Cidades

JARDIM IMÁ

Falta de iluminação pública em avenida da Capital vira alvo do Ministério Público

Reclamações ocorrem desde 2022 e moradores relatam que escuridão gera insegurança, além de pagarem taxa de iluminação mesmo sem contar com o serviço na rua

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a adoção de políticas públicas por parte do município de Campo Grande para a prestação de serviço público de iluminação pública na Avenida Ulisses Serra, no bairro Jardim Imá.

A falta de iluminação pública na região é alvo de reclamação dos moradores há alguns anos, já havendo duas notícias de fato registradas no órgão ministerial, relatando insegurança e possível irregularidade, pois há cobrança da taxa de iluminação, mesmo sem o efetivo serviço.

A reiteração do teor das reclamações motivou a abertura do novo procedimento administrativo, que está disponível no Diário Oficial do MPMS de segunda-feira (16), 

Segundo o órgão, há a necessidade de políticas públicas referentes à iluminação pública na rua Ulisses Serra, que se situa em bairro localizado nas proximidades do aeroporto da Capital, além de ser conveniente acompanhar a implementação das mesmas.

Denúncias

Em 2022, foram registradas duas reclamações junto à Prefeitura de Campo Grande e, sem sucesso, também na ouvidoria do Ministério Público Estadual com a mesma reclamação e denunciou uma possível irregularidade na prestação do serviço, pois os moradores pagam a taxa de Contribuição de Serviço de Iluminação Pública (Cosip), mesmo não havendo postes na rua.

Uma moradora relatou que a rua Ulisses Serra é de pista dupla, separadas por canteiro central e árvores muito altas que, durante o dia, proporcionam grande cobertura e sombras, enquanto na parte da noite acabam por deixar a via ainda mais "sombria".

Isto porque não há iluminação pública e a rua fica no escuro, causando medo nos moradores e pessoas que passam pelo local, pois, ainda segundo a denúncia, ocorrem muitos roubos e furtos na região.

"Além disso, instalado na via pública encontra-se um estabelecimento de reciclagem, o qual é muito frequentado por andarilhos que coletam resíduos e despacham no local, de modo que se faz imprescindível a instalação de iluminação para fins de resguardar a segurança pública dos residentes locais", diz ainda a reclamação.

Em primeira análise, de 2022, o Ministério Público deliberou pelo arquivamento do procedimento.

Na ocasião, o promotor citou que outros procedimentos já tramitaram na Promotoria de Justiça com o mesmo objeto e a então Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação esclareceu que a necessidade do serviço de iluminação pública é determinada pelo adensamento populacional da localidade.

Com relação ao pagamento da Cosip mesmo sem contar o serviço na rua de suas casas, foi considerado que não há lesão aos consumidores, pois a legislação que permite a cobrança para o custerio foi julgada constitucional pelo Tribunal de Justiça.

"A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública não confere ao sujeito passivo da relação tributária a garantia e o direito de contar, imediata e diretamente, com iluminação pública especificamente na rua de sua casa. Tem de haver, isso sim, iluminação pública na cidade onde o sujeito passivo da relação reside. E não há dúvida, por ser público e notório, que Campo Grande dispõe de iluminação pública", disse o promotor, na ocasião.

"Sem maiores delongas, a verdade é que no município e no Jardim Imá há iluminação pública, havendo ausência desse serviço apenas em alguns pontos do referido bairro, o que se mostra insuficiente, dada a natureza da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, para acusar lesão a direito", acrescentou, afirmando que o fato não configura lesão aos direitos dos consumidores.

Desta forma, a notícia de fato foi arquivada.

Outra denúncia, do mesmo teor, foi feita em 2023, na ouvidoria do MPMS, onde a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) foi oficiada para adotar medidas visando solucionar a demanda.

Segundo a moradora, equipe chegou a ir até o local para supostamente realizar a instalação, mas como não há postes, informaram que seria feito um comunicado para a concessionária de energia elétrica, a Energisa, mas não houve mais retorno 

Assim, a mesma moradora realizou nova denúncia que motivou a abertura do novo procedimento.

 

Caso Marcel Colombo

Defesa de Jamil Name tenta vincular morte de Playboy da Mansão ao narcotráfico

Segundo as provas apresentadas, Colombo tinha um comportamento violento e foi morto por pessoas que haviam sido ameaçadas por ele devido a dívidas relacionadas ao narcotráfico.

18/09/2024 15h03

Advogados alegando que Colombo foi morto por pessoas envolvidas ao Narcotráfico

Advogados alegando que Colombo foi morto por pessoas envolvidas ao Narcotráfico Fotos: Gerson Oliveira

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Os advogados de defesa de Jamil Name Filho, o Jamilzinho, apresentaram, na tarde de hoje (18), uma das provas de que a morte de Marcel Colombo, conhecido como Playboy da Mansão, está relacionada a dívidas provenientes do tráfico de drogas.

Apresentando slides, o advogado de defesa Neffi Cordeiro, relatou que Colombo era conhecido em Campo Grande por resolver situações com o uso da violência. Ele apresentou provas de que a morte de Marcel Colombo foi uma vingança de pessoas que sofreram ameaças ou de vítimas envolvidas no narcotráfico, que foram agredidas pelo Playboy da Mansão, questionando o trabalho das investigações. 

“Ele andava [pelas ruas] com soco inglês e cobrava as pessoas com violência, mas a polícia não ouviu ninguém. [Eu mesmo] tive acesso a diversos boletins de ocorrência dessas vítimas que sofreram lesão corporal por Colombo, e o delegado não chamou ninguém para conversar ou apurar. Iniciaram as investigações com provas baseadas na internet”, relatou.

Segundo o advogado de defesa de Jamilzinho, a Polícia Civil e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul seguiram uma única linha de investigação e não apuraram outros detalhes que pudessem levar a outros suspeitos, atribuindo toda a responsabilidade pela execução a Jamil Name.

“Segundo a polícia, Marcel Colombo contraiu uma dívida milionária com traficantes e não teria condições de pagá-la, o que irritou os criminosos e culminou na morte do empresário. As provas apresentadas mostram que a vítima [Jamil Name] foi presa pela Polícia Federal porque o delegado do inquérito entrou em contato com eles e disse que não havia nenhuma prova relevante para seguir com a investigação."

Neffi ainda afirma que as investigações acharam mais fácil se basear em uma briga que aconteceu antes do crime para alegar que se tratou de homicídio. 

“Uma organização criminosa vai esperar quatro anos para executar alguém? Quais são as provas que existem indicando que Jamil Name Filho matou Marcel? É preciso ter certeza para essa condenação. Se há dúvidas, que haja a absolvição do caso", relatou o advogado.

Advogados alegando que Colombo foi morto por pessoas envolvidas ao Narcotráfico Desenhos foram realizados para explicar a morte de Marcel Colombo. Fotos: Gerson Oliveira

Júri
Começou na segunda-feira (16) o julgamento de Jamil Name Filho e outros acusados de envolvimento no assassinato de Marcel Hernandes Colombo, morto em um bar situado na Avenida Fernando Correa da Costa, em 2018.

Ele e mais dois amigos estavam sentados à mesa na cachaçaria, quando por volta da 0h, um suspeito chegou ao local de moto, estacionou atrás do carro da vítima e, ainda usando capacete, se aproximou pelas costas e atirou.  

A vítima morreu no local e um jovem de 18 anos foi atingido no joelho.

A motivação do crime, conforme o processo, seria vingança por um desentendido anterior da vítima e Jamilzinho em uma boate, em Campo Grande, quando Marcel deu um soco no nariz de Name Filho. Ele já prestou depoimento, por meio de videoconferência, pois se encontra preso em Mossoró (RN) e confirmou o desentendimento, mas negou participação no crime.

José Moreira Freires, Marcelo Rios e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis foram são acusados de serem os intermediários, encarregados de levantar informações sobre a vítima, e Juanil Miranda foi o executor.

O ex-guarda Rafael Antunes Vieira não teve participação no homicídio, mas foi o responsável por ocultar a arma usada no crime.

(*Colaborou Judson Marinho e Glaucea Viccari)

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JORNALISMO INVESTIGATIVO

Correio do Estado representa o Brasil em programa da Embaixada dos EUA

Editor-chefe, Eduardo Miranda foi selecionado pela Embaixada e Consulado para programa de intercâmbio profissional focado em jornalismo investigativo, que reúne profissionais de vários países

18/09/2024 14h31

Foram selecionados 17 jornalistas de vários países para participar do intercâmbio mais prestigiado dos EUA para profissionais

Foram selecionados 17 jornalistas de vários países para participar do intercâmbio mais prestigiado dos EUA para profissionais Foto: Divulgação

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O editor-chefe do Correio do Estado, Eduardo Miranda, é um dos representantes do Brasil no International Visitor Leadership Program 2024, um programa de liderança para visitantes internacionais, que é o intercâmbio mais prestigiado de Departamento de Estados do EUA com foco em jornalismo investigativo. Do Brasil, além do Correio do Estado, participa a jornalista da TV Bahia, Luana Assiz Santos.

O International Visitor Leadership Program - IVLP é um programa de intercâmbio desenvolvido pelo Departamento de Estado Americano, com processo de seleção realizado pela Embaixada e Consulados Americanos no Brasil, no qual foram selecionados os dois profissionais.

O programa reúne, no total, 17 jornalistas internacionais de países como Paquistão, Nepal, Azerbaijão, Uganda, Catar, Austrália, entre outros.

Confira a lista dos profissionais selecionados abaixo:

  • Eduardo Miranda – editor-chefe do Correio do Estado – Brasil
  • Luana Assiz Santos – apresentadora na TV Bahia - Brasil
  • Lehaz Ali  - Neo News – Paquistão
  • Erin Marisa Bates – jornalista e apresentadora na Carte Blanche – África do Sul
  • Rashad Azeez Blbas - Gerente de Programa na STOP Organização para Monitoramento e Desenvolvimento - Iraque
  • Agshin Karimov – repórter e comentarista político na Oxu - Azerbaijão
  • Kosh Raj Koirala – Editor no República Daily – Nepal
  • Yanina Korniienko – Jornalista no Slidstvo.info Projeto de jornalismo investigativo - Ucrânia
  • Farai Shawn Matiashe – Jornalista freelance – Zimbábue
  • Hannington Muluuta – Produtor de notícias senior no Vision Group - Uganda
  • Hala Nasreddine – Líder da unidade investigativa no Daraj - Líbano
  • Basjola Pandeli – Apresentador na MCN Television - Albânia
  • Asmahan Ibrahim Faten Qarjouli – Jornalista no Doha News – Catar
  • Emma Lyn Ruben – Escritor e produtor de conteúdo e escritor freelance - Australia
  • Ekaterina Selivanova – Coordenadora editorial do projeto Organized Crime and Corruption Reporting Project [organização de jornalismo investigativo especializada em crime organizado] - Holanda
  • Vu Em Tran – Repórter na Vietnam Television VTV – Vietnã
  • Samad Opeyemi Uthman – Jornalista de investigação digital na Agence France-Presse (AFP) - Nigéria

International Visitor Leadership Program 2024

Durante três semanas, até o dia 6 de outubro, os jornalistas visitarão quatro cidades americanas, sendo a primeira a capital Washington D.C. O intercâmbio também passará por Tampa (FL), Sacramento (CA) e Salt Lake City (UT). 

O programa explora o papel que os jornalistas desempenham na sociedade americana ao investigarem fatos, criarem conscientização,e informar o público sobre corrupção, propina, abuso de poder e outros pontos que afetam o o governo, comunidades locais, negócios, meio ambiente, saúde, segurança e sociedade no geral.

Segundo a Embaixada, os participantes irão explorar os valores e as éticas que fundamentam investigações jornalísticas e os impactos do jornalismo investigativo.

Os profissionais também irão avaliar o impacto das mídias sociais, jornalismo cidadão e formas alternativas de reportagem dentro do contexto de fornecer informações factuais, precisas e verificáveis, incluindo análises das ações de comunidades e especialistas para verificar os fatos das notícias e discussões sobre melhores práticas para garantir que as fatos sejam verificados.

Por fim, como parte do International Visitor Leadership Program, o projeto inclui um workshop acadêmico de nível profissional ou de pós-graduação focado em jornalismo investigativo.

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