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Cotidiano

Estudo revela que amigos com predisposição ao abuso na infância aumentam o risco de uso de drogas

Pesquisadores avaliaram impacto genético e social na incidência de transtornos mentais de colegas da adolescência, embora relação não seja causal.

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 Um novo estudo explica parcialmente porque algumas companhias na adolescência podem influenciar a propensão de desenvolver depressão, ansiedade e transtornos mentais por uso de drogas na idade adulta.

A análise populacional buscou entender as razões para por que algumas escolhas de amizade são associadas a comportamentos na vida das pessoas no futuro. Isso é o que a ciência chama de genética social dos pares, que avalia a influência da composição genética de uma pessoa (genótipo) sobre características e aspectos comportamentais de outra (fenótipo).

A pesquisa, feita com dados de 655.327 pessoas de 17 a 30 anos na Suécia, se propôs analisar em que medida o contato com um amigo na adolescência cuja genética o tornava mais suscetível à ansiedade, depressão e transtornos por uso de álcool e drogas poderia levar outro (com ou sem a mesma predisposição genética) a desenvolver essas mesmas condições mentais na idade adulta.

O estudo, publicado na última quarta (7) na revista científica Psychiatry Online, foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos.

Os dados foram cruzados e analisados a partir do método de Cox, que estima o efeito de variáveis independentes (predisposição genética e interferências sociais ao longo da adolescência, por exemplo) sobre um evento específico, como o desenvolvimento de transtornos mentais na fase adulta. Os autores viram que a influência examinada não apenas aparece, como é maior entre pessoas com predisposição genética aos mesmos transtornos.

Apesar de a pesquisa identificar correlações entre os genes de amigos e a maior incidência de transtornos mentais, esta relação não é causal, isto é, não foi possível comprovar que uma coisa cause a outra, explica Jessica Salvatore, diretora do Programa Genes, Ambientes e Neurodesenvolvimento em Dependências (Gena, na sigla em inglês) e professora do departamento de Psiquiatria da Universidade de Rutgers e primeira autora do estudo.

Segundo ela, estudos similares sugerem que a interação genética e social entre pares pode interferir na propensão ao uso de drogas por influência do cônjuge e ao tabagismo por influência de amigos na adolescência. "Mas muita coisa precisa ser aprofundada para elucidar quais processos interpessoais explicam os efeitos genéticos sociais", diz.

Um ponto importante do estudo é que ele levou em conta informações sobre a condição socioeconômica das famílias dos participantes, como renda, educação (já que estes influenciam diretamente o consumo de substâncias), e se os pais recebiam auxílio do governo. Também foi avaliado o tipo de escola secundária frequentada (profissionalizante ou preparatória para a universidade). No entanto, esses fatores sociodemográficos não tiveram grande impacto na relação analisada, dizem os autores.

Especialistas lembram ainda que transtornos mentais são multifatoriais e, diferentemente de doenças físicas, como gripe e diabetes, não possuem aspectos fisiológicos que atestem sua presença ou estado (marcadores biológicos). Nesse sentido, o caráter social se torna especialmente relevante para compreender o assunto.

Mas a genética também é importante, diz o médico Marcelo Heyde, professor de psiquiatria da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). Desde os anos 2000, a ciência vem mapeando associações entre grupos de genes e a presença de condições físicas ou mentais por meio dos estudos de associação genômica ampla (GWAS, na sigla em inglês).

Os milhares de mapeamentos publicados até agora já identificaram variações genéticas presentes em indivíduos com vários transtornos, como esquizofrenia, ansiedade e depressão, mesmo que não se conheça nenhuma causa biológica associada a eles.
Outro avanço importante em curso é a epigenética, que avalia como o ambiente e o meio social podem ativar ou inativar um conjunto de genes, diz o professor. Entender essas relações é importante para aprimorar ações preventivas e terapêuticas a longo prazo.

 

*Informações da Folhapress 
 

16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas de 29 de novembro, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus.

O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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