Cidades

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Enxurrada causa estragos na Capital

Enxurrada causa estragos na Capital

Redação

26/02/2010 - 00h24
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A forte chuva que atingiu Campo Grande, no início da tarde de ontem, durante uma hora e 20 minutos, inundou imóveis, danificou ruas e estruturas públicas. De acordo com o setor de meteorologia da Base Aérea de Campo Grande, foram 25 milímetros de precipitação. Desde o início de fevereiro até ontem, o volume de precipitações acumuladas chegou a 220,4 milímetros, 22% acima da média prevista para fevereiro, segundo o meteorologista Natálio Abraão Filho, da Estação Meteorológica da Uniderp/Anhanguera. As rajadas de vento atingiram 47 km/h. A coordenadoria municipal de Defesa Civil registrou pelo menos dez pontos de alagamento na cidade, além de duas casas invadidas pela enxurrada. Em 20 minutos, a central de operações do Corpo de Bombeiros recebeu sete chamados de ocorrências relacionadas à chuva, incluindo alagamento de casas e ruas, além de veículos que foram arrastados pela força da água. Na Rua Chaadi Scaff, próximo a Rua Joaquim Murtinho, a enxurrada arrancou parte do asfalto que foi parar do lado contrário e interditou uma das vias. Na região central, as pessoas tentavam esconder-se das rajadas de vento e abrigavam-se em locais cobertos. Já nos bairros Monte Castelo e Coophatrabalho, casas foram invadidas pela água e um veículo foi arrastado. O operador de produção, Má rcio A k i ra Fug imoto, 33 anos, entrou em pânico quando estava indo para o trabalho e ao passar pela Rua Júlia Maksoud, no Bairro Monte Castelo, o carro que dirigia teve pane elétrica e foi arrastado pela enxurrada. “Na hora o carro começou a rodar e no desespero saí pela janela para tentar segurar o veículo. Veja só como a gente não pensa num momento de desespero, o certo era eu sair de perto para não ser arrastado também”, contou. Já o comerciante Mauri Fernandes Rodrigues Junior, que reside na Rua Júlia Maksoud, recebeu telefonema da esposa assim que chegou ao trabalho. A casa onde ele mora há menos de um ano foi inundada pela água da chuva. “Corri para cá porque minha esposa acabou de ter neném e estava sozinha com a criança. Imagine meu desespero. O pior é que essa é a segunda vez que isso acontece em menos de um mês”, relatou. Em frente ao imóvel de Mauri, um carro foi arrastado. No local, a água da chuva acaba se acumulando porque a boca de lobo está sempre entupida. “E agora? Casei recentemente, compramos essa casa e temos que viver com esse transtorno toda vez que chove. Cadê as autoridades que deveriam resolver o problema de falta de escoamento da água na cidade”, lamentou Mauri. No Bairro Coophatrabalho, os moradores da Rua Tiruana tiveram que sair na chuva para abrir as bocas de lobo na tentativa de aumentar o escoamento da água que fica acumulada no local. “Vivo isso aqui há 15 anos e até hoje ninguém fez nada por nós”, desabafou Ricardo Franco, que mora na Rua Tiruana e teve sua casa invadida pela água da chuva. Na Rua José Antônio, quase esquina com a Avenida Fernando Corrêa da Costa, logo após a chuva, moradores e comerciantes retiravam a água que ficou acumulada nos imóveis. Segundo eles, sempre que chove ocorre o alagamento. Trânsito Pelo menos dez funcionários da Agência Estadual de Trânsito (Agetran) foram até a Rua Chaadi Scaff para quebrar a placa de asfalto que se deslocou e removê-la. O tráfego ficou lento e foi necessária a intervenção dos fiscais de trânsito para evitar a ocorrência de acidentes. O diretor presidente da Agetran, Rudel Espíndola Trindade Junior, esteve no local e disse que, se a chuva der trégua, hoje ao meio-dia a situação será normalizada. “Faremos uma ação emergencial de tapa-buraco onde saiu a placa de asfalto e o tráfego poderá fluir normalmente”, explicou. Na Rua 14 de Julho, quase esquina com a Rua Jornalista Belizário de Lima, o corte no asfalto, feito pela empresa de água e esgoto há semanas e que ainda não havia sido coberto por lama asfáltica, aumentou com a chuva. O local teve de ser fechado, sendo que apenas uma pista ficou liberada para o tráfego de veículos. Previsão O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que a chuva deve continuar, pelo menos, até domingo. O instituto alerta para o tempo nublado, pancadas de chuva e trovoadas. Segundo Natálio Abraão Filho, o temporal de ontem deve se repetir no final de semana, porém, na semana que vem sol e calor devem voltar a prevalecer.

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Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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