Cidades

DISTRITO FEDERAL

Esposa de Mandetta se inscreve em programa para atender pacientes com Covid-19

Médica deixou de atender em hospital do DF e quer estar na linha de frente contra o novo coronavírus

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Terezinha Alves Mandetta, esposa do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), se inscreveu no programa “O Brasil Conta Comigo - Profissionais da Saúde”, que capacita médicos para atender pacientes confirmados e/ou com suspeita de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo a revista Época, a clínica geral atende hoje no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - unidade de referência para o novo coronavírus no Distrito Federal - após ser cedida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul.

Definida por si mesma e por colegas como uma “defensora do SUS [Sistema Único de Saúde]”, Terezinha tem experiência no atendimento de pacientes diabéticos e integra a equipe de triagem para a cirurgia metabólica, destinada a portadores de diabete tipo 2 do HRAN. Os diabéticos estão no grupo de risco da Covid-19.

Com a pandemia, todas as cirurgias metabólicas previstas foram canceladas e a rotina profissional de Terezinha mudou. À distância, a médica e os colegas orientam os pacientes sobre como se prevenir do novo coronavírus e controlar seus índices de diabetes. A orientação é para que não compareçam ao ambulatório do HRAN enquanto a situação perdurar. Enquanto isso, a equipe multidisciplinar busca um local para retirar o ambulatório de atendimento aos diabéticos do hospital.  

“Sempre estive na linha de frente, na atuação na ponta. Já trabalhei em posto de saúde, fui diretora de hospital e sempre passei para ele o que sente o médico que está na ponta, no serviço diário, o que sente o diretor clínico e o técnico de enfermagem. Ainda que o Ministério da Saúde tenha uma equipe maravilhosa, que faz essa orientação com maestria, sempre que posso falo algumas coisas para o Henrique”, diz Terezinha, citando o marido. A médica defende ainda a atuação do ministro. “Ele é bastante técnico e segue as regras da Organização Mundial de Saúde [OMS], tudo [que ele decide] tem que passar antes pela equipe técnica do ministério”, destacou.

DISTÂNCIA

Discreta, Terezinha sempre ficou fora dos holofotes da política. Mandetta começou a carreira política como secretário municipal de Saúde Pública de Campo Grande, em 2005. No cargo, Mandetta enfrentou um desafio parecido com o atual: a pandemia de gripe A, em 2009. Além dessa pandemia, o então secretário também lidou com duas das maiores epidemias de dengue nas últimas duas décadas: em 2007 e 2010. Nesse ano, ele deixou o cargo para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Na primeira campanha, o hoje ministro destaca que a esposa foi peça-chave para sua eleição, mesmo estando nos bastidores. “Nas eleições 2010, eram seus pacientes os que mais me abordavam e diziam ‘voto no senhor por causa da Dra Terezinha’. A Terezinha do HU [Hospital Universitário Rosa Pedrossian], do Nova Bahia, do São Julião, do CEM [Centro de Especialidades Médicas]. A Dra. Terezinha dos diabéticos. Dos mais necessitados”, escreveu Mandetta em 2018.

No mundo político, ex-colegas de Mandetta na Câmara comentam que a “reservada” Terezinha mantém certa distância da vida pública do marido, não se envolvendo em questões relacionadas à política. Em dias atribulados com o marido à frente da maior emergência sanitária do país neste século, tem acompanhado o ritmo de trabalho do companheiro.

Uma colega de trabalho de Terezinha conta que a rotina do casal é frenética desde que a pandemia começou a se alastrar pelo Brasil. “Ela comentou que não quer ninguém da família em Brasília, que está todo mundo isolado. Outro dia reclamou que estava cansada, porque cinco da manhã já estava trabalhando, já que o marido tem chegado à uma da manhã e às cinco já está de pé. Antes de a crise chegar a esse ponto, ela já estava preocupada com o que estava por vir”, disse.

A médica segue atendendo como pode e demonstra preocupação com a situação. “O que vai acontecer é uma grande incógnita, só o tempo que vai dizer [as proporções que a pandemia pode atingir], todo mundo gostaria de ter essa bola de cristal”, finaliza.

SEM LOCOMOÇÃO

Motoristas ignoram decisão judicial e deixam Campo Grande sem ônibus

Capital amanheceu sem transporte coletivo e com terminais fechados pela 2ª vez no ano

15/12/2025 07h28

Terminal Morenão sem

Terminal Morenão sem "uma alma viva" na manhã desta segunda-feira (15) ARQUIVO PESSOAL

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Campo Grande amanheceu sem ônibus nesta segunda-feira (15). Esta é a segunda vez no ano em que o transporte coletivo para na Capital.

Os terminais Morenão, Julio de Castilho, Bandeirantes, Nova Bahia, Moreninhas, Aero Rancho, Guaicurus, General Osório e Hércules Maymone amanheceram fechados sem nenhuma "alma viva". Em contrapartida, as garagens amanheceram lotadas de ônibus estacionados. 

O transporte coletivo está em greve por tempo indeterminado e deixou usuários “na mão” em pleno início de semana. A greve foi alertada antecipadamente e não pegou passageiros de surpresa.

As pessoas que dependem do transporte coletivo tiveram que recorrer a caronas, transporte por aplicativo, táxi ou bicicleta para chegar ao trabalho na manhã desta segunda-feira (15).

A greve ocorre por falta de pagamento: os motoristas do Consórcio Guaicurus estão sem salário há 10 dias. Com isso, reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

DECISÃO JUDICIAL

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, sob multa diária de R$ 20 mil.

A decisão foi desrespeitada, pois 100% dos motoristas estão em casa e declararam greve nesta segunda-feira (15).

Desembargador Federal do Trabalho, César Palumbo, intimou o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano para que cumpra com urgência a decisão judicial em questão.

Audiência de conciliação, entre TRT e sindicato, será realizada nesta terça-feira (16), às 15h45min, na sede no tribunal.

Veja a decisão judicial na íntegra:

Terminal Morenão sem "uma alma viva" na manhã desta segunda-feira (15)

PARALISAÇÃO

Não é a primeira vez que Campo Grande fica sem ônibus. Em 22 de outubro de 2025, quarta-feira, Campo Grande amanheceu sem ônibus, com terminais fechados e pontos vazios.

Os motoristas do transporte coletivo paralisaram atividades por duas horas, das 4h30min às 6h30min, o que refletiu em atrasos o dia todo.

O fato pegou usuários de surpresa, que acordaram para ir trabalhar e não tinham meio de locomoção.

Em 25 de novembro de 2025, terça-feira, o vale atrasou de novo e os motoristas cogitaram nova paralisação. Mas, o pagamento foi efetuado e não houve greve.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o atraso o ocorreu pela falta de pagamento de R$ 9 milhões, sendo R$ 6 milhões do Governo de MS e R$ 3 milhões da Prefeitura de Campo Grande, ao Consórcio Guiacurus.

O Governo do Estado estava com o dinheiro disponível em caixa, mas não conseguiu repassá-lo à prefeitura porque a administração municipal deixou de emitir uma certidão, que é exigida para que o convênio seja cumprido. 

Em nota enviada à imprensa em 22 de outubro de 2025, a Prefeitura afirmou que está em dia com o pagamento ao Consórcio Guaicurus. 

"A Prefeitura de Campo Grande informa que está rigorosamente em dia com todas as suas obrigações de pagamento junto ao Consórcio Guaicurus. É importante destacar que o financiamento do transporte coletivo urbano envolve também outros entes públicos e a própria sociedade, por meio da tarifa paga pelos usuários. No que compete ao Município, todos os compromissos estão sendo cumpridos. A administração mantém diálogo constante com o Consórcio para buscar as melhores soluções e assegurar a continuidade e a qualidade do serviço, evitando prejuízos à população".

CIDADES

Segunda parcela do 13º salário deve ser paga até a próxima sexta-feira

Salário extra injetará R$ 369,4 bilhões na economia, segundo o Dieese

14/12/2025 23h00

Essa data vale apenas para os trabalhadores na ativa

Essa data vale apenas para os trabalhadores na ativa Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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A segunda parcela do décimo terceiro salário deve ser depositada a 95,3 milhões de brasileiros até a próxima sexta-feira (19). A primeira foi paga até 28 de novembro, conforme a legislação.

Um dos principais benefícios trabalhistas do país, o salário extra injetará R$ 369,4 bilhões na economia neste ano, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em média, cada trabalhador com carteira assinada deverá receber R$ 3.512, somadas as duas parcelas.

Essas datas valem apenas para os trabalhadores na ativa. Como nos últimos anos, o décimo terceiro dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi antecipado. A primeira parcela foi paga entre 24 de abril e 8 de maio e a segunda, entre 26 de maio e 6 de junho.

Quem tem direito

Segundo a Lei 4.090/1962, que criou a gratificação natalina, têm direito ao décimo terceiro aposentados, pensionistas e quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 15 dias. Com isso, o mês em que o empregado tiver trabalhado 15 dias ou mais será contado como mês inteiro, com pagamento integral da gratificação correspondente àquele mês.

Trabalhadores em licença-maternidade e afastados por doença ou por acidente também recebem o benefício. No caso de demissão sem justa causa, o décimo terceiro deve ser calculado proporcionalmente ao período trabalhado e pago junto com a rescisão. No entanto, o trabalhador perde o benefício se for dispensado com justa causa.

Cálculo proporcional

O décimo terceiro salário só será pago integralmente a quem trabalha há pelo menos um ano na mesma empresa.

Quem trabalhou menos tempo receberá proporcionalmente. A cada mês em que trabalha pelo menos 15 dias, o empregado tem direito a um doze avos (1/12) do salário total de dezembro. Dessa forma, o cálculo do décimo terceiro considera como um mês inteiro o prazo de 15 dias trabalhados.

A regra que beneficia o trabalhador o prejudica no caso de excesso de faltas sem justificativa. O mês inteiro será descontado do décimo terceiro se o empregado deixar de trabalhar mais de 15 dias no mês e não justificar a ausência.

Tributação

O trabalhador deve estar atento quanto à tributação do décimo terceiro. Sobre o décimo terceiro, incide tributação de Imposto de Renda, INSS e, no caso do patrão, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, os tributos só são cobrados no pagamento da segunda parcela.

A primeira metade do salário é paga integralmente, sem descontos. A tributação do décimo terceiro é informada num campo especial na declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física.

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