Cidades

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EUA dão chance a imigrantes ilegais

EUA dão chance a imigrantes ilegais

r7

15/08/2012 - 13h15
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Eles já se autodenominam "sonhadores" e, a partir desta quarta-feira (15), podem ficar ainda mais perto do seu "sonho americano".

Centenas de milhares de jovens imigrantes indocumentados que chegaram aos Estados Unidos antes dos 16 anos de idade, agora, podem começar a requerer ao governo americano que não sejam deportados, segundo regras que foram anunciadas em junho pelo Departamento Segurança Interna.

As regras preveem que os imigrantes que forem aprovados receberão vistos de trabalho válidos por dois anos, renováveis (sem, no entanto, receber a cidadania americana). Os candidatos precisam cumprir critérios como ter estudado ou prestado serviço militar nos EUA, não ter se envolvido em crimes e ter até 30 anos de idade quando a lei foi anunciada, no dia 15 de junho.

Um cálculo do centro de estudos Pew Research estima que 1,2 milhão de jovens já se enquadram neste perfil e que outros 500 mil em idade escolar podem se adequar às regras se se matricularem.

Do total de 1,7 milhão de imigrantes que poderiam se beneficiar do projeto, 85% são hispânicos, calcula o Pew.

Para delinear as novas regras, a equipe de Barack Obama teve de pesar a reputação do presidente junto aos latinos — que são 77% dos mais de 11 milhões de imigrantes ilegais nos EUA — no contexto de um ano eleitoral e um clima anti-imigração, exacerbado pela polarização política e a crise econômica.

Alegria e preocupação

As medidas entram em vigor nesta quarta-feira (15) com um misto de alegria, expectativa e reticência por parte das mesmas pessoas que devem se beneficiar delas.

"É uma vitória, mas ainda temos muito o que fazer", diz o brasileiro Felipe Matos, de 26 anos, que vive indocumentado nos EUA desde os 14 anos.

"Não é que o presidente Barack Obama acordou e disse, 'Uau, precisamos resolver o problema dessas pessoas'. É fruto de uma longa luta para que ele parasse com as deportações".

No ano passado, o governo Obama bateu um recorde ao deportar 400 mil imigrantes ilegais.

O diretor da ONG Casa de Maryland, de tendência pró-imigração, indica que esse pensamento está na cabeça de muitos estudantes que ainda têm um certo "receio" de se candidatar aos papéis.

"Você está correndo um risco. Está dando todas as suas informações para uma agência que pode eventualmente usar essas mesmas informações para te deportar", disse.

Oportunidade

Entretanto, especialistas têm incentivado os jovens a se candidatarem ao alívio à deportação, pela oportunidade única que o projeto representa, em meio ao debate que vigora nos EUA em torno da imigração ilegal.

Especialistas concordam que as medidas que começam a valer nesta quarta-feira são o limite até onde o governo pode avançar sem a aprovação de uma reforma migratória ampla pelo Congresso.

Mas a reforma migratória, contida no Dream Act — um acrônimo para a lei de Desenvolvimento, Alívio e Educação para Menores Estrangeiros, que em inglês forma a palavra "sonho" — está parada há uma década no Legislativo por causa da oposição anti-imigração.

O Dream Act criaria um caminho de naturalização para jovens que cumprirem os mesmos critérios estabelecidos pela nova regra do Departamento de Segurança Interna. A legislação quase chegou a ser aprovada em 2010 e voltou a ser reintroduzida neste ano.

Muitos ativistas a favor da imigração nos EUA creem que é uma questão de tempo para que a lei finalmente seja aprovada e o país reveja o destino de cerca de 4,4 milhões de imigrantes indocumentados abaixo dos 30 anos.

Mas, para a brasileira Tereza Lee, que esteve 20 anos na pele de um imigrante indocumentado, "para os sonhadores não se trata simplesmente de uma questão de tempo".

"Eles precisam [dos papéis] hoje, agora. Amanhã eles vão acordar indocumentados, sem saber como vão fazer para ganhar a vida e contribuir com o país".

Oportunidade

IFMS irá ofertar curso para formação de agentes culturais

Com início previsto para 2025, o Instituto pretende formar 200 profissionais em dois anos, em parceria com o Comitê de Cultura de Mato Grosso do Sul

25/10/2024 18h20

Reprodução/ IFMS/ Alexandre Oliveira

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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) firmou um acordo de coordenação técnica com o Comitê de Cultura de Mato Grosso do Sul para a oferta de um curso de formação continuada de agentes culturais.

Com previsão de início em 2025, serão formados 200 agentes culturais em um período de dois anos.

Formato

O curso terá modalidades presencial e a distância, e durante a formação serão realizadas oficinas e seminários.

A parceria ocorreu por meio da Associação Flor e Espinho. O objetivo é promover a formação de profissionais com perfil voltado para o estímulo à economia criativa e a propagação de políticas culturais do Estado.

O intuito do curso é fortalecer a diversidade cultural, com foco em abranger manifestações culturais locais e regionais, formando agentes culturais para atuar na preservação, produção e promoção das expressões artísticas.

Com validade de dois anos, prevê as seguintes medidas:

  • Ações com foco no fortalecimento da formação e certificação de agentes culturais;
  • Promoção da mobilização e articulação cultural em Mato Grosso do Sul;
  • Estímulo à economia criativa e ao desenvolvimento socioeconômico regional;
  • Consolidação da rede de parcerias para a promoção cultural; e
  • Ampliação da difusão e comunicação sobre políticas culturais.

"Além de promover a formação, essa parceria abre diversas possibilidades. Além de fortalecer a mobilização cultural, valorizando e preservando a diversidade local, ela fomenta a economia criativa, incentivando o empreendedorismo, a geração de renda e o fortalecimento das expressões culturais regionais”, explicou a coordenadora Rafaela Chivalski de Oliveira, e completou:

“Parte do nosso foco é garantir a ampla divulgação das políticas culturais por meio de plataformas e eventos, incentivando a participação da população e assegurando a inclusão de grupos historicamente marginalizados, como quilombolas, indígenas, afrodescendentes, pessoas com deficiência e a comunidade LGBTQIAPN+”, complementou.

Veja o Regulamento dos Núcleos de Arte e Cultura (NUAC)
 

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Habitacionais

Mato Grosso do Sul recebe R$ 48,7 milhões do programa Minha Casa, Minha Vida

De acordo com os contratos assinados entre governo de MS e Caixa Econômica Federal, serão construídos 258 moradias, em Naviraí e Dourados

25/10/2024 17h30

Imóveis da Minha Casa, Minha Vida

Imóveis da Minha Casa, Minha Vida Imagens/ GOV.BR

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A Caixa Econômica Federal e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, assinaram nesta quinta-feira (24), em Campo Grande, três contratos para a construção de 258 moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida. De acordo com os documentos , o investimento total é de R$ 48,7 milhões e será aplicado na construção de três empreendimentos: dois nos municípios de Dourados e um em Naviraí.

Os imóveis serão destinados às famílias da Faixa 1, que possuem renda de até R$ 2.850,00. Na Faixa 2, os valores foram reajustados para atender famílias com renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700,00. Na Faixa 3º, estão incluídas como famílias com renda entre R$ 4.700,01 e R$ 8.000,00, conforme o novo limite de renda previsto na Portaria MCID nº 786, de 1º de agosto de 2024.

Empolgado com a parceria, Eduardo Riedel informou que os contratos celebrados visam realizar os sonhos de centenas de famílias, fruto de um esforço coletivo e de um trabalho conjunto com a Caixa.

“A parceria que temos com a CAIXA fica retratada em mais essa assinatura, que viabiliza os avanços, a maturação dos processos e a entrega de soluções, como resultado do esforço conjunto dos executivos municipal, estadual, federal e do banco”, afirmou.

Já o superintendente da Caixa Econômica Federal, Augusto César Merey Vilhalba, destacou a importância do empreendimento na região.

“Trata-se de uma ação importante para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, com as parcerias do governo do estado e prefeituras, viabilizando o sonho da casa própria. Estamos chegando a oito empreendimentos, em seis cidades e um total de 1.022 unidades habitacionais, com investimento pelo FAR de R$ 152 milhões", disse.

Conforme descrito no contrato, as unidades habitacionais serão construídas em Dourados, que receberão 108 unidades na Vila Cidade Jardim e mais 90 no Conjunto Habitacional Green Ville II. Em Naviraí, serão construídas 60 novas unidades no Residencial Interlagos.

 

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