Cidades

FÁCIL CONTÁGIO

Falta de vacinação acende alerta para coqueluche em Mato Grosso do Sul

Fronteira com Corumbá, Bolívia enfrenta surto da doença e MS já tem três casos confirmados

Continue lendo...

Com três casos confirmados em Mato Grosso do Sul, e o país vizinho fronteiriço com Corumbá enfrentando um surto de coqueluche, a Prefeitura de Campo Grande acende um alerta para necessidade de vacinação frear esse avanço iminente. 

Ainda na primeira semana de agosto, o Serviço Departamental de Saúde de Santa Cruz (Sede) boliviano já apontava para cerca de 380 casos de coqueluche em, pelo menos, 13 municípios bolivianos. Agora, o Mato Grosso do Sul já confirma três casos da doença em seu território. 

Com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) - Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde (SVS-MS) - é possível observar que há dois anos Mato Grosso do Sul não registrava casos de coqueluche, com a última anotação sendo quatro confirmações observadas em 2020. 

Segundo a relação de casos confirmados entre 1998 até 2022, o pior patamar não aparece no início dessa série histórica [quando o Estado teve 178 registros], mas sim mais de 15 anos depois, quando foram confirmados 181 quadros de coqueluche em Mato Grosso do Sul. 

Quando observado o cenário nacional é possível notar oscilação dos registros, com o fim da primeira década a partir de 1998 indicando o início de uma nova crescente, após nove anos de queda nos índices de casos registrados em todo o País. 

Desde então, poucas vezes o Brasil ficou abaixo de mil casos de coqueluche registrados no período de 12 meses, com exceção para os anos de 2009 (com 979 confirmações da doença); 2010 (605); e os últimos três anos, sendo 243; 156 e 172 registros respectivamente a partir de 2020. 

Importante frisar que, sendo uma doença de fácil contágio, a coqueluche já causou mortes na Bolívia e, justamente por ser prevenida com a vacinação, as autoridades chamam atenção dos pais para se atentarem às cadernetas de vacinação dos pequenos. 

Cenário e medidas locais

Em nota, a Prefeitura de Campo Grande confirma uma queda significativa na cobertura vacinal no município, inclusive da chamada vacina "pentavalente", que previne contra hepatite B e haemophilus influenza B; tétano; difteria e até contra a coqueluche. 

Esses números divulgados pelo Executivo Municipal apontam para menos de 80% do público-alvo vacinado em 2022, enquanto neste ano a cobertura é estimada em cerca de 30%, enquanto o recomendado pelo Ministério de Saúde é a casa de 95% de cobertura. 

Também, a superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo, de certa forma tranquiliza os moradores campo-grandenses, já que a Capital não tem nenhum caso confirmado para coqueluche até então. 

"Mas cidades próximas, como Água Clara, já tiveram registros neste ano, o que significa há chances significativas dessa bactéria circular aqui também. A coqueluche também é conhecida como ‘tosse comprida’, por esse ser o principal sintoma", completa.

Vale destacar que crianças com mais de seis meses também são consideradas suspeitas quando, associadas aos mesmos sintomas, a tosse se prolonga há pelo menos 14 dias, ou que apresente tosse e tenha tido contato com caso positivo comprovado laboratorialmente.

Importante frisar que os campo-grandenses encontram a pentavalente disponível em todas as unidades de saúde e, além dessa, a prefeitura também aponta a DTP - que é um reforço ao anterior - com imunizante capaz de barrar a transmissão, sendo uma vacina ministrada aos 15 meses e 4 anos.

Além dos pequenos, até mesmo mulheres gestantes precisam se prevenir, recebendo uma dose extra de proteção da dTpa, imunizante esse aplicado depois da 20ª semana da gestação. 

Entretanto, vale comentar que aquelas que já enfrentam o puerpério, e não receberam a dTpa durante a gestação, devem procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível e colocar em dia a imunização. 

 

Assine o Correio do Estado

ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação leva lama às casas do Rita Vieira, em Campo Grande

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

Continue Lendo...

Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

Assine o Correio do Estado

 

SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

Continue Lendo...

Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).