Cidades

ADOÇÃO

Empresários poderão adotar postos de saúde para manutenção

Objetivo é incentivar pessoas jurídicas a contribuírem para a conservação e a manutenção

EDUARDO PENEDO

20/08/2019 - 14h20
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Quem nunca precisou ir em uma unidade básica de saúde e não se deparou com janelas quebradas, falta de medicamento e paredes descascando e sem pintura. Agora quem quiser adotar uma unidade básica de saúde (UBS), Unidade Básica da Família (UBSF) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e contribuir com a conservação e manutenção das unidades pode fazer por meio de um termo de cooperação. O projeto de Lei 9.216/19 Adote a Saúde que tem com o objetivo de incentivar pessoas jurídicas e a sociedade civil organizada a contribuírem para a conservação e a manutenção das Unidades foi aprovado na sessão desta terça-feira (20) na sessão da Câmara Municipal. 

“Conversando com empresários e donos de hospitais me disseram que sentiam vontade de ajudar a com a manutenção de equipamentos, materiais e insumos nos postos de saúde, mas como não tinha legislação eles não conseguiam ajudar”, explica o vereador João Cesar Matogrosso (PSDB). 

Segundo a redação do projeto, os empresários interessados em adotar uma UBS, UBSF e UPA deverá firmar um termo de cooperação, integral ou parcial, que possibilitará a doação de recursos materiais, equipamentos ou insumos, assim como a realização de obras, desde que aprovadas ou elaboradas pelo Poder Público Municipal. O adotante também poderá contribuir com a conservação e manutenção da unidade. 

Conforme Matogrosso, em contrapartida de adotar a unidade no local o empresário poderá fazer publicidade – marketing institucional –com ônus de inteira responsabilidade da empresa. Não podendo descaracterizar o local. “Esse projeto lembra o Propan onde as empresas adotam praças e bem parecido. Nós queremos que o setor privado entre mais no setor público. Nós sabemos que o setor público é muito burocrático. Eu estive na unidade da Vila Nasser que estava com as janelas quebradas que é um perigo para as pessoas principalmente uma criança que coloca a cabeça la e se corta e muito burocrático para pedir para trocar, mas nós conseguimos trocar “, explica. 

Ainda de acordo com o texto, os interessados poderão adotar mais de uma unidade de saúde ou apenas um setor, sendo permitido ainda por várias pessoas jurídicas simultaneamente. Quanto ao termo de cooperação, deverão constar os seguintes itens: os objetivos, a abrangência e os limites da responsabilidade do adotante acerca da conservação e da manutenção dos bens públicos adotados; o prazo de vigência da adoção e as atribuições da pessoa jurídica responsável pela adoção. 

Quem aderir ao projeto terá que executar a obra com verba, pessoal e materiais próprios, bem como a conservação e a manutenção das unidades de saúde, conforme termo de cooperação celebrado. O adotante deverá apresentar a cada 120 dias a prestação de contas sobre os investimentos realizados e as melhorias promovidas. 

O projeto aprovado na sessão de hoje é de autoria dos vereadores João César Mattogrosso (PSDB) e coautoria dos vereadores Odilon de Oliveira (PDT) e Dr. Wilson Sami (MDB) e deve ir a sansão do prefeito de Campo Grande Marcos Trad (PSD). 

Fala povo 

Algumas pessoas ouvidas pela reportagem do Correio do Estado estão meio receosas se esse projeto irá emplacar mesmo. Esse é o caso do autônomo Claudio Santana Prestes, 42 anos, não está levando fé que os empresários irão aderir a esse projeto. “Pelo que vi os empresários vão investir no postinho e só vão ganhar em troca uma placa ou banner falando que eles arrumaram. Não sei se eles gastariam dinheiro e em contrapartida ganhariam só o nome da empresa”, argumenta. 

Já a bióloga Mariangela Yulli Firmino, 43 anos, espera que a adesão do projeto seja maior que a das praças aqui de Campo Grande.” Próximo da minha casa adotaram uma praça ficou lindo por um mês. Colocaram plantas, fizeram jardinagem e depois esqueceram. Tenho minha duvidas que com as UPAS não acontecerá o mesmo. Esses locais atendem muita gente então é normal estragar será que se estragar eles vão lá arrumar prontamente”, avalia. 

O professor Lucas Riviera da Silva, 32 anos, acredita que esse projeto ajudaria a deixar as UPAs e UBSF habitáveis.” E muito feio as Upas e UBS sempre com parede descascando, vidros e cadeiras quebrados. Se a prefeitura não dá conta de arrumar. Vamos ver se os empresários dão jeito”, explica. 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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