Cidades

CAMPO GRANDE

Em zigue-zague, calçada irregular
gera debate na internet

Segundo especialista, a prioridade deve ser as pessoas com deficiência

MARESSA MENDONÇA E RAFAELLY GONÇALVES

10/08/2018 - 09h50
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A intenção poderia até ser a de construir uma calçada acessível, mas, o que se vê no Parque dos Poderes é um local totalmente intransitável e inacessível a pessoas com deficiência. Segundo a equipe da prefeitura, que ficou responsável pela obra, a intenção foi preservar as árvores, mas, segundo opinião do engenheiro Marco Aurélio Candia Braga, normas técnicas foram negligenciadas. A regra, segundo ele, é: “primeiro as pessoas, depois as árvores”.

A calçada em questão fica na Rua Delegado Osmar de Camargo, no Jardim Veraneio, onde está o prédio da  Academia de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

A reportagem do Portal Correio do Estado foi até o local na manhã desta sexta-feira e conversou com o engenheiro responsável pela obra. Carlos Augusto, da Equipe Engenharia Ltda, disse que, a intenção foi preservar as árvores. “Se a Prefeitura achar que a gente tem que arrancar a gente arranca e faz de novo”, declarou.

Ele disse ainda que, o problema poderia ser maior com a retirada da vegetação por se tratar de uma área de preservação, como é a do Parque dos Poderes. “Quando a gente puder desviar, a gente desvia [das árvores]. A ideia é não mexer e tentar não arrancar nenhuma árvore”, finalizou.

Para o engenheiro Marco Aurélio, que foi integrante da Comissão Temática Acessibilidade e Equipamentos do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), entre 2015 e 2016, o caso em questão é “indiscutível”.  “Está errado”, declarou ele, citando a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e as normas aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Não há o que discutir”, reforçou ele.

A coordenadora do Instituto sul-mato-grossense para cegos (Ismac), Telma Nantes, completou que, “a busca por acessibilidade é uma constante. Isso demonstra um certo descaso e existem normas técnicas da Abnt para fazer”, finalizou.

CRÍTICAS

O caso chamou atenção dos internautas e virou alvo de críticas na internet. Alguns citaram a preocupação em preservar as árvores enquanto outros perceberam a inadequação da obra. Na página do Facebook, “Passeando em Campo Grande”, por exemplo, Rafael Ribeiro Mendes comentou, “Só pode ser montagem isso. Não é possível que isso seja em Campo Grande”.

Opinião semelhante foi dada  por Milena Amorim. “Coisa de gente sem consideração. Não pensam na acessibilidade”, declarou.

MULTAS

No mês passado, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) publicou no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) uma série de notificações contra proprietários de residências e estabelecimentos comerciais que estavam descumprindo as normas de acessibilidade. Na ocasião, eles informaram que, em 2017, a Semadur, expediu 1.726 notificações relacionadas a irregularidades nas calçadas. Desse total,  483 foram relacionadas à acessibilidade e rampa.

Neste ano, até a primeira quinzena de abril, foram expedidas 638 notificações. Deste total, 38  foram relacionadas à acessibilidade e rampa. (Colaborou Bruna Aquino) 

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura sobre o assunto, mas, não teve resposta até o fechamento da matéria. 

Cidades

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Acidente aconteceu na noite desta sexta-feira (4); homem teve fratura facial e está internado

05/04/2025 16h00

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS Reprodução - TL Notícias

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Um peão identificado como Johanderson Britto, representante da cidade de Teodoro Sampaio (SP), sofreu um grave acidente durante uma montaria na noite desta sexta-feira (4), na Festa do Peão de Inocência, município localizado a 337 km de Campo Grande. As informações são do portal TL Notícias.

Durante a apresentação, Johanderson foi violentamente atingido pela cabeça do touro e caiu já desacordado dentro da arena. O competidor foi socorrido imediatamente pela equipe de emergência do rodeio.

Ainda inconsciente, foi encaminhado inicialmente ao hospital de Inocência. Porém, devido à gravidade do impacto, precisou ser transferido com urgência ao Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.

Segundo informações preliminares obtidas pelo TL Notícias, Johanderson sofreu fratura facial e foi sedado por recomendação médica. Apesar da gravidade, ele passou a noite estável, sem alterações clínicas.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Johanderson pediu orações e agradeceu o apoio que tem recebido:

"Estamos em orações para sua rápida recuperação. Que Deus esteja com ele e com toda a equipe médica."

Veja o vídeo: 

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Cidades

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal e por eventuais danos ao meio ambiente

05/04/2025 14h30

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS Divulgação

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Uma construtora é suspeita de realizar a extração e pesquisa de basalto sem as devidas licenças ambientais no município de Deodápolis - localizado a 264km de Campo Grande. Diante da possível irregularidade, o Ministério Público do Estado (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar o caso e investigar se houve dano ambiental.

Segundo a portaria que deu origem ao procedimento, a empresa possui alvará da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a pesquisa e exploração do minério. No entanto, a legislação ambiental brasileira exige, além da autorização da ANM, o licenciamento ambiental específico para esse tipo de atividade o que pode não ter sido obtido pela construtora.

Diante destes fatos, o MPMS encaminhou ofícios à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e à Polícia Civil de Deodápolis, solicitando diligências no local da extração. As equipes devem verificar se a atividade está sendo realizada de forma irregular, sem a documentação ambiental necessária.

Após a conclusão das diligências e a análise dos documentos reunidos, o Ministério Público decidirá quais medidas tomar. Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal de basalto e por eventuais danos ao meio ambiente.

O que diz a lei ?

De acordo com o art.10 da Lei nº 6.938/1981 Política Nacional do Meio Ambiente, 'atividades modificadoras do meio ambiente estão sujeitas a licenciamento ambiental prévio'. Esse licenciamento deve ser feito junto ao órgão ambiental competente (municipal, estadual ou federal, dependendo do impacto).

Já o Código de Mineração (Decreto-Lei nº 227/1967) e normas da Agência Nacional de Mineração (ANM) diz que a instituição pode conceder alvarás de pesquisa e autorizações de lavra, mas isso não substitui o licenciamento ambiental.

O empreendedor precisa da licença ambiental emitida pelo órgão ambiental estadual - como é o caso do IMASUL, em MS - antes de iniciar a operação.

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