Cidades

'CABO DE GUERRA'

Energisa e Polícia removem 4 mil metros de cabeamento clandestino no centro

Equipes passaram madrugada removendo cabos irregulares de telefonia e internet, de empresas que já tinham sido notificadas pelo uso desautorizado dos postes

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Desde a noite de ontem (26) e durante a madrugada desta quinta-feira (27), acompanhados de agentes da Polícia Civil, equipes de profissionais da concessionária de energia elétrica, Energisa, removeram mais de quatro mil metros de cabeamento clandestino da rede elétrica na região central. 

Segundo informações repassadas pelo Grupo Energisa, a ação foi desempenhada pelas imediações do quadrilátero central de Campo Grande, na Rua Rui Barbosa, entre as 20h de ontem (26) até por volta de 03h10 desta sexta-feira (27).

Ainda, se tratando de fios de telefonia e internet o diretor técnico comercial, Paulo Roberto dos Santos, e o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo, Reginaldo Salomão, apontaram a possibilidade de que muitos moradores da região amanhecessem sem o fornecimento desses serviços específicos. 

Isso porque, antes de realizarem a ação de combate, as devidas empresas cadastradas já haviam sido notificadas num primeiro momento, sendo que, agora, terão cerca de um mês a contar desse 27 de junho "para tomar as providências necessárias", cita nota do Grupo.


Além disso, mobilizando até agentes da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), a ação acompanhada pelo titular da Decon expõe que: 

"Aquelas [empresas] que não estão autorizadas a fazer o uso compartilhado de postes de energia responderão pela ilegalidade junto à Polícia Civil", conclui a nota.

Problema dos cabos

Quem mora em Campo Grande sabe que há tempos o cabeamento da região central acumula cada vez mais problemas, como, por exemplo, que o Centro aparece como ponto da cidade com o maior número de casos de furtos de fio na Capital, como bem acompanhou o Correio do Estado, segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e Guarda Municipal.

Nessa conta entra a questão da poluição visual, sendo que até mesmo a Câmara Municipal de Campo Grande já tentou proposta, com a ideia de migrar o atual modelo de cabos aéreos dos postes para a modalidade subterrânea na Capital, dentro de aproximadamente 25 anos.

Conforme o projeto de lei que chegou a passar na Casa de Leis, a proposta seria dividida basicamente em duas etapas, com a primeira já sendo o emprego do cabeamento subterrâneo nas regiões da cidade que seriam recapeadas nos próximos anos. 

Só num segundo momento, como cita o projeto do Profº André Luís, é que seria feita a programação para substituir toda aquela fiação exposta presente na região central e bairros de Campo Grande.  

Entre os benefícios do cabeamento subterrâneo vale citar: 

  • Proteção — (Enterrados os cabos ficam protegidos das variações climáticas, também contra riscos de danos e incêndios);
     
  • Diminuir quedas de energia — (Protegidos os cabos possuem muito mais disponibilidade no fornecimento de serviços e diminui quedas de eletricidade);
     
  • Maior capacidade de transmissão elétrica — (subterrâneos os cabos podem ter maior diâmetro do que nas instalações aéreas, logo melhor capacidade de transmissão e distribuição mais eficiente);
     
  • Menor custo de manutenção — (Estima-se que cabos elétricos aterrados possuem uma duração média de 25 anos. Nas câmaras transformadoras de manutenção, quando necessário, há espaço para um profissional, que realiza todo o reparo necessário de forma eficiente e segura);  
     
  • Projetos de iluminação — (postes tradicionais podem ser trocados por soluções de iluminação elegantes para cidade e muito mais disponibilidade para o consumidor);  
     
  • Redução de gastos — (Economia na mão de obra, com menos equipes de manutenção de cabos e responsáveis por poda de árvores)

Entretanto, o projeto que previa fiação subterrânea até 2047 na Capital foi vetado pela prefeita Adriane Lopes, cerca de dois meses após receber aprovação dos vereadores na Câmara Municipal. 

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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