Cidades

PESQUISA

Falta de recenseadores põe MS na 4ª pior taxa de coleta do Censo 2022

IBGE no Estado tem 40% das vagas de trabalho em aberto, de um total de 2.524 oportunidades para Mato Grosso do Sul

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Enfrentando dificuldades durante o levantamento de dados para o Censo Demográfico de 2022, a falta de recenseadores (trabalhador que executa a pesquisa nas visitas às residências) é o maior motivo para Mato Grosso do Sul ter a quarta pior taxa de coleta da pesquisa no Brasil.

Segundo o coordenador de Divulgação do Censo, Fernando Gallina, o trabalho de recenseador é temporário, por esse motivo muitos candidatos à vaga em Mato Grosso do Sul preferem ir em busca de outros serviços.

“No Estado de Mato Grosso do Sul tem uma taxa de desocupação [desemprego] menor que a média nacional, isso faz com que a oferta de emprego em outros setores seja maior”, disse Gallina.

Fernando Gallina ainda acrescenta: “Os candidatos à função de recenseador preferem, aqui em MS, aceitar empregos nos quais eles têm uma chance de serem efetivados do que o de recenseador, que é absolutamente temporário, por mais que este trabalho no Censo pague melhor, a chance destas pessoas terem um emprego permanente acaba atraindo mais”.

Questionado sobre outros fatores que podem explicar a demora para execução do Censo pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) no Estado, como no interior e os de difícil acesso, o coordenador de Divulgação do Censo explica que a dificuldade de acesso a regiões de Mato Grosso do Sul já era prevista antes do início da pesquisa.

“As dificuldades em realizar o Censo são inerentemente ligadas à quantidade de mão de obra mesmo. Você tendo 60% da mão de obra não tem como cumprir o prazo em três meses, então era natural que viesse a se estender este período de coleta”, declarou Fernando Gallina.

Segundo o balanço nacional de coleta do Censo, com dados de pessoas recenseadas até o dia 2 de outubro, Mato Grosso do Sul está com a média de 41,10% de pessoas ouvidas pelo Censo, 7,86% menor que a média nacional de 48,96%.

O IBGE estima que em todo o País 104 milhões de pessoas já foram recenseadas, de um total de população estimada de 213 milhões.

O prazo estipulado para o término do Censo de 2022 foi novamente adiado, de acordo com a unidade estadual do IBGE em Mato Grosso do Sul, para a primeira semana de dezembro deste ano. O resultado completo da pesquisa será divulgado na segunda metade do mês de dezembro.

CENSO 2022 EM MS

O IBGE divulgou ontem o segundo balanço da coleta do Censo Demográfico 2022. Desde o início da operação, em 1º de agosto até o dia 2 de outubro, 1.167.011 pessoas teriam sido contadas em 407.812 domicílios de Mato Grosso do Sul.

Até 30 de setembro de 2022, 37.074 indígenas e 1.071 quilombolas já foram contados no Estado. No Brasil, foram recenseadas 104.445.750 pessoas, em 36.567.808 domicílios no País.

Dessas, 42% estavam na Região Sudeste, 27% no Nordeste, 14,3% no Sul, 8,9% no Norte e 7,8% no Centro-Oeste.

No País, 860.358 indígenas (0,82% de toda a população recenseada até agora) e 740.923 quilombolas (0,71%) já foram contados.

O sistema de acompanhamento da coleta permite gerar pirâmides etárias parciais. Até o momento, nacionalmente, 48% da população recenseada são homens e 52% mulheres.

Em Mato Grosso do Sul, os homens recenseados eram 48,6% e 51,4% eram mulheres.

“Já conseguimos observar na pirâmide parcial o envelhecimento da população, com o topo da pirâmide mais avolumado e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado”, declara Luciano Duarte, gerente técnico do Censo.

QUESTIONÁRIO

No Censo 2022, há dois tipos de questionário: o básico, com 26 quesitos, que leva em torno de cinco minutos para ser respondido, e o questionário ampliado, com 77 perguntas, que pode ser respondido por cerca de 11% dos domicílios, leva cerca de 16 minutos.

A seleção da amostra que responderá o questionário ampliado é aleatória e feita automaticamente no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC) do recenseador.

O questionário básico traz perguntas como: identificação do domicílio, étnico-racial, registro civil, educação, mortalidade.

Já o questionário da amostra tem: trabalho, núcleo familiar, religião, pessoas com deficiência, migração e autismo.

Além disso, o IBGE solicita os dados da pessoa que prestou as informações, como nome, telefone, e-mail e CPF.

Os itens primordiais para identificar um recenseador estão em uniformes e parâmetros que são padronizados.

Todo recenseador usará colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e DMC – dispositivo móvel de coleta.

SAIBA

O Censo Demográfico 2022 do IBGE ainda precisa contratar recenseadores para continuar a pesquisa do instituto em Mato Grosso do Sul e nos demais estados. Acompanhe quando abrirá novos processos seletivos por meio da aba “Trabalhe Conosco” no site da entidade: www.ibge.gov.br.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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