Cidades

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Falsos agentes de saúde voltam a praticar assaltos

Falsos agentes de saúde voltam a praticar assaltos

Redação

24/01/2010 - 06h52
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Falsos agentes de saúde voltaram a agir em Campo Grande. Depois de aterrorizar moradores da região do Bairro São Francisco, eles fizeram vítimas no Aero Rancho, na manhã de ontem. O pedreiro Giovane Lopes de Oliveira, 24 anos, que trabalhava na casa usada como alvo pelos bandidos, localizada na Rua Iemanjá, foi ferido por um tiro na nuca. A dona da residência, a vendedora autônoma Ana Cláudia Canhete, 34 anos, conta que dois homens bateram palmas em frente ao portão, por volta das 10h30min. Ela os atendeu e uniformizados, com crachá e mochila identificaram-se como agentes de saúde e pediram para entrar na casa em trabalho de vistoria contra focos de dengue. “Eles estavam com a roupa de agente, crachá. Eu mesma abri o portão”, lembra Ana Cláudia. Ao entrar, questionaram se havia cachorro na residência, “eu disse que tinha e então pediram para ver a carteira de vacinação”, conta. Para pegar o documento, Ana Cláudia entrou na casa pela porta dos fundos e os falsos funcionários da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) a acompanharam. Já no interior da casa, renderam a vendedora, o marido dela e duas adolescentes – uma de 13 e outra de 14 anos. As vítimas foram levadas para o cômodo onde funciona o escritório de Ana e obrigadas a deitar no chão. Os assaltantes foram para os fundos da residência e renderam os três pedreiros que trabalhavam no local. Eles aumentavam o muro para colocação de cerca elétrica. Os trabalhadores foram levados para o mesmo cômodo onde estavam as outras vítimas e também obrigados a ficar deitados. Em um determinado momento, um dos falsos agentes disparou um tiro e acabou ferindo o pedreiro Giovane Oliveira. “Ele não reagiu, não fez nada. O cara [bandido] deu um tiro e o Giovane se mexeu na hora e pegou nele”, conta um colega da vítima, de 30 anos, que prefere não se identificar. A vítima baleada foi encaminhada para o posto de saúde do bairro e não corre risco de morte. Após ferir o pedreiro, os ladrões fugiram com notebook, máquina digital e celulares. “Foram coisas pequenas, ainda não consegui saber tudo o que levaram”, declarou a vendedora, que em abril do ano passado, foi vítima de outro assalto, no mesmo local, também praticado por falsos funcionários públicos. “O ladrão estava com uniforme e crachá dos Correios. Disse que tinha uma entrega e eu abri. Ele amarrou eu e a empregada e roubou a televisão e meu carro”. O primeiro roubo durou cerca de 40 minutos e o de ontem, a metade do tempo. “Trabalhei para reconstruir tudo. E agora de novo. Os malandros são mais espertos que a polícia. Quem é que vai adivinhar que é bandido?, desabafa Ana Cláudia. A vendedora conta que antes de fugir os assaltantes fizeram uma ligação. “Não ouvi o que eles falaram, mas deve ter sido para alguém vir buscá- los”. De acordo com relato dos pedreiros, os ladrões são morenos, medem cerca de 1.60 m de altura e um estava com um revólver calibre 38 e uma pistola. Ainda segundo a proprietária do imóvel, antes de os falsos servidores da Sesau entrar na casa dela, ela os viu caminhar pela rua e até sair de outras residências. Nenhum morador próximo quis falar sobre o assunto. São Francisco No Bairro São Francisco, que fica mais perto da região central da cidade, falsos agentes de saúde assaltaram pelo menos duas residências no início do mês. Eles também perguntam sobre a existência de cachorros e pediram para ver a documentação. Em uma das casas, chegaram a ameaçar arrancar os dentes e a língua de uma das vítimas com um alicate, caso não falasse onde havia dinheiro. A ação dos bandidos que se passam por servidores da Saúde tem atrapalhado o combate à dengue. A Secretaria de Saúde já abriu sindicância para apurar como os ladrões conseguiram uniformes e crachás de funcionários. A Polícia Civil investiga o caso, com apoio do Serviço Reservado (PM2) da Polícia Militar.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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