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Estudo aponta que quase 3 em 10 brasileiros são analfabetos funcionais

A pesquisa do Inaf divulgada hoje (5) mostra que 29% da população do país não entende textos nem sabe resolver problemas matemáticos básicos.

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Uma pesquisa divulgada pelo Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional) nesta segunda-feira (5) indicou que 29% da população brasileira é analfabeta funcional.

Este percentual é idêntico ao percentual do ano de 2018, o que demonstra uma estagnação no processo de ensino e letramento e volta os olhares de atenção para a grande necessidade de políticas públicas voltadas à educação. 

O estudo foi coordenado pela Ação Educativa e pela consultoria Conhecimento Social e apoiado pela Fundação Itaú, Fundação Roberto Marinho, Instituto Unibanco, Unesco e Unicef. A edição da pesquisa avaliou 2.554 pessoas em todas as regiões do país em um período de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 e trouxe, pela primeira vez, dados sobre alfabetismo no contexto digital. 

São classificados como analfabetos funcionais aqueles que são capazes de ler palavras isoladas ou frases simples, mas não conseguem interpretar um texto, gráficos ou realizar operações matemáticas básicas. 

Segundo a pesquisa, somam-se 36% no chamado grupo de nível elementar, que são os indivíduos que entendem textos curtos e operações matemáticas básicas. Além destes, 35% apresentam níveis chamados consolidados e, apenas 10% da população brasileira ocupa o patamar mais alto, o proficiente. 

Um dado preocupante é o aumento da porcentagem na classificação de analfabetos funcionais e rudimentares entre os jovens de 15 a 29 anos. Em 2018, data da última pesquisa, a porcentagem era de 14%. Em 2025, o número subiu para 16%. 

Um fator contribuinte para o retrocesso, segundo especialistas, pode ter sido o impacto da pandemia que afetou não somente a educação formal - por causa do fechamento das escolas e o ensino remoto - mas também a aprendizagem informal - em ambientes de convívio social. 

Além disso, os dados da pesquisa mostram, também, que apenas 61% dos jovens chegam à universidade com um nível aceitável de alfabetismo, um índice bem menor que o de 2018, que era de 71%.

Não limitando-se somente às salas de aula, a pesquisa também mostra que entre os adultos de 50 a 64 anos de idade, mais da metade da população (51%) desta faixa etária se encaixa no analfabetismo funcional. 

Analfabetismo em Mato Grosso do Sul 

Segundo a última pesquisa do IBGE, o Censo 2022, divulgada em fevereiro, a taxa de analfabetismo em Mato Grosso do Sul caiu quase pela metade, chegando a 5,39%. Isso coloca o Estado na 7ª posição em taxas de alfabetização do País, com uma porcentagem de 94,71% dos cidadãos alfabetizados. 

Isso quer dizer que, atualmente, 115.864 sul-mato-grossenses com mais de 15 anos não sabem ler e escrever, uma redução em relação aos 139 mil analfabetos no Censo anterior, há 12 anos. 

Os maiores índices de analfabetismo no Estado se encontram nas cidades de Tacutu (15%), Coronel Sapucaia (15,04%) e Japorã (15,03%). Em contrapartida, os menores res indices foram registrados na capital Campo Grande (2,91%), Chapadão do Sul (3,48%), Três Lagoas (3,83%) e Dourados (4,03%). 

Segundo o IBGE, à medida que a idade avança, os índices de analfabetos também crescem. Na população do Estado com 55 anos ou mais, o número ultrapassa 76 mil pessoas declaradas não alfabetizadas. Entre os idosos com 75 anos ou mais, o número chega a 24.819. 

Por outro lado, entre os jovens de 15 a 19 anos, apenas 2.050 declararam não saber ler nem escrever e, entre os de idade de 20 a 24 anos, 2.268 indivíduos declararam o mesmo.  
 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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