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Entenda em 5 pontos disputa entre Musk e Moraes e o possível fechamento da empresa no Brasil

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A rede social X, de propriedade de Elon Musk, acusou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de ameaçar prender seus funcionários, anunciando, por isso, o fechamento de seu escritório no Brasil. O comunicado foi feito pela própria rede X, antiga Twitter, neste sábado (17). A empresa afirmou que encerrará suas operações no país devido às ações do ministro, mas que a rede social permanecerá disponível para os usuários brasileiros.

O STF foi procurado pela reportagem no início da tarde deste sábado (17), mas ainda não se manifestou sobre o caso.

Musk iniciou uma ofensiva pública contra Moraes em abril, após a divulgação do "Twitter Files Brazil", que revelou e-mails trocados entre funcionários da rede social entre 2020 e 2022, discutindo decisões da Justiça brasileira no contexto de investigações sobre a disseminação de notícias falsas e ataques ao sistema eleitoral.

Musk passou a criticar Moraes no X, acusando-o de ordenar censura e ameaçando desobedecer decisões judiciais.

Entenda a disputa em 5 pontos:

1) Musk
A controvérsia começou a ganhar força em 6 de abril, quando Musk questionou, em resposta a uma publicação de Moraes, o motivo de "tanta censura no Brasil". A declaração teve grande repercussão entre apoiadores de Bolsonaro, e Musk indicou que poderia desobedecer ordens judiciais brasileiras, pouco depois de o X ter anunciado o bloqueio de "determinadas contas populares no Brasil" em cumprimento a decisões judiciais. Musk afirmou que estava "removendo todas as restrições" e que "princípios são mais importantes que o lucro", sugerindo que poderia fechar o escritório da empresa no Brasil. No dia seguinte, Musk declarou que Moraes deveria renunciar ou enfrentar um processo de impeachment e prometeu divulgar informações sobre como as solicitações do ministro violavam a legislação brasileira.

2) Inquérito
Após as declarações de Musk, Moraes incluiu o empresário como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento. Este inquérito investiga desde a tentativa de golpe após a vitória de Lula (PT) nas eleições de 2022 até casos como a venda de joias recebidas por Jair Bolsonaro (PL) e a falsificação de cartões de vacina. Moraes também determinou que o X deve obedecer todas as ordens judiciais emitidas pelo STF ou pelo TSE, sob pena de multa diária de R$ 100 mil por perfil, além de abrir um novo inquérito para investigar as ações de Musk por possíveis crimes de obstrução à Justiça.

3) Twitter Files
O jornalista e ativista Michael Shellenberger, através do "Twitter Files Brazil", criticou Moraes e o Judiciário brasileiro, publicando supostos e-mails de funcionários do Twitter relatando demandas de autoridades brasileiras, incluindo o TSE. Em 2023, Shellenberger organizou um manifesto em defesa da liberdade de expressão e contra o que classificou como censura global, mencionando o STF como exemplo de "criminalização do discurso político".

4) Reações de direita e esquerda
As primeiras reações de Musk em abril inflamaram a base bolsonarista nas redes sociais. Bolsonaro afirmou que Musk havia assumido a luta pela liberdade no Brasil e se tornado um símbolo dessa causa. Parlamentares como Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis (PL-DF) também manifestaram apoio a Musk. Por outro lado, políticos de esquerda e membros do governo Lula criticaram a postura de Musk e defenderam a regulação das redes sociais. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, declarou que o Brasil "não é a selva da impunidade e nossa soberania não será tutelada pelo poder das plataformas de internet e das big techs". Houve também um movimento entre membros da esquerda para aderir à BlueSky, rede social rival do X, com Lula sendo um dos que se cadastraram na nova plataforma.

5) Fechamento do X no Brasil
Neste sábado (17), o X anunciou que encerrará seu escritório no Brasil, acusando Moraes de ameaçar prender seus funcionários. A rede social, no entanto, permanecerá disponível para os usuários brasileiros. Nesta semana, Moraes decidiu aumentar a multa imposta ao X e sugeriu uma possível responsabilização da plataforma por crime de desobediência. Em 8 de agosto, ele ordenou o bloqueio de sete contas na rede social, incluindo a do senador Marcos do Val (Podemos-ES). O X, porém, não cumpriu a decisão e já acumula mais de R$ 300 mil em multas. Nos bastidores, há preocupação com os impactos a curto prazo da possível configuração de crime de desobediência. O prazo para o X recorrer da decisão de Moraes termina no início da próxima semana.

Com FolhaPress

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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