Cidades

PANTANAL

Entre focos extintos, bombeiros preparam combate ao fogo em meio à seca

Pesquisador da Embrapa Pantanal afirma que, diferente das chuvas de 2023, Mato Grosso do Sul vive em 2024 "um ano de potencial muito grande de queimadas acontecerem"

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Ainda que há tempos o Pantanal sul-mato-grossense lute contra os incêndios florestais, a vegetação consumida atualmente é verde e úmida, sendo que o Estado se prepara daqui em diante para enfrentar o período mais seco, tradicionalmente conhecido como "estiagem". 

Conforme balanço mais recente da Operação Pantanal do Corpo de Bombeiros, ainda que o trabalho seja incessante, uma vez que novos focos surgem a qualquer momento, há pontos em que o fogo já foi de fato extinto, como exemplo do ponto que queimava próximo ao Forte Coimbra. 

Próximo desse ponto surgiu outro foco, que concentrou o deslocamento da equipe nesta terça-feira (11) até o momento da extinção e controle do foco, sendo que a área queimada é de 4.475 hectares.

Onde também houve o rescaldo do incêndio foi no foco que queimava na propriedade Porto Laranjeira, no chamado Paraguai Mirim, onde aproximadamente 6.155 hectares de vegetação foram consumidas pelas chamas dos incêndios florestais. 

Nova etapa de trabalho

Após mais de 70 dias de combate aos incêndios florestais no Pantanal, os focos não param de surgir nos mais diversos pontos desse bioma, como um mais recente ao sul de outro foco que já tinha sido controlado na região do Caimasul. 

Vale lembrar que o Governo do Estado de MS "abraçou" a causa do combate aos incêndios florestais, e consequente apoio ao Corpo de Bombeiros Militar, ainda em 14 de maio, quando bases avançadas começaram a ser instaladas no Pantanal. 

Agora, o Governo de MS sinaliza a preocupação com a queda no volume das chuvas, que deve aumentar o índice de tempo seca e risco de incêndios florestais, com base em evidências levantadas pelo
doutor em Ciências e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pantanal, Carlos Padovani. 

Padovani faz questão de ressaltar que o último ano foi atípico, por justamente ser mais chuvoso e quebrar longos ciclos de estiagens que vinham sendo registrados desde 2018, porém, "esse ano vai ser bem acentuado, extremo de seca". 

"Estamos em um ano de potencial muito grande de queimadas acontecerem. Tivemos 30% menos chuvas na bacia no período chuvoso (de outubro de 2023 a março de 2024). E agora, no período seco, estamos com níveis dos rios muito baixos. O Rio Paraguai não conseguiu chegar a uma cheia, nem perto da média histórica", afirma o pesquisador. 

Dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, até 02 de junho deste ano, se comparado com mesmo período de 2023, com 751 casos a mais Mato Grosso do Sul registra um aumento de 133% dos focos

Análise sobre o período no bioma indica ainda uma "temporada de fogo 29% maior que o recorde de 2020", que em menos de 15 dias de junho daquele ano registrou 26.725 hectares queimados e, neste 2024, já passa de 61 mil hectares destruídos. 

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CAPITAL

'Paiol do crime' serviria como 'locadora' de pistolas armazenadas em Campo Grande

Delegado afirma que todas as pistolas encontradas vieram do exterior, de origem Belga, Turca, Israelense e Filipina

02/04/2025 11h45

As 250 munições de calibre nove milímetros apreendidas também não tem origem nacional, vindas da Argentina. 

As 250 munições de calibre nove milímetros apreendidas também não tem origem nacional, vindas da Argentina.  Correio do Estado

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Durante coletiva na manhã desta quarta-feira (02) na sede da Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros, o titular da GARRAS, Guilherme Scucuglia Cezar, evidenciou que o "paiol do crime" desmantelado ontem possivelmente serviria como "locadora" para as oito pistolas apreendidas na ação. 

Como abordado anteriormente, um total de oito pistolas e 387 quilos de maconha foram apreendidos no "paiol do crime" no Jardim Canguru por equipes do GARRAS e, questionado se os criminosos se organizam em uma espécie de "consórcio" para locação de armas e cometimento de delitos, o delegado não descartou essa possibilidade que inclusive classificou como "corriqueira". 

"É possível que tenha a participação de alguma facção criminosa,  e também que tenha essa atividade criminosa que vem se apresentando corriqueira nas nossas investigações. Tudo isso vai ser objeto de apuração e nós vamos buscar elementos informativos nesse sentido, seja para eventual vínculo com associação, organização criminosa ou outros suspeitos que venham a ter utilizado essas armas de fogo", disse. 

Localizada no extremo sul de Campo Grande, a residência classificada pela Polícia Civil como "paiol do crime" fica no bairro Jardim Canguru, terreno onde a casa da frente servia de moradia para o indivíduo preso e sua mãe e a edícula dos fundos como armazém para os armamentos e substâncias. 

Armamento apreendido

Em detalhe das apreensões, o delegado afirma que todas as pistolas encontradas vieram do exterior, com as seguintes origens: 

  • Belga 
  • Turca
  • Israelense e
  • Filipina

Além disso, as 250 munições de calibre nove milímetros apreendidas também não tem origem nacional, vindas da Argentina. 

Guilherme Scucuglia frisa que essas armas ainda devem passar por perícia, para determinar se (e quais) foram utilizadas em algum outro crime e a suspeita é de que não estavam armazenadas na casa do Jardim Canguru há muito tempo. 

"Criminosos que guardam vultosas quantias de armas, drogas e o que seja extremamente valioso, tem a prática de retirar esses objetos frequentemente de um local para o outro, para que dificulte uma eventual busca e apreensão e assim por diante.

O delegado ressalta que o local no Jardim Canguru não servia como as populares "bocas de fumo", servindo mesmo de armazém para os criminosos investigados, sendo que o morador preso ontem (1º) sequer tinha registro policial anterior ao caso. 

"E isso tem se mostrado cada vez mais comum, principalmente porque uma das vertentes investigativas é justamente buscar aqueles indivíduos que têm algum tipo de passagem criminosa. Nesse caso o que não tinha é que estava de posse desse arsenal de armas ou drogas", complementa. 

Justamente a geolocalização de Mato Grosso do Sul é apontada, pelo delegado, como um dos fatores que possibilitam um acesso facilitado à armas de fogo, se comparado com demais Estados, o que dificulta o trabalho dos agentes policiais. 

"Os criminosos utilizam subterfúgios para que essas armas de fogo, objetos ilícitos, principalmente os de pequeno tamanho como esses, sejam facilmente removidos de um lugar para o outro", cita Scucuglia. 

Diante disso, há um foco e concentração das atividades investigativas, para que as apreensões mirem esses locais em que, eventualmente, os criminosos colocam o armamento e rapidamente retiram para um outro local.


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LIGAÇÃO

Estado prevê R$ 51 milhões para construir anel viário em Bonito

Implantação de rodoanel vai interligar MS-178 (Bonito a Bodoquena) e MS-382 (Guia Lopes da Laguna a Jardim) por fora da cidade, passando próximo ao aeroporto

02/04/2025 11h30

Em março de 2024, Riedel se reuniu com vereadores de Bonito para dialogar sobre o novo anel viário

Em março de 2024, Riedel se reuniu com vereadores de Bonito para dialogar sobre o novo anel viário Foto: Álvaro Rezende

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Em publicação no Diário Oficial desta terça-feira (2), o Estado anunciou o dia para abertura do recebimento de propostas de licitação para construção do anel viário de Bonito, que tem como objetivo tirar os veículos pesados do centro da cidade.

De acordo com o edital, o rodoanel terá uma extensão de 7,613 km e vai interligar a MS-178 (Bonito a Bodoquena) e a MS-382 (Guia Lopes da Laguna a Jardim) por fora da cidade, passando próximo ao Aeroporto Regional. A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) prevê um gasto de R$ 51.285.390,58 com a implantação.

Ao todo, serão feitas “três rotatórias, sendo uma ampliação da existente na saída de Bodoquena, com ângulos para carretas de 7 e 9 eixos, uma de acesso a Rua Monte Castelo, com pista dupla para área urbana, para facilitar o acesso a cidade e a terceira rotatória será na MS-178, na saída para Guia Lopes, de frente para a entrada do Aquário Natural, já direcionando os caminhões para a rodovia”, de acordo com a Prefeitura.

Em março de 2024, Riedel se reuniu com vereadores de Bonito para dialogar sobre o novo anel viário
Projeto do anel viário - Fonte: Prefeitura de Bonito

Em dezembro de 2021, ainda no Governo Azambuja, foi assinado o convênio que determinou a construção de 60 unidades habitacionais para aquelas famílias que precisaram ser realocadas, do qual R$ 4,9 milhões foram investidos, sendo 50% do município e 50% do estado.

No dia 20 de janeiro deste ano, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) expediu a licença prévia autorizando a instalação e começo das atividades da construção. Além do anel viário, sete bairros de Bonito serão asfaltados, sob investimento de R$ 20 milhões, sendo eles: Vila Jaraguá, Marambaia I e II, Portal do Rio Formoso, Jardim das Flores, Cohab e Vila América.

A abertura da licitação acontece no próximo dia 24, às 08h30. Vencerá aquela empresa que apresentar o menor preço e tiver todos os documentos necessários validados pela Agesul.

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