Cidades

ultima ratio

Desembargadores afastados perdem R$ 22 mil mensais em adicionais

Mesmo assim, o salário dos quatro magistrados do TJ-MS chegou a ultrapassar os R$ 200 mil em um único mês

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Embora para eles o valor seja insignificante, os quatro desembargadores afastados desde 24 de outubro do ano passado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul estão sendo punidos pelo bolso, uma vez que desde então ficaram sem alguns dos penduricalhos aos quais têm direito. Assim, seus salários são em torno de R$ 22 mil menores que os vencimentos dos demais desembargadores. 

No começo de março, quando o salário-base de todos aumentou 5,3%, passando de R$ 39.717,00 para R$ 41.845,00, cada um dos afastados recebeu R$ 22.316,00 a menos que os demais. Os quatro passaram a receber a mesma indenização paga a aposentados e pensionistas. 

Se estivessem trabalhando, teriam recebido R$ 26.500,75 a título de “auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio pré-escolar, auxílio-saúde, auxílio-natalidade, auxílio-moradia, ajuda de custo, além de outras indenizações desta natureza”, conforme informações disponíveis no site da transparência do Tribunal de Justiça.  Mas, por estarem afastados, tiveram direito a “apenas” R$ 4.184,00. 

A mesma situação se repetiu nos pagamentos relativos a novembro, dezembro e janeiro. Mas, como o salário-base era um pouco menor, os penduricalhos também tinham valor um pouco menor e a perda mensal dos quatro foi de R$ 21,182,00. 

Somando os quatro pagamentos, cada um deixou de embolar R$ 85.862,00, já que os penduricalhos são livres de descontos relativos a previdência e imposto de renda. A perda dos magistrados equivale a 60,5 salários mínimos. 

Mas isso não significa que tenham sido desamparados. No pagamento relativo a fevereiro, um dos afastados teve rendimento bruto de R$ 116,3 mil. Em janeiro, o mesmo magistrado teve direito a R$ 163 mil. No pagamento relativo a dezembro, o contracheque apareceu com R$ 190,7 mil. Em novembro, o salário bruto do mesmo juiz alcançou os R$ 214 mil.

E, apesar de terem perdido, juntos, quase R$ 345 mil, ainda receberam pouco mais de R$ 2,45 milhões ao longo dos quatro meses que estão afastados por determinação do Superior Tribunal de Justiça. 


ÚLTIMA RATIO

Os desembargadores Alexande Bastos, Marcos José Brito, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu foram afastados por suspeita de que estejam envolvidos em um grande esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo escritórios de advogacia de filhos dos desembarg.

Além dos quatro, o desembargador Sérgio Martins, que presidia o TJ, também chegou a ser afastado, mas no dia 9 de dezembro o ministro Cristiano Zanin, do STF, autorizou que reassumisse o cargo. 

Nos mandados de busca cumpridos pela Polícia Federal em 24 de outubro também foram alvo as residências dos desembargadores aposentados Divoncir Maran e Júlio Roberto Siqueira Cardoso, na casa do qual foram apreendidos cerca de R$ 2,7 milhões.

No mesmo dia também foi afastado conselheiro Osmar Jerônymo, do Tribunal de Contas do Estado. Ele segue fora do cargo e a suspeita é de que, com ajuda de advogados e um sobrinho que trabalhava no gabinete de um dos desembargadores, comprava decisões judiciais para tomar posse de fazendas em diferentes municípios do Estado. 

A investigação também respingou no Ministério Público, com o procurador Marcos Antônio Martins Sottoriva sendo alvo de busca e apreensão autorizado pelo STJ. Pecuarista, ele teria sido beneficiado por uma decisão judicial para se livrar de uma dívida de R$ 5 milhões relativa à compra de uma fazenda. 

Na decisão, o ministro Francisco Falcão, do STJ, estipulou em 180 dias o prazo de afastamento e, caso não haja nova decisão, os quatro desembargadores podem retornar aos cargos no final de abril  e voltar a receber os penduricalhos da ordem de R$ 22 mil mensais. 

Acidente

Carro bate e derruba poste durante a madrugada

2,5 mil pessoas ficaram sem energia no Zé Pereira

29/03/2025 11h40

Equipe da Energisa trabalhando no retirando o poste da via

Equipe da Energisa trabalhando no retirando o poste da via Mariana Piell / Correio do Estado

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Na madrugada deste sábado (29), um carro Volkswagem colidiu com um poste de iluminação, que foi arrancado e ficou pendurado nos fios da rede elétrica na Avenida José Barbosa Rodrigues, localizada no bairro Zé Pereira. 

A queda do poste ocasionou na interrupção do fornecimento de energia elétrica para mais de 2,5 mil consumidores.

De acordo com informações da concessionária Energisa, o poste danificado foi isolado, permitindo o restabelecimento do fornecimento de energia para a maioria dos consumidores afetados. 

Equipes de manutenção estão no local para substituir o poste avariado, e o trabalho deve durar cerca de três horas. Parte da via está interditada por cones para garantir a segurança, mas o trânsito segue normalmente.

Testemunhas relataram que o veículo envolvido no acidente foi parar em uma área de vegetação próxima ao local da colisão. Faróis e setas do carro ainda estavam ligados, e partes do veículo, como pneu, roda e suspensão, foram encontradas no matagal.

O motorista não foi localizado até o momento, e as circunstâncias da colisão ainda estão sendo investigadas.

A Energisa reforça que acidentes envolvendo a rede elétrica podem ser perigosos e orienta a população a não se aproximar de cabos rompidos ou caídos ao chão.

A previsão é que o fornecimento seja totalmente normalizado até o início da tarde deste sábado.

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FEMINICÍDIO

Mulher é morta por ex-companheiro e é 7ª vítima de feminicídio em MS no ano

Alessandra da Silva Arruda, de 30 anos, estava em casa quando se desentendeu com o rapaz, que chamou a polícia admitindo o crime, mas fugiu logo em seguida

29/03/2025 11h20

Alessandra da Silva Arruda, de 30 anos, foi morta a facadas em MS

Alessandra da Silva Arruda, de 30 anos, foi morta a facadas em MS Foto: Reprodução

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Uma mulher de 30 anos, identificada como Alessandra da Silva Arruda, foi morta a facadas pelo ex-companheiro em Nioaque, município a 183 quilômetros de Campo Grande, e é a sétima vítima de feminicídio no estado em 2025.

O caso aconteceu na manhã deste sábado (29) e, segundo apuração do jornal Jardim MS News, o rapaz ligou para a polícia admitindo o crime e pedindo socorro. Porém, ao chegarem no local, os agentes encontraram o corpo de Alessandra já sem batimento e sem a presença do criminoso.

Ainda, de acordo com informações do Delegado titular da delegacia de Nioaque, Diego Sátiro, tudo começou após um desentendimento do casal, em uma residência localizada na Rua Manoel Ozório, no Bairro São Miguel. 

Ainda sem identificação, o suspeito também tem 30 anos e segue foragido. A faca usada no crime foi encontrada cheia de sangue e confiscada pela perícia. Já o corpo de Alessandra será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

O Correio do Estado aguarda mais atualizações sobre o caso.

Feminicídios em 2025

O 1° feminicídio aconteceu no dia 4 de fevereiro, quando Karina Corin, de 29 anos, foi baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, no dia 1° de fevereiro; não resistiu aos ferimentos.

Karina estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Vida de Dourados. Aline Rodrigues, de 32 anos, também estava na loja de celular no momento do ataque e morreu após ser atingida por dois tiros.

Aline era amiga de Karina, e também foi levada para o Hospital da Vida de Dourados em estado grave. Contudo, não resistiu aos disparos, que atingiram a cabeça e o tórax.

O 2° feminicídio registrado foi o da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada a facadas pelo ex-noivo Caio Nascimento. 

Vanessa procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) no dia 13 de fevereiro para denunciar o companheiro por violência doméstica e solicitar uma medida protetiva contra ele, mas, ao retornar para casa, deu de cara com Caio na sua própria residência, momento em que começaram uma discussão e ele desferiu diversos golpes de faca contra o pescoço, peito e barriga.

Os vizinhos ouviram os gritos e acionaram a polícia.

Já o 3° caso, aconteceu em Dourados, quando Juliana Domingues, de 28 anos, foi assassinada com golpes de foice pelo marido, no último dia 18, na comunidade indígena Nhu Porã.

O esposo foi identificado como Wilson Garcia, de 28 anos. Ele cometeu o crime na frente do filho do casal, de 8 anos.

No 4° caso, Mirieli Santos, de 26 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro,Fausto Junior no último sábado, 22 de fevereiro. O casal estava discutindo quando o irmão da vítima ouviu os disparos, ela chegou a ser levada ao hospital por Fausto, mas não resistiu aos ferimentos.

O 5º caso aconteceu no dia 24 de fevereiro, o crime aconteceu no município de Juti, localizado a 310 km de distância de Campo Grande.

A vítima teria sido brutalmente atacada pelo seu ex-marido, que, após esgana-la, teria arrastado seu corpo até uma residência e colocado em cima de um colchão, a fim de simular uma eventual morte natural.

No inicio deste mês Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi a 6ª vítima de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul. O crime aconteceu no fim da tarde deste sábado (1°), no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

De acordo com testemunhas, o autor do crime confessou que a agressão foi motivada após uma discussão com a vitima que teria o agredido com três tapas no rosto, momento este em que ele jogou uma pedra na cabeça da mulher. A vítima teve o corpo queimado.

*Colaborou Alicia Miyashiro

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