De acordo com dados divulgados pela Coordenadoria de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde - (CIEVS), de janeiro de 2025 até agora, Campo Grande já registrou 158 mortes confirmados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Além disso, o documento mostrou que das 2.055 notificações de SRAG registradas neste ano, 1.247 foram confirmadas, 179 ainda estão em investigação e 629 não tiveram causa especificada.
Conforme o levantamento, na grande maioria dos casos, as vítimas seguem um padrão, sendo os idosos os mais atingidos. Isso porque, entre os que morreram por SRAG, 79,4% tinham 70 anos ou mais. Essa faixa etária também concentrou quase metade (48,7%) das internações por complicações respiratórias graves. Além disso, crianças entre 1 e 9 anos também são do grupo de risco, levando em consideração que, atém maio desse ano, elas representaram 26,8% das hospitalizações por SRAG.
Os dados da CIEVS alertam para a taxa de mortalidade por Influenza A e B, tendo em vista que, dos 320 casos confirmados, 53 evoluíram para óbito — o que representa uma taxa de 16,3%, uma das mais altas do Estado.
Além disso, o levantamento indica ainda que, além da Influenza, há uma diversidade de vírus em circulação. Veja:
- 13 mortes foram causadas por vírus sincicial respiratório;
- 12 por rinovírus;
- 10 por Covid-19;
- 3 por outros agentes virais;
- 65 óbitos continuam com o agente causador não identificado.
BAIXA COBERTURA VACINAL
Mesmo diante desse cenário, e com a vacina contra a gripe disponível para todos os públicos a partir dos 6 meses de idade, em todas as 74 unidades de saúde, de acordo com a Secrearia Municipal de Saúde - (Sesau), a imunização segue abaixo do esperado. Até agora, Campo Grande aplicou 309.693 doses, sendo 110.212 em pessoas do grupo prioritário.
Vale lembrar que, a cobertura vacinal ideal estipulada pelo Ministério da Saúde no início da campanha, era de pelo menos 90% da população, e até o momento, a imunização atingiu 49,18%. Ou seja, resta que, pelo menos 40,82% das pessoas se vacinem.
Recentemente, a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, disse ao Correio do Estado, o esforço para alcançar a meta de cobertura continua sendo prioridade. “Cada dose aplicada representa uma barreira contra a propagação do vírus e uma chance de proteger a vida. Nossos números estão acima da média nacional e estadual, mas ainda não atingimos o ideal. Contamos com o apoio da população para mudar esse cenário”, frisou.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, reforça a importância de buscar a imunização nas unidades de saúde. “A gripe pode evoluir para casos graves, principalmente em crianças pequenas, idosos e gestantes. A vacina é segura, gratuita e está disponível em 74 USFs espalhadas por toda a cidade”, ressaltou.
Colaborou Alison Silva


