Cidades

RUA AMAZONAS

Ex-segurança de Rafaat é executado
com 40 tiros de fuzil na Capital

Vítima foi atingida ao sair de uma barbearia na rua Amazonas

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Ex-segurança do traficante paraguaio Jorge Rafaat, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, foi executado com cerca de 40 tiros de fuzil calibre ponto 556 ao deixar uma barbearia, no início da noite desta sexta-feira (26), na Rua Amazonas, no bairro Santa Fé, região central de Campo Grande.

Fernandes, conhecido como 'Bomba', possui quatro ac usações formais na Justiça por associação ao tráfico. O Correio do Estado apurou que ele vivia no bairro de alto padrão escondido e estava jurado de morte por facções criminosa, principais suspeitas do crime.

Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu por volta das 18h. Não há informações sobre os autores até a publicação desta reportagem, mas informações são de que se trata de uma dupla, que fugiu em um carro após o crime. Um motoqueiro poderia estar participando da ação dando cobertura.

Ainda de acordo com a PM, Fernandes carregava com si grande quantidade de dinheiro. São R$ 2,5 mil em cheques e pelo menos outros R$ 1,2 mil em notas.

Freadas no aslfalto deram indício dos veículos participantes da ação à polícia (Rafael Ribeiro/Correio do Estado)

Testemunhas relatam que a vítima estava na barbearia e, ao se dirigir a seu carro, uma caminhonete Hilux branca, estacionado em uma viela, foi surpreendido pelos atiradores.

Com medo e assustados, as pessoas não quiseram dar mais informações à reportagem do Correio do Estado. Familiares da vítima ainda estavam sendo localizadas.

Além da PM, equipes da perícia e da Polícia Civil também já estão no local. O estabelecimento onde Fernandes estava foi fechado pelos donos.

Ainda segundo informações da PM, um carro foi incendiado no Jardim Seminário, na região norte, minutos depois do crime. A polícia suspeita que seja o veículo usados pelos atiradores na execução.

Além de Fernandes, uma pessoa ficou ferida na ação. É outro cliente da barbearia que chegava ao local e ficou com o pescoço ferido pelos estilhaços do vidro de seu veículo, um Chevrolet preto, atingido por um dos tiros.

A polícia não confirma, mas tiros do fuzil também teriam atingido apartamentos da região, segundo relato de alguns moradores.

Chevrolet preto de cliente da barbearia também foi atingido pelos disparos: motorista ferido (Rafael Ribeiro/Correio do Estado)

*Matéria editada às 19h50 para acréscimo de informações 

Campo Grande

Ambulante nega bebida para morador de rua e acaba esfaqueado na cabeça

Incidente aconteceu durante a madrugada no cruzamento das ruas Maracaju com 14 de julho, centro da Capital

11/01/2025 09h45

Criminosos utilizaram um canivete para cometer o crime

Criminosos utilizaram um canivete para cometer o crime Imagem Ilustrativa

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Um vendedor ambulante de 26 anos acabou ferido na cabeça após se negar a vender bebida alcoólica a moradores em situação de rua na madrugada deste sábado (11), no Centro de Campo Grande. O incidente aconteceu no cruzamento das ruas Maracaju com 14 de Julho.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima estava em sua barraca de bebidas, trabalhando junto com seu irmão, de 25 anos. Quando por volta de 0h30, um grupo de moradores de rua se aproximou e tentou comprar seus produtos. 

Contudo, após negarem o pedido, um suspeito - descrito como de estatura média, cor morena e vestindo uma camiseta vermelha - ficou revoltado e sacou um canivete com aproximadamente nove centímetros de lâmina. Depois, partiu para cima dos ambulantes e os agrediu.

Para defender o irmão, que recebeu um golpe de canivete, um dos ambulantes entrou em luta corporal com o suspeito. Durante a briga, ele acabou sofrendo um corte profundo na cabeça, na região do supercílio esquerdo. Após a lesão, a vítima ficou totalmente ensanguentada e precisou de atendimento médico. 

Depois do crime, tanto o suspeito quanto uma mulher que o acompanhava - descrita como de estatura baixa, cabelo cacheado e blusa vermelha - fugiram do local. Uma viatura da Polícia Militar foi acionada e realizou diligências nos arredores do Centro. Contudo, a equipe policial não conseguiu localizar os criminosos. 

Ambos os ambulantes foram socorridos por militares do Corpo de Bombeiros e encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande.

O caso foi registrado como crime de Lesão Corporal Dolosa na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, e segue em investigação pela Polícia Civil.

LOCALIZAÇÃO

Estado é responsável por 11,7% das investigações por tráfico

Seis em cada 10 investigações abertas no Estado no ano passado estavam ligadas a drogas, contrabando ou descaminho

11/01/2025 09h00

Superintendente da Polícia Federal em MS falou sobre

Superintendente da Polícia Federal em MS falou sobre "vocação" de MS para o tráfico e o contrabando Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Dos 1.759 inquéritos instaurados pela Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul no último ano, 461 eram relacionados ao tráfico de drogas. Esse número representa 11,7% das investigações abertas em razão deste crime em todo o Brasil.

Nacionalmente, segundo matéria do jornal O Globo, dos 44.392 procedimentos aberto pela Polícia Federal, a maior parte era referente a crimes fazendários (19.203), seguidos por crimes ambientais (5.250). Já em relação ao tráfico de drogas são 3.913 investigações no País.

Superintendente da Polícia Federal em MS falou sobre "vocação" de MS para o tráfico e o contrabando

Conforme detalhamento feito pela Polícia Federal, a pedido do Correio do Estado, entre as 1.759 investigações iniciadas no ano passado, a maioria foi aberta pelos crimes de tráfico de drogas (397 processos, mais 64 por associação para o tráfico), contrabando (376) e descaminho (295).

Ao todo, esses quatro crimes representam 1.132 inquéritos, o equivalente a 64% do total de investigações abertas em Mato Grosso do Sul no ano passado. 

Em entrevista ao Correio do Estado, o superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Carlos Henrique Cotta D’Ângelo, falou sobre a atuação da corporação, além das características do que categorizou como crimes proeminentes da região.

Cabe destacar que o crime de contrabando decorre da importação ou da exportação de mercadoria proibida no Brasil, caso de cigarros e medicamentos, enquanto o descaminho corresponde às fraudes, como o não pagamento de tributos de importação, exportação e consumo.

“As características de Mato Grosso do Sul nos colocam diante da seguinte realidade, a nossa ‘vocação’ é o contrabando, o descaminho e o tráfico de drogas. Temos aqui a fronteira com a Bolívia e o Paraguai, então, é um prato cheio para [a droga] chegar. Nossa atuação pesada é aí”, frisou. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), entre janeiro e dezembro de 2024, foram apreendidas 579,432 toneladas de maconha e 17,602 toneladas de cocaína em todo o Estado, que é líder entre as 27 unidades federativas do País, à frente do Paraná, com 436,451 toneladas, e de São Paulo, com 136,241 toneladas, respectivamente, segundo e terceiro colocados na lista. 

Conforme o superintendente da PF, as características de crimes como o tráfico de drogas e o contrabando fazem com que a Polícia Federal se articule cada vez mais para frear o fluxo de drogas em todo o Estado. 

As investigações são realizadas conjuntamente com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), força-tarefa composta pela Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Judiciária Civil, a Polícia Militar e o Sistema Penitenciário. 

“Nós temos a parceria com a Ficco e esperamos que em 2025, já com esse diagnóstico, possamos trabalhar nesses crimes, mas a gente não pode negligenciar a questão ambiental, a questão indígena”, falou. 

Questionado quanto ao retorno financeiro dessas apreensões relacionadas ao descaminho e ao contrabando aos cofres do Estado, Carlos D’Ângelo afirmou que o processo é moroso, uma vez que os trâmites judiciais tardam a serem finalizados. 

“Mato Grosso do Sul, relativamente ao tráfico de drogas, foi o [estado] que mais aprendeu no ano passado. Em termos de bens e valores, nós superamos milhões e milhões de reais, mas daí a fazer isso virar dinheiro para a segurança pública é uma longa caminhada”, explicou o superintendente. 

FOGO NO PANTANAL

Do total de inquéritos abertos no ano passado, 20 eram relacionadas aos incêndios no Pantanal. Desses, apenas 5 continuam em andamento, como mostrou matéria do Correio do Estado publicada nesta semana, todos na região de Corumbá. Este número poderia ser superior, visto que 70% das investigações não resultaram em indiciamentos.

“Cerca de 70% das nossas investigações de crimes ambientais não resultaram no indiciamento de ninguém. Fomos aos locais onde os satélites indicavam a presença do fogo. Desse universo, identificamos as áreas de interesse da União e do governo federal, onde fizemos as operações e identificamos os autores dos crimes”, destacou D’Ângelo. 

Segundo o superintendente da PF, o período de incêndios serviu para reforçar as investigações sobre crimes ambientais, sobretudo os relacionados a queimadas.

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