Cidades

CPI do ônibus

Agereg passou quatro anos sem auditores, diz ex-presidente

A fala aconteceu durante a oitiva da CPI do Transporte Público nesta quinta-feira (21)

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Em oitiva durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o transporte coletivo de Campo Grande, o ex-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg) destacou na tarde desta quarta-feira (21), que o órgão operou durante quase quatro anos sem um auditor fiscal. Substituído pelo ex-secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes da Silva, o  juiz federal deixou o cargo em janeiro deste ano.

Ele foi nomeado para comandar a agência em abril de 2021, ainda na gestão de Marquinhos Trad (PDT).

Questionado pelo vereador Junior Coringa, Odilon disse que a área não possuía auditores fiscais, e sim “pessoas de boa vontade” que exerciam essa função. Em sua fala, Coringa relembrou que a pasta recebe cerca de R$ 9 milhões anuais e que apesar do volume de dinheiro, a Agereg não possui uma equipe robusta, como lembrou o atual presidente da pasta, José Mário Antunes, no último dia 5. 

“Na oitiva do atual presidente, nos informou que assumiu a agência sem estrutura, com apenas quatro fiscais, e em quatro meses não conseguiu organizar a casa.”, falou o vereador. Em resposta, Odilon disse que apesar do trabalho, ninguém tinha atribuição de fiscal”, quadro de trabalho que “caiu” junto com a mudança de gestão.  

“Fiscal auditor não tem nenhum. Quem fazia a fiscalização in loco? Esse é o problema, a gente ia com os servidores para fazer. A maior parte das informações vem de outros órgãos, a agência não é preeminentemente uma agência de campo, como a Agetran, que tem auditores fiscais que vão até o local levantar as informações. Tem como premissa fiscalizar. Eu entendo que a agência necessitaria de um auditor fiscal contábil, um auditor fiscal econômico financeiro, esmiuçando as informações recebidas”, lembrou. 

Durante a oitiva, Odilon disse que o papel da Agetran não é só fiscalizar, mas também fazer estudos, análises econômicas, e aproveitou a ocasião para rebater a fala do vereador.

“O senhor insinua um desmonte como se houvesse intenção. Na verdade, precisavamos adicionar mais pessoas para melhorar o serviço, não que houvesse desmonte deliberado da agência.”, lembrou. 

Do mesmo modo, destacou que a Agereg, em momento algum, fugiu de suas responsabilidades em responder às demandas quando solicitada.  A agência nunca se furtou de responder às demandas quando foram oficializadas. Qualquer um que me oficiou trazendo um problema não ficou sem resposta”, falou. 

Em nova investida do vereador em saber como a agência operou por tanto tempo sem fiscal auditor, Odilon respondeu de forma mais enervada.

“O que falta na agência é um fiscal auditor, para fazer auditoria de acordo com o tribunal dispõe, obedecendo as normas, isso nós aprendemos muito durante o ajustamento de gestão”, disse.  

“Fiscaliza os contratos como, vereador? Economicamente, cuida da tarifa, cuida das situações que surgem ao longo da demanda. A gente manda as pessoas para conversar, atender, ver, mas não necessariamente para multar a situação. Vão apurar os fatos, e a gente encaminha para Semadur”. 

CRONOGRAMA

A CPI terá duração de 120 dias, quando a fase das oitivas for concluída, passa-se para a fase de “Investigação sobre o Consórcio”, quando serão ouvidos os gestores e responsáveis pelo Consórcio Guaicurus.

A CPI do Ônibus foi criada no dia 18 de março, após várias tentativas de outros parlamentares de investigar o contrato entre prefeitura e Consórcio Guaicurus. Conforme cronograma inicial da CPI do Ônibus, os trabalhos serão realizados em cinco fases, sendo:

  • Fase 1 - Análise documental e diagnóstico inicial (semana 1 a 4)
  • Fase 2 - Oitivas iniciais (semana 5 a 8)
  • Fase 3 - Investigação sobre o Consórcio (semana 9 a 11)
  • Fase 4 - Ouvindo a população e trabalhadores (semana 12 a 13)
  • Fase 5 - Elaboração e apresentação do relatório final (semana 14 a 17)

CANAL DE DENÚNCIA

A Câmara Municipal de Campo Grande lançou canais de comunicação destinados à população para o registro de denúncias relacionadas ao consórcio Guaicurus, operadora do transporte público na Capital.

A iniciativa visa reforçar os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público, que foi instalada com o objetivo de fiscalizar o cumprimento do contrato e a qualidade dos serviços prestados à população.

Os canais estarão abertos para que os cidadãos possam colaborar com informações que ajudem a apurar eventuais irregularidades e melhorar o transporte coletivo de Campo Grande.

As denúncias podem ser encaminhadas pelo WhatsApp (67) 3316-1514, pelo e-mail [email protected] ou de forma anônima em formulário disponível no site oficial da Câmara Municipal.
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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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