - 31ºC

20ºC - 35ºC

19ºC - 34ºC

18ºC - 33ºC

14ºC - 31ºC

Campo Grande

17 ºC - 26ºC

17ºC - 29ºC

19ºC - 31ºC

18ºC - 31ºC

17ºC - 31ºC

Dourados

18ºC - 23ºC

17ºC - 30ºC

18ºC - 31ºC

17ºC - 30ºC

13ºC - 28ºC

Três Lagoas

18ºC - 31ºC

19ºC - 31ºC

17ºC - 30ºC

16ºC - 30ºC

17ºC - 32ºC

Bonito

18ºC - 27ºC

18ºC - 33ºC

19ºC - 32ºC

18ºC - 31ºC

13ºC - 26ºC

Ponta Porã

16ºC - 24ºC

17ºC - 30ºC

17ºC - 30ºC

17ºC - 28ºC

10ºC -23ºC

*Fonte: Inmet

RECOMENDAÇÕES

De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo quente requer cuidados aos sul-mato-grossenses. Confira as recomendações:

  • Não praticar exercícios físicos durante as horas mais quentes do dia
  • Evitar exposição ao sol das 9h às 17h
  • Usar protetor solar
  • Beber muita água
  • Usar roupas finas e largas, de cores claras e tecidos leves (de algodão)
  • Não fazer refeições pesadas
  • proteger-se do sol com chapéus e óculos de proteção

 

violência/saúde

Mato Grosso do Sul é o 10º estado que mais agride médicos em hospitais

Em 2024, mais de 100 médicos foram vítimas de lesão corporal, ameaça, injúria, desacato e difamação, durante o trabalho

15/06/2025 09h00

Rotina na UPA Leblon

Rotina na UPA Leblon GERSON OLIVEIRA/Arquivo

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Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que 134 médicos foram vítimas de violência, durante o trabalho, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Com isso, MS é o 10º estado do Brasil onde médicos são violentados, durante consultas/atendimentos, em hospitais, prontos-socorros, postos de saúde, unidades de saúde, consultórios, clínicas e laboratórios, sejam eles públicos ou privados.

Os tipos de violência são lesão corporal, ameaça, injúria, desacato, difamação, furto, entre outros crimes.

A violência parte de pacientes, familiares de pacientes, colegas de trabalho (enfermeiros, técnicos e outros profissionais da área da saúde) ou até mesmo ex-namorados(as).

No Brasil, foram registrados 4.562 casos em 2024. Isto significa que 12 médicos são vítimas de violência em estabelecimentos de saúde por dia no País. Ou seja, a cada duas horas, um profissional é agredido fisicamente ou verbalmente.

Desde 2013, foram contabilizados quase 40 mil boletins de ocorrência em que profissionais denunciaram algum tipo de abuso sofrido em ambientes de saúde.

Geralmente, médicos e médicas são agredidos na mesma proporção, embora médicas tenham sido mais violentadas no último ano.

Rotina na UPA Leblon

No Brasil, os casos acontecem mais no interior (2.551 - 66%) do que na capital (1.337 – 34%).

Uma médica, do sexo feminino, que não quer ser identificada, faz plantão em uma unidade de saúde da região leste de Campo Grande e afirma que já foi agredida verbalmente em seu ambiente de trabalho.

Rotina na UPA Leblon

“Já gritaram comigo me chamando de incompetente e irresponsável, na frente de várias pessoas. A gente entende que a família quer um atendimento rápido, mas isso é quase impossível quando há um surto de síndromes respiratórias onde todo mundo procura as unidades de saúde de uma vez só”, contou.

De acordo com o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, é importante cuidar da integridade física dos profissionais da área da saúde e não apenas da estrutura dos postos.

“O Conselho Federal de Medicina apela por providências urgentes contra esses abusos. Os profissionais carecem de segurança física dentro das unidades. Não é apenas o patrimônio que precisa de cuidados. A garantia de condições para o exercício da atividade médica, dentre os quais a oferta de espaço seguro, é imprescindível, assim como o acesso dos pacientes ao direito fundamental à saúde, tanto na rede pública quanto na rede privada”, pontuou.

Além disso, pede apoio de parlamentares para punirem quem desrespeita fisicamente e verbalmente os profissionais.

“É de extrema importância termos líderes dos poderes Executivo e Legislativo comprometidos com a saúde e a medicina. É preciso debater e defender a saúde com muita coragem. Precisamos preservar nossos profissionais. O CFM apoia a aprovação de Projetos de Lei (PLs) no Congresso Nacional que agravam a pena para quem agredir médicos que estejam trabalhando, como o PL nº 6.749/16, aprovado na Câmara Federal. A Autarquia também tem articulado com governadores e integrantes da Polícia Civil nas unidades da Federação a criação de delegacias especializadas em crimes contra a saúde para ajudar no combate à violência contra médicos”, finalizou Hiran Gallo.

Os dados foram coletados pelo CFM junto às Polícias Civis das 27 unidades da Federação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

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