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CRIME

Energisa identifica 4,7 mil "gatos" de energia no primeiro semestre em Mato Grosso do Sul

Furtos e fraudes representam prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres públicos em 2023, aponta a concessionária

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A Energisa Mato Grosso do Sul identificou, entre janeiro e junho deste ano, 4,7 mil irregularidades de furto de energia, o equivalente a 14 GWh de energia, que seria suficiente para abastecer aproximadamente 93 mil residências. 

De acordo com a concessionária, os furtos e fraudes de energia, além de crime, colocam em risco todos à sua volta, podendo provocar acidentes fatais; impacto na qualidade do fornecimento de energia elétrica e prejuízos aos demais clientes e para os cofres públicos.

Por se tratar de um sistema de condomínio, os prejuízos causados pelos chamados gatos e furto de energia provocam elevação na tarifa de energia elétrica, ou seja, os valores perdidos são divididos pelos consumidores da concessão. 

Para o coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz Rudis, o furto de energia preocupa, uma vez que os prejuízos também chegam aos cofres públicos, que deixam de arrecadar os tributos sobre a energia furtada.

“Em 2022, os prejuízos causados aos cofres públicos foram de R$ 35 milhões, sendo que somente neste primeiro semestre de 2023 já somam R$ 20 milhões de tributos, que não foram arrecadados e que poderiam ter sido investidos em segurança, saúde e educação para a população”, destaca o coordenador.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, em 2022, foram realizadas 60 mil inspeções pela concessionária de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, destas 10 mil possuíam algum tipo de irregularidade, como "gatos" ou ligações clandestinas.

De acordo com Jonas Ortiz Rudis, já foram realizadas mais de 30 mil inspeções para combater o desvio de energia elétrica só no primeiro semestre do ano.

“A Energisa conta com um sistema de inteligência que identifica possíveis inconsistências nos padrões de consumo de energia elétrica, e através desta inteligência são realizadas as inspeções das unidades consumidoras”, explica o coordenador.

Número ainda maior

Além do furto de energia, constatado em 2023, também foram regularizados 318 clientes clandestinos, ou seja, que estavam ligados na rede de energia de forma irregular. 

A concessionária reforça que esse número é ainda maior, tendo em vista que o principal desafio é identificar onde estão esses “gatos” para atuar e evitar riscos de acidentes e até mortes.

A empresa ainda incentiva que a população denuncie casos de ligações clandestinas de energia, já que existe o perigo de acidentes com choques elétricos, curtos-circuitos e incêndios, sobrecarregam e comprometem a confiabilidade da rede de distribuição de energia.

"Para denunciar o furto de energia, o cliente pode utilizar os canais de atendimento da Energisa. A identidade de quem denuncia é mantida em total anonimato", afirma a concessionária.

A pena prevista para quem furta energia ou frauda o medido elétrico é de um a quatro anos de reclusão. Também são cobrados os valores de consumo retroativos referente ao período fraudado e acrescidos de multa.

Operação

Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil flagrou irregularidades na energia elétrica do Éden Lounge, bar localizado na Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, na Chácara Cachoeira. O flagrante ocorreu durante operação, que percorreu outras empresas da Capital, contra furtos de energia.

O prejuízo foi calculado em mais de R$ 23 mil, considerando a partir de novembro de 2022 até o dia 1º de fevereiro deste ano. No entanto, o bar funciona no local desde março de 2021.

Além do Éden, também foram fiscalizadas e constatadas irregularidades em uma conveniência no Carandá Bosque e na Conveniência Original Beers e Bar do Baiano, no Novos Estados.

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"Gato" e produtos vencidos fazem dona de mercado ser presa pela 2° vez

Em oito dias, ela foi flagrada duas vezes praticando furto de energia e vendendo produtos impróprios vencidos em mercado de Campo Grande

03/10/2024 18h00

'Gato' e produtos vencidos fazem dona de mercado ser presa pela 2° vez

'Gato' e produtos vencidos fazem dona de mercado ser presa pela 2° vez Polícia Civil

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Uma mulher foi presa pela segunda vez em apenas 8 dias. A proprietária do mercado, localizado na Vila Entroncamento, em Campo Grande, além do furto de energia estava vendendo mercadorias com prazo de validade expirado e produtos fracionados, de fabricação própria e sem rótulos.

Foram apreendidas linguiças e carnes temperadas, todas embaladas sem rótulo e sem registro de inspeção pelos órgãos competentes, cigarros de origem estrangeira, oriundos de contrabando também foram encontrados.

A primeira prisão ocorreu no último dia 26 e a segunda, nesta quinta-feira (03) pela Polícia Civil, representada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) e pela Coordenadoria-Geral de Perícias, em conjunto com a Energisa e Procon.

Agora, a dona do supermercado deverá responder por crimes contra a relação de consumo, contrabando e furto de energia elétrica.

Furto de energia 

De acordo com o Delegado de Polícia Titular da DECON, Reginaldo Salomão, e Denise Simões, houve um desvio de energia, popularmente conhecido como “gato de energia elétrica”, este, configura crime de furto previsto respectivamente no artigo 155 §3º e 171 do Código Penal Brasileiro.

Conforme informações, a ação pode causar acidentes fatais em face das ligações clandestinas - que podem provocar incêndios e explosões - sendo a segunda maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica.

As fraudes, mais conhecidas como “gato”, trazem sobrecarga da rede elétrica e podem piorar a qualidade do serviço prestado, deixando o sistema mais suscetível a interrupções e oscilações de energia, além de causar acidentes graves e incêndios.

As investigações prosseguem para a identificação de outros possíveis pontos de irregularidades na cidade de Campo Grande e circunscricionadas para deflagrar as Operações Lumens II e III.

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Polícia Civil e Consulado dos EUA discutem parceria contra o crime organizado

Cônsul-geral do EUA, que está em MS, já supervisionou programas de combate a drogas ilícitas e crime organizado nos Estados Unidos

03/10/2024 17h44

Representes do Consulado dos EUA e da segurança pública de MS se reuniram para debater combate ao crime organizado

Representes do Consulado dos EUA e da segurança pública de MS se reuniram para debater combate ao crime organizado Foto: Divulgação

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O combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul poderá contar com colaboração internacional. O assunto foi debatido entre representantes do governo do Estado e do Consulado dos Estados Unidos da América, nessa terça-feira (2), em Campo Grande.

Foram recebidos pelo Delegado-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupérsio Degerone Lucio, os seguintes representantes do Consulado dos Estados Unidos da América, com sede em São Paulo-SP,  Verônica Iwanaga – Criminal Investigator, e Justin Garofalo – Special Agent Diplomatic Security Service. 

O encontro ocorreu um dia depois da visita do cônsul-geral do EUA em SP, Richard Glenn, ao governador Eduardo Riedel. Na ocasião, foi apresentado ao diplomata americano um panorama sobre o Estado em diversas áreas.

O cônsul-geral Richard Glenn tem experiência em combate ao crime organizado.

Diplomata de carreira dos Estados Unidos por mais de 25 anos, ele já atuou como Secretário Assistente Adjunto no Escritório de Assuntos Internacionais de Narcóticos e Aplicação da Lei (INL, na sigla em inglês), do Departamento de Estado, em Washington, D.C, onde supervisionou programas de combate a drogas ilícitas e crime organizado, e apoiou iniciativas de aplicação da lei e promoção do estado de Direito. 

Ele também foi responsável pelo programa Air Wing, que fornece apoio aéreo para Missões dos EUA no exterior e oferece assistência técnica e operacional a instituições de aplicação da lei de nações parceiras na América Latina.

Mesmo não tendo participado do encontro, outros representantes do consulado conversaram com autoridades da segurança pública de Mato Grosso do Sul sobre a importância da colaboração no combate ao crime organizado, especialmente  devido à localização estratégica do estado na fronteira com Paraguai e Bolívia.

Cooperação

O objetivo da parceria é fortalecer as investigações e promover o compartilhamento de informações imprescindíveis para desmantelar organizações criminosas, proporcionando uma resposta mais eficaz e integrada.

Nos últimos meses foram ofertados pelos Estados Unidos à Polícia Civil Polícia Civil de Mato Grosso do Sul treinamentos que capacitaram agentes em técnicas modernas de investigação e combate ao crime organizado, com foco também ao combate à exploração sexual infanto-juvenil, especialmente sobre a incidência em meio cibernético.

Os treinamentos abordaram tópicos na área de inteligência, para que os policiais desenvolvam habilidades específicas para lidar com a complexidade dos crimes, como o tráfico de drogas e a exploração sexual infantil.

De acordo com a Polícia Civil, com as capacitações e uso de tecnologias em cooperação, a Polícia Civil e seus agentes se tornam mais preparados para o desmantelamento de redes criminosas e proteção às vítimas de violência, elevando, assim, a eficácia das operações policiais.

Além do delegado-geral da Polícia Civil e representantes do consulado, participaram do encontro o Delegado-Geral Adjunto – Márcio Custódio, o diretor do Departamento de Polícia Especializada – delegado Ivan Barreira, a delegada titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente  (DEPCA) – Anne Karine Trevizan Duarte e os investigadores Anderson Antônio Alves Correa e Jeferson Maidana, lotados na Especializada.

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