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Em uma semana, PF enquadra dois policiais de MS envolvidos com o crime

Dias depois de investigador ser detido recebendo propina, o policial militar Wellington da Silva Cruz foi alvo de operação

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Menos de uma semana depois de prender um policial ligado ao crime de contrabando e pagamento de propina, a Polícia Federal (PF) apontou um policial militar como chefe de outro esquema de descaminho, que resultou na Operação Uxoris, deflagrada ontem, com 12 Cadastros Nacionais da Pessoa Jurídica (CNPJs) alvo somente em Campo Grande.

De acordo com o delegado Anezio Rosa de Andrade, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz), a investigação teve ponto de partida após a ex-esposa de um dos integrantes do grupo criminoso denunciar à PF que seus documentos pessoais estavam sendo usados para abertura de pessoas jurídicas (PJ), justamente para a prática dos delitos.

A partir disso, a investigação constatou que a quadrilha atuava no Estado por meio da importação fraudulenta de produtos, sem que passassem pelo chamado “desembaraço aduaneiro”, ou seja, sem o pagamento dos devidos tributos. Segundo o delegado, a maioria dos produtos vinham do Paraguai, mas também tinham outros países como origem.

Dentro do organograma do grupo, o policial militar Wellington da Silva Cruz é apontado como o chefe, que, inclusive, tem reincidências em outros casos. “Temos um principal líder, um organizador da atividade, que já tinha um histórico criminal anterior, já teve outras investigações com relação a ele”, disse o delegado.

Nas redes sociais, Wellington se autointitula como “maior vendedor do Mercado Livre no Pantanal”. Os estabelecimentos alvo da operação vão de lojas físicas até virtuais, com foco no estilo marketplace (um e-commerce, mediado por uma empresa, em que vários lojistas se inscrevem e vendem seus produtos).

“Em Campo Grande foram seis estabelecimentos comerciais, dentro dos quais tivemos 12 decisões de interdição de suspensão de atividades, porque muitos CNPJs funcionam em mais de um endereço, mais de um CNPJ no mesmo endereço. Então, esses CNPJs não podem operar mais nem fisicamente, nem de maneira virtual”, explicou.

“Existem empresas de fachadas, fintechs, empresas bancárias que existem somente para essa prática, para propiciar esse tipo de transação entre países e dificultar o rastreamento do valor”, detalhou o delegado ao Correio do Estado.

Também houve o bloqueio de R$ 40 milhões, referente ao sequestro de bens móveis, imóveis e valores ligados aos supostos integrantes da organização criminosa. Além da Capital, um mandado de busca e apreensão foi cumprido no município de Osasco (SP). A Receita Federal também participou da operação.

BRIGA

Em agosto do ano passado, Wellington foi baleado pela ex-esposa, a médica Lenise Fernandes Sampaio, em Jaraguá do Sul (SC). O caso aconteceu durante o Dia dos Pais, quando a mulher teria invadido o apartamento onde estavam o filho do casal e o rapaz e disparou tiros contra o Wellington, do qual um deles pegou na perna do policial militar. Hoje, Lenise está detida no Presídio Feminino de Joinville (SC).

CONTRABANDO

Na sexta-feira, a Polícia Federal flagrou um ex-policial pagando propina de R$ 160 mil a um investigador, identificado como Augusto Torres Galvão Florindo, que supostamente facilitava as atividades contrabandistas no Estado. Inclusive, o ex-policial conta com longo histórico de atividades ligadas ao contrabando.
Conforme nota emitida pela PF, a investigação começou com o recebimento de denúncia anônima de que uma mulher sacaria uma grande quantia para pagar propina a um policial, em decorrência do envolvido no crime de contrabando é possível favorecimento.

Com esta informação, agentes fizeram pesquisas para verificar a veracidade da informação e constataram a existência de vários registros criminais por contrabando e descaminho em desfavor da pessoa indicada pelo autor da denúncia anônima. 

Identificou-se, também, que seu marido era ex-policial, além de que também contava com registros criminais pela prática do delito de contrabando e de descaminho. Diante disso, a PF acompanhou a possível situação e verificou que, de fato, o saque em espécie ocorreu e, no momento da entrega do dinheiro ao policial, os dois foram abordados e presos em flagrante.

Após a prisão dos policiais, o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, afirmou que o caso não é isolado e há procedimentos internos em andamento há algum tempo, conduzidos pela Corregedoria da Polícia Civil, para apurar desvios de conduta ligados a crimes transfronteiriços, como contrabando e facilitação de atividades criminosas. (Colaborou Leo Ribeiro)

SAIBA

Um dos maiores traficantes do mundo, o ex-major da Polícia Militar, Sérgio Roberto Carvalho, também iniciou sua vida no crime por meio do contrabando. Em 1988, recebeu sua primeira denúncia após a PF apreender um caminhão em nome de seu pai com diversos pneus contrabandeados, oriundos do Paraguai.

Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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