Cidades

OPERAÇÃO OMERTÀ

Envolvimento com milícia já ocasionou afastamento de oito guardas

Secretário diz que processo administrativo pode levar à demissão

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Quatro guardas municipais de Campo Grande, presos no âmbito da Operação Omertà, foram afastados e dois deles tiveram o porte de arma suspenso, além de ter os armamentos recolhidos. “Vamos dar 60 dias para que a corregedoria realize o procedimento administrativo disciplinar visando apurar a extensão da participação desses quatro servidores”, afirmou o titular da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes), Valério Azambuja. Além deles, outros quatro guardas já foram expulsos da corporação por envolvimento com a milícia neste ano.

Segundo o secretário, até o fim de novembro os processo chegarão ao prefeito Marcos Trad (PSD) para que se defina a pena dos guardas, podendo ir de suspensão à exoneração. Alcinei Arantes da Silva teve a prisão preventida decretada e Eronaldo Vieira da Silva, Igor Cunha de Souza e Rafael Carmo Peixoto Ribeiro vão cumprir cinco dias de prisão temporária. Os mandados foram cumpridos na última sexta-feira (27.09) pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgão de investigação ligado ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), e pela Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras).

“Não vamos admitir e vamos tomar todas as medidas legais para que sejam responsabilizados. E o que depender do município, serão tomadas as devidas providências”, garantiu Azambuja. Todos os servidores não tinham qualquer tipo de reprimenda na ficha funcional. “A legislação municipal não prevê a dedicação exclusiva, como é na Polícia Federal, na Polícia Militar e na Polícia Civil. O estatuto permite que o guarda faça o que quiser dentro de sua folga”, explicou o secretário. A única proibição é quanto a manter emprego formal com registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

OPERAÇÃO

A operação Omertà foi deflagrada em 27 de setembro, pelo Gaeco e pelo Garras, e prendeu os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, além de outras 17 pessoas, entre funcionários da família, policiais civis e guardas municipais. Só não foram presos na ação policial o ex-guarda municipal guarda municipal José Moreira Freires e o auxiliar Juanil Miranda Lima – apontados como os executores dos assassinatos investigados pela força-tarefa e foragidos desde abril, quando as investigações começaram a avançar –, além do advogado Alexandre Fransolozo, cujo mandado de prisão temporária (suspenso pelo Tribunal de Justiça) nem chegou a ser cumprido.

Os três policiais civis da ativa foram afastados em 2 de outubro, tendo a sarma recolhida, bem como a carteira funcional e demais pertences do patrimônio público destinado aos policiais, além da suspensão de senhas e login de acesso aos bancos de dados da instituição policial, suspensão de férias e de avaliação para fins de promoção.

Os assassinatos de pelo menos três pessoas estão relacionados com o grupo de extermínio sob investigação: do policial militar reformado Ilson Martins Figueiredo, ocorrido em 11 de junho do ano passado; do ex-segurança Orlando da Silva Fernandes, em 26 de outubro de 2018; e do estudante de Direito Matheus Xavier, em abril deste ano.

Para dar o nome à operação, os policiais utilizaram um termo do dialeto napolitano, do idioma italiano. Omertá, conforme o Gaeco, é um termo que se fundamenta em um forte sentido de família e em um silêncio que impede a cooperação com autoridades policiais ou judiciárias. Trata-se de um código de honra muito usado nas máfias do sul da Itália.

Veja

Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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