Cidades

PISTOLAGEM

Ex-guarda municipal pode estar associado a execução de filho de policial

Força-tarefa de investigação cumpre mandados de busca no Colibri, Amambaí e Moreninhas

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A força-tarefa criada para investigar crimes de pistolagem em Campo Grande cumpriu ontem três mandados de busca e apreensão em casas localizadas nos bairros Jardim Colibri, Amambaí e Moreninhas. Eles investigam um ex-guarda municipal envolvido na execução do estudante de Direito Matheus Xavier, 20 anos, ocorrida em 9 de abril passado. 

Durante a operação, realizada na manhã de ontem, os policiais do Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos e Sequestros (Garras) - que integram a força-tarefa, não efetuaram prisões, mas encontraram armas, telefones celulares e voltaram a apreender arreadores, objeto elétrico utilizado para acelerar a ida de bovinos para o abatedouro, e que também é utilizado em sessões de turtura de humanos. Em 19 de abril passado, quando Marcelo Rios, outro guarda municipal, foi preso com um arsenal, também havia um equipamento semelhante. 

O material apreendido será encaminhado para perícia. Policiais ouvidos pelo Correio do Estado informaram que as investigações sobre a execução de Matheus Xavier estão avançadas. O rapaz foi morto com dezenas de tiros de fuzil de calibre 7,62 mm, em 9 de abril do ano passado. A tese de que o pai dele, o capitão era reformado da PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, ainda não foi descartada pelos investigadores. 

GUARDA MUNICIPAL

Outros três guardas municipais são investigados pela força-tarefa, e os policiais podem, em breve, estabelecer uma conexão entre os inquéritos em andamento. Marcelo Rios, atualmente preso preventivamente no presídio federal de Mossoró (RN) foi flagrado em 19 de maio deste ano, com um arsenal em uma casa desabitada, no Bairro Monte Líbano. A residência seriva como depósito de seis fuzis (dois AK-47 de calibre 762 e quatro de calibre 556), um revólver 357, 11 pistolas 9 milímetros, quatro pistolas .40, uma pistola de calibre 22 e outra pistola de calibre 380, além de duas espingardas, sendo uma de calibre 12 e outra de calibre 22. Todas estas armas estavam em poder de Marcelo Rios. Com elas havia 1.753 munições, 392 para os fuzis AK-47. Se somadas aos cartuchos apreendidos em outros endereços vinculados a Rios, o total de munições supera 2 mil unidades. 

No pen-drive encontrado na ocasião com Marcelo Rios, também havia um dossiê sobre um fazendeiro da cidade de Bonito. Os policiais da força-tarefa suspeitam que o produtor rural seria um dos alvos do grupo de extermínio que é investigado pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Na mídia eletrônica havia fotos, números de documentos, endereços e informações sobre bens e atos praticados pela possível vítima. 

Outros dois guardas municipais, Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor Kopetski, são investigados pela força-tarefa, chegaram a ser presos por obstrução de Justiça (teriam colocado duas testemunhas em perigo), mas tiveram, mais tarde, a prisão revogada pelo Poder Judiciário. O Ministério Público Estadual chegou a recorrer para que eles e o motorista Flávio Narciso Morais da Silva voltassem para atrás das grades, mas o Tribunal de Justiça negou recurso no mês passado. 
Rios, Vieira e Kopetski respondem processo administrativo na Guarda Municipal de Campo Grande. Atualmente, estão afastados. Nesta semana, tiveram a autorização para portar armas de fogo cassada. 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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