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ESPECIAL - Etanol brasileiro tem trajetória de sucesso

ESPECIAL - Etanol brasileiro tem trajetória de sucesso

Redação

28/07/2010 - 18h00
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O Brasil é o maior produtor de etanol de cana-de-açúcar do mundo. Na safra atual, deverá gerar 28,5 bilhões de litros do combustível, recorde que representa 150% mais que o registrado há uma década. Com a criação do programa Pró-Álcool, em 1973, foram estabelecidas políticas de industrialização e comercialização do etanol para combustível, marcando o início da era dos veículos movidos a etanol no mercado automobilístico brasileiro. Foi um período decisivo para a produção e demanda em larga escala do combustível limpo e renovável, em substituição aos fósseis.

A excelência brasileira na produção de etanol motivou, ainda, o desenvolvimento de novas tecnologias com o uso do combustível. Atualmente, dez montadoras multinacionais produzem quase 100 modelos diferentes de carros flex (movidos a gasolina ou etanol) no Brasil. "O etanol brasileiro é de alta qualidade, aumenta a potência do motor em mais de 10%, sem apresentar risco", explica o coordenador-geral de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cid Caldas. Ele informa que o consumo de etanol já superou o de gasolina em veículos leves no Brasil. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 86% dos veículos leves vendidos no Brasil hoje têm motor flex fuel.

Sustentabilidade - Um dos grandes desafios atuais é a questão climática, que tem algumas de suas origens ligadas ao setor energético. Especialistas do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) afirmam que o alto percentual dos Gases Efeito Estufa (GEE) vem, em grande parte, do uso de combustíveis fósseis. É o caso de aproximadamente 85% da energia mundial. Pouco mais de 15% do mix global de energia é renovável.

Para incentivar a produção de cana-de-açúcar e garantir a proteção do meio ambiente, o governo instituiu, em setembro de 2009, o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAECana) que indica as áreas aptas para a expansão da cultura e restringe áreas de preservação ambiental, também torna a produção de etanol ainda mais eficiente, melhorando o comprovado benefício ambiental do biocombustível produzido a partir da cana-de-açúcar. Segundo Cid Caldas, o etanol de cana reduz em até 90% a emissão de GEE, quando comparado à gasolina. Cálculos do Ministério das Minas e Energia apontam que a utilização de etanol nos últimos 30 anos no Brasil evitou a emissão de 850 milhões de toneladas de CO2.

A primeira etapa da produção do etanol consiste na lavagem e moagem da cana, com esmagamento por rolos trituradores. Após essa fase, 70% torna-se caldo e 30% bagaço, aproveitado como energia em indústrias e rede pública. O caldo é levado para grandes tanques, misturado com um fermento específico e destilado, resultando no etanol hidratado, líquido com 96% de álcool, comercializado em postos de combustíveis. Parte do produto passa por um processo de desidratação, formando o etanol anidro (mais de 99,5% de álcool), que é misturado à gasolina como aditivo de 25%. Os dois tipos de etanol são armazenados até a distribuição para venda.

Segundo o coordenador do Mapa, as perspectivas para o etanol se tornar uma commodity são animadoras e o governo tem se esforçado para isso. "Considerando o cenário de aumento da demanda energética e a ampliação das restrições ambientais, diversos países demonstram interesse em produzir e consumir etanol", diz Caldas. Além disso, o avanço tecnológico para incremento da produtividade deve ampliar o número de matérias-primas para o etanol, o que significa dizer que, quando for possível extrair o biocombustível de novas fontes de biomassa, outros países poderão tornar-se produtores.

"Nesse sentido, com a ampliação dos países que produzem e consomem o etanol, não há dúvidas de que se tornará uma commodity. Governo e iniciativa têm seu papel na disseminação da exitosa experiência do Brasil neste tema", complementa. São exemplos os acordos de cooperação já firmados com outros países, além do intercâmbio entre órgãos de governo e empresas privadas.

Etanol - Em todo o mundo, o álcool combustível é conhecido como etanol. Há pouco tempo, o Brasil não empregava essa nomenclatura. Em abril do ano passado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou, por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU), a utilização do termo "etanol" pelos postos revendedores de combustíveis em todo o País. Hoje, o consumidor brasileiro já encontra o nome etanol em quase todas as bombas.

Grande parte dos postos de venda de combustível já aderiu à medida. "O objetivo é padronizar a nomenclatura brasileira à utilizada internacionalmente para designar os biocombustíveis. Isso facilitará a promoção do biocombustível no exterior", observa o coordenador de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Job. Ele acrescenta que a substituição tem outro aspecto importante, que é desvincular a imagem do combustível ao álcool bebida.

 

Origem - O etanol é uma substância orgânica obtida pela fermentação de açúcares, como a sacarose do caldo da cana-de-açúcar, por meio de processos sintéticos. O etanol é um líquido incolor, volátil, inflamável, solúvel em água, com cheiro e sabor característicos, que pode ser produzido por meio de outras fontes de biomassa, como o sorgo, trigo, madeira, além da cana-de-açúcar.

O etanol combustível, produzido a partir de cana-de-açúcar, ganhou visibilidade por ser uma energia limpa, sustentável e capaz de substituir a gasolina. O Brasil é o único país que possui uma ampla frota de veículos bicombustíveis, demandando distribuição de etanol em larga escala. Mas até chegar aos veículos, o produto percorre um longo caminho. Tudo começa nas usinas, sendo transportado por ferrovias, rodovias, hidrovias ou polidutos para os postos de revenda de combustíveis, que levam o produto até o consumidor final. (Sophia Gebrim)

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Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

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