Cidades

LEVANTAMENTO

Em MS, a maioria dos homens jovens morre de forma violenta

Entre as mulheres de 20 a 29 anos, 18% das causas de óbitos são agressão por objeto cortante ou penetrante, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado

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Entre a população jovem do Mato Grosso do Sul, relatório demonstra que acidentes no trânsito e mortes violentas, como o disparo de arma de fogo, são as principais causas de óbito dos homens de 10 a 29 anos.

Os dados do primeiro quadrimestre deste ano, da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que nesta faixa etária informada, mas especificamente entre as idades de 10 a 19 anos, as maiores proporções de mortes são por causas externas (80%), dentro desta categoria, a maioria das causas externas são de acidentes no trânsito (28,1%), incluindo todas as situações onde os jovens se encontra no sinistro, como: ciclistas, motociclistas, passageiros e condutores.

A segunda maior causa de óbitos dos adolescentes do sexo masculino no Estado nos primeiros meses de 2024, é ocasionada devido a agressão por meio de disparo de arma de fogo ou de arma não especificada (15,6%). De janeiro até abril, de acordo com o relatório da SES, foram notificados 40 óbitos em MS de homens de 10 a 19 anos.

Quando observado a faixa etária masculina dos 20 aos 29 anos, além do número de óbitos ser mais elevado neste ano (137), as causas das mortes são parecidas com o que foi registrado entre as crianças e adolescentes, 73% dos óbitos são por causas externas, dentro desta porcentagem, 13% das mortes aconteceram devido a acidentes de trânsito e 13% de disparo de outra arma de fogo ou de arma não especificada.

Segundo o relatório da Secretaria de Saúde, outros 8% das causas de óbitos dos jovens de 20 a 29 anos se dá através de doenças infecciosas e parasitárias, dentre as doenças nesta faixa etária, o maior motivo de óbitos (54,5%) ocorre em decorrência do vírus sexualmente transmissível da imunodeficiência humana [HIV].
No primeiro quadrimestre de 2024, ao todo foram registrados 2.660 óbitos em indivíduos do sexo masculino acima de 10 anos de idade no Estado. 

A maior faixa etária de óbitos do sexo masculino em MS (65,4%) são de homens de 60 anos acima. 42,2% tinham escolaridade até o ensino fundamental. 

De acordo com levantamento da SES, referente a Taxa Bruta de Mortalidade (TBM) masculina, as quatro causas de óbito com maiores TBM no sexo masculino foram: doenças do aparelho circulatório 53,6%, causas externas de morbidade e mortalidade 30,6%, neoplasias 28,2% e doenças do aparelho respiratório 18,4%.

VIDAS PERDIDAS

No fim do mês de janeiro, um acidente de trânsito vitimou um adolescente de 16 anos na avenida Duque de Caxias.

O jovem que estava como passageiro em uma motocicleta conduzida por um jovem de 19 anos, foi arremessado do veículo contra uma barra de ferro, após o condutor perder o controle da moto, saindo da pista e invadindo um posto de combustível da Duque de Caxias, no cruzamento com a rua Itatiaia.

Mais recentemente, na primeira semana de junho, Nicholas Yann dos Santos de Jesus, de 20 anos, veio a óbito durante um evento de manobras de motocicletas no Autódromo Internacional de Campo Grande.
O jovem que não estava com o devido equipamento de segurança caiu da motocicleta e bateu a cabeça no chão durante uma manobra. Nicholas foi atendido por uma ambulância do autódromo, mas, infelizmente, não resistiu aos ferimentos. 

MULHERES

Entre as mulheres, de acordo com o relatório do primeiro quadrimestre da SES, os casos mais preocupantes são referentes a crianças, adolescentes e jovens entre 10 a 29 anos, onde as causas principais de óbitos são: lesão autoprovocada (suicídio) e agressão por objeto cortante ou penetrante, sendo estes possíveis casos de feminicídio.

Em relação a análise dos óbitos por faixa etária, no grupo de 10 a 19 anos, no primeiro quadrimestre de 2024, foram notificados 23 mortes, sendo que  as maiores proporções nesta faixa etária foram as causas externas (43,4%) e as neoplasias (13,0%). 

Dentro das causas externas, 40% dos óbitos ocorridos foram por lesão auto provocada intencionalmente. Em relação às neoplasias, a neoplasia maligna do encéfalo, que é um tumor no cérebro, é uma das principais causas de óbitos dentro das doenças neoplasicas (66,6%).

Na faixa etária dos 20 aos 29 anos, 35 óbitos de mulheres foram registrados nos primeiros quatro meses do ano. As causas mais prevalentes foram de lesão auto provocada (27,2%), agressão por objeto cortante ou penetrante (18,2%) e doenças do aparelho respiratório (14,3%).

Dentre as doenças do aparelho respiratório, o relatório de saúde observa  que a pneumonia por microrganismo não identificado foi a maior causa de morte (60,0%).

A faixa etária feminina com maior número de óbitos no Estado, no primeiro quadrimestre de 2024, é de acima dos 60 anos com 75,2% dos registros.

Ao todo, 1.396 mortes de mulheres foram registradas no Estado. Segundo o calculo da taxa bruta de mortalidade do sexo feminino em MS, as três principais causas de óbito foram: doenças do aparelho circulatório 40% ,neoplasias 25,1% e doenças do aparelho respiratório 15,5%.

Saiba

De acordo com a conclusão do relatório da SES, os resultados em relação aos óbitos femininos e masculinos apontam a necessidade de estratégias de prevenção e intervenção direcionadas a programas sobre cuidado à saúde mental, rastreamento precoce e tratamento de doenças crônicas.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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