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Em pleno século 21, família vivia isolada dentro de caverna

Em pleno século 21, família vivia isolada dentro de caverna

Redação

13/09/2010 - 01h15
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                Crianças maltrapilhas que nunca receberam nenhum corte de cabelo têm 5, 7 e 8 anos. São irmãs de um bebê de pouco mais de um ano e de outro ainda mais novo, de apenas três meses. Em pleno século 21, as crianças da família Rosales nasceram e foram criadas em uma caverna. Passaram tanto tempo isoladas que se comunicam em uma língua que só elas entendem.Foram dois agendes da Defesa que comandaram o resgate das crianças em maio. O isolamento era tamanho que mesmo os vizinhos não sabiam que havia tantos filhos

                ?Achei que eram só dois. Eles não se comunicavam, não falavam com ninguém. Era como se vivessem na selva?, explicou a agricultora Maria Eva Contreras.

                Depois de atravessar várias plantações, estamos bem perto das cavernas. O senhor Bernardo, que mora nas cavernas, muitas vezes, recebe com violência os visitantes. Ele tem uma machadinha e ataca as pessoas com ela. Por isso, o pessoal da Defesa Civil chamando o nome do Senhor Bernardo, para saber se ele está ou não. Conforme for, nós podemos entrar na caverna. Se ele não estiver, a mulher costuma receber bem os visitantes.

                Bernardo foi fotografado pela Defesa Civil no dia da retirada das crianças.

                Em um local, já bem próximo às cavernas, é possível ver que o senhor Bernardo criou dificuldades para as pessoas passarem. Ele colocou galhos para que as pessoas não cheguem perto. Morro acima, alguns sacos pendurados em varais também servem para dificultar o acesso.

                A equipe do Fantástico conseguiu chegar à entrada da caverna. Aparentemente, não tem ninguém, embora dê para sentir cheiro de carvão, o que pode significar que eles cozinharam há pouco.

                Ninguém responde, mas a caverna não está abandonada. O barro está fresco. Eles ainda estão construindo no local.

                O pessoal da Defesa Civil lembra o momento mais chocante do resgate: quando encontraram as crianças em um buraco, sem colchão nem coberta.

                As roupas que a família usa estavam enroladas nas crianças que foram encontradas na caverna. É possível ver que são roupas muito velhas, imundas, furadas, em péssimo estado.

                ?Quando as encontramos, não sabíamos quem era menino ou menina. Só fomos descobrir no hospital, porque o cabelo estava comprido, nos ombros?, conta um dos membros da Defesa Civil.

                Os irmãos foram levados para o hospital e se apavoraram quando viram a máquina de cortar cabelo. Ficaram ainda mais espantadas, quando ficaram diante de uma TV. ?Elas tentavam pegar as imagens com a mão?, lembre Alivio Garzón.

                Ninguém sabe a origem do estranho idioma falado pelas crianças. Os irmãos se comportavam de forma selvagem. ?Ela me mordeu como um animal?, conta o chefe da Defesa Civil.

                A prefeita de Turmequé, María Inés Osorio, aumenta o mistério sobre a família Rosales, porque, segundo ela, o pai, apesar de forçar a família ao isolamento, não é completamente ignorante. Tanto que, depois do resgate das crianças, ele foi a Bogotá, contratou advogado e está processando o governo para ter os filhos de volta.

                Aos poucos, os irmãos vão se integrando à sociedade. Os mais velhos estão aprendendo espanhol. E todos, agora, têm certidão de nascimento.

                Os pais ficaram na caverna. Os pequenos Rosales vivem sob os cuidados da Assistência Social e aguardam a localização de parentes ou a adoção.

                 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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