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Empreiteira receberá 31% acima do previsto por estrada no pantanal

Obra de 45 quilômetros, que chegou a ser embargada pelo TCE, foi inicialmente contratada por R$ 40,16 milhões e foi reajustada para R$ 52,89 milhões

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Em meio à crise ambiental dos incêndios florestais que assola o pantanal, o governo do estado concedeu mais um reajuste em uma das 15 obras de construção de estradas que no ano passado foram embargadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por falta de licenciamento ambiental. 

Conforme publicação desta terça-feira (25) no diário oficial do governo estadual, a construção de 45 quilômetros de estrada entre o entrocamento da MS-228 e o Porto Rolon teve um acréscimo de R$ 6.295.090,97, passando de R$ 46.595.683,35 para R$ 52.890.659,32, o que significa aumento de 13,5% neste aditivo.

Mas, o reajuste desde o começo da assinatura do contrato é bem maior, chegando a 31,6%. Em 2022, a empresa de Rodrigo Ricardo Ceni (RRCeni) venceu a licitação ao aceitar fazer a obra por R$ 40.164.397,00. Agora, dois anos depois, vai faturar R$ 12,7 milhões a mais. Isso se não houver novos aditivos.

O contrato prevê a construção de 45 quilômetros de uma estrada praticamente nova, com instalação de duas pontes de madeira. Estas pontes, porém, estão sendo construídas por outra empresa, que vai receber em torno de R$ 3,3 milhões. 

EMBARGOS

Em julho do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado embargou 15 obras, que juntas somam 608 quilômetros de estradas em diferentes regiões no pantanal. A justificativa é de que não havia estudos sobre os impactos ambientais que estas obras provocariam. 

Em todas elas estava previsa a construção de aterros de até seis metros de altura, fazendo com que as estradas ficassem transitáveis inclusive em períodos de grandes cheias, o que atualmente só ocorre na BR-262 e em alguns trechos de estradas sem asfalto, como a chamada Estrada Parque. 

Porém, estes aterros provocariam alteração do fluxo das águas e o temor é de que causariam alagamentos exagerados em determinadas regiões e impediriam que a água chegasse a locais onde tradicionalmente chegava. 

Dentre estas obras, a empresa RR Ceni tem dois contratos, totalizando 95 quilômetros. A empresa de André Luiz dos Santos, o André Patrola, tem outras cinco, que somam 188 quilômetros. Conforme os contratos iniciais, a presa dele seria contemplada com R$ 123 milhões. 

Pelo menos cinco dos projetos chegaram a receber autorização ambiental da FMAP (Fundação de Meio Ambiente do Pantanal). Mas, o TCE exigiu também estudos de impacto ambiental do  Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). 

Desde o último trimestre do ano passado, pelo menos sete destas obras já receberam aval para serem retomadas e entre elas está essa que recebeu um novo aditivo no valor do contrato nesta terça-feira. 

A reportagem do Correio do Estado procurou a assessoria da Agesul em busca de explicações que justifiquem o aumento superior 31%  no contrato, mas até a publicação da reportagem não havia recebido retorno. Nos últimos dois anos, a inflação acumulada é da ordem de 8%. 


 

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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