Em meio a baixo índice de vacinação, alto número de casos de síndromes respiratórias, falta de leitos adultos e pediátricos, e estado de emergência decretado, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), prestará contas referente ao primeiro quadrimestre de 2025, na Câmara Municipal de Campo Grande nesta sexta-feira (30), às 14 horas.
Na ocasião, serão repassados dados dos investimentos em saúde, repasses aos postos e hospitais, atendimentos realizados e outras informações referentes aos priemeiros quatro meses de exercício financeiro deste ano.
O debate já tem presença confirmada da secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, e foi convocado pela Comissão Permanente de Saúde da Casa de Leis, composta pelos vereadores Dr. Victor Rocha (presidente), Dr. Jamal (vice-presidente), Neto Santos, Dr. Lívio e Veterinário Francisco.
A prestação de contas da Sesau é feita a cada quatro meses, em audiências na Câmara, assim como a prestação de contas do Executivo, com balanço de receitas e despesas do Executivo, cuja Audiência foi feita ainda neste mês.
A Audiência Pública começará às 14 horas na Câmara Municipal e pode ser acompanhada presencialmente, na TV Câmara pelo canal 7.3 ou no Youtube da Casa de Leis.
CRISE NA SAÚDE
No dia 4 de abril desse ano, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande se reuniram com a secretária municipal de saúde, Rosana Leite, acompanhada de seu adjunto, Aldecir Dutra, para discutirem e buscarem soluções para a atual situação da saúde pública de Campo Grande.
Na ocasião, foram discutidas as medidas adotadas pela pasta para minimizar o déficit de 500 leitos, diminuir o tempo de espera por atendimento das unidades de saúde e garantir o abastecimento de medicamentos nas farmácias da rede pública.
ESTADO DE EMERGÊNCIA
Já no dia 26 de abril, foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande - (Diogrande), o decreto que instituiu situação de emergência na saúde de Campo Grande, inicialmente pelo período de 90 dias, diante do aumento de casos de síndromes respiratórias e atual falta de leitos nos hospitais da Capital.
A declaração foi feita durante uma reunião do Centro de Operações de Emergência (COE) para Doenças Respiratórias e Arboviroses, que contou com a presença da prefeita Adriane Lopes, da secretária municipal de saúde, Rosana Leite, do chefe de imunização da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul – (SES/MS), Frederico de Moraes, da vice-prefeita, Camila Nascimento e demais entidades envolvidas no comitê.
Além disso, recentemente, no dia 23 de maio, a Santa Casa de Campo Grande emitiu um ofício comunicando o bloqueio do pronto-socorro adulto e pediátrico. Desta forma, serão permitidos apenas os casos de emergência, que devem ser avaliados pelo Núcleo Interno de Regulação, junto à Regulação Municipal e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para definir quais atendimentos ainda poderão ser realizados.
Ainda de acordo com a Santa Casa, os leitos da ala adulta e pediátrica são contratados pelo município, sendo assim, a instituição informa que está operando acima da capacidade estabelecida no contrato.
DÉFCIT MENSAL
Em abril, a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) anunciou que além dos R$ 5 milhões mensais, outro R$ 1 milhão seria acrescentado. Com isso, o repasse mensal da Prefeitura à Santa Casa será de R$ 6 milhões.
Já o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), repassa R$ 9 milhões mensais à instituição e cedeu mais R$ 25 milhões, que serão pagos em três parcelas até o mês de junho, com a primeira paga em abril.
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o déficit mensal da instituição era de R$ 13,2 milhões, em dados apresentados pela instituição ao Ministério Público Estadual.
No balanço de 2024, a Santa Casa alega faturamento de R$ 383,5 milhões, mas teve custos que somaram R$ 542,4 milhões.


