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Farmácia vendia medicamentos proibidos na região central de Campo Grande

Ao todo foram apreendidos 638 caixas de medicamento, alguns considerados extremamente perigosos, podendo levar à dependência química ou até a morte

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Uma mulher de 33 anos foi presa na última quarta-feira (11), após ser flagrada comercializando remédios proibidos pela Anvisa, em local clandestino na região central de Campo Grande.

De acordo com relatos da Polícia Civil, a investigada mantinha uma farmácia sem autorização e documentação legal para ser aberta. No local ela vendia, sem receita, remédios que exigiam retenção de receitas.

Foram apreendidos 638 caixas de medicamento, muitos deles proibidos pela Anvisa e que podem levar à dependência química ou até a morte se utilizados sem acompanhamento médico.

Toda a carga foi apreendida e a investigação continua para verificar a origem da medicação.

Uso de medicamentos proibidos

A ANVISA, responsável por regulamentar a distribuição de medicamentos no país, realiza estudos rigorosos para garantir que os produtos disponíveis no mercado atendam aos padrões de qualidade e segurança.

Medicamentos proibidos, como alguns emagrecedores, anabolizantes e substâncias psicoativas, podem causar danos irreparáveis ao organismo quando usados fora das indicações médicas ou sem controle adequado. Contudo, muitos indivíduos, em busca de soluções rápidas para problemas como emagrecimento ou desempenho físico, acabam optando por esses produtos sem se preocupar com as consequências.

Entre os riscos mais alarmantes estão os efeitos adversos severos para o sistema cardiovascular, como arritmias, infartos e até mesmo AVCs. Além disso, o uso inadequado de substâncias proibidas pode levar a problemas renais, hepáticos, distúrbios hormonais, dependência química e danos psicológicos, como ansiedade e depressão.

O risco de interações perigosas com outros medicamentos também é uma preocupação constante, uma vez que o consumo inadequado pode alterar o funcionamento do organismo e intensificar os efeitos negativos de outras substâncias.

Outro aspecto relevante é a facilidade com que medicamentos proibidos circulam no mercado paralelo. Redes de venda ilegais, seja na internet ou no mercado informal, promovem a comercialização desses produtos sem qualquer tipo de fiscalização, expondo os consumidores a riscos elevados.

Sem a supervisão de um profissional de saúde, é impossível garantir que o medicamento adquirido seja de fato o produto indicado ou que tenha sido armazenado e transportado adequadamente.

Uso indiscriminado de medicamentos

A automedicação, prática de ingerir medicamentos sem a orientação de um profissional da saúde, é um problema crescente no Brasil. De acordo com estimativas, cerca de 35% dos medicamentos adquiridos nas farmácias no país são comprados por pessoas que se automedicam, muitas vezes sem qualquer diagnóstico médico prévio.

Com o fácil acesso à informação médica na internet, muitas pessoas tentam diagnosticar suas condições e buscar soluções por conta própria. No entanto, essa abordagem pode ser extremamente perigosa, pois pode levar ao uso indevido de medicamentos, com sérias consequências para a saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) alerta para os riscos da automedicação e, para conscientizar a população, lançou uma cartilha com orientações sobre o tema. As complicações decorrentes dessa prática são variadas e podem ser graves.

Entre os principais riscos, está a intoxicação, que ocorre quando as pessoas tomam doses inadequadas de medicamentos, podendo levar desde a ineficácia do tratamento até uma overdose. A interação medicamentosa também é uma preocupação, pois a combinação inadequada de medicamentos pode anular ou potencializar os efeitos de outras substâncias que a pessoa esteja tomando.

Além disso, o uso indiscriminado de remédios pode mascarar o diagnóstico correto da doença, aliviando temporariamente os sintomas, mas não tratando a causa real do problema, o que pode agravar o quadro de saúde. 

Outro risco relevante é o de reações alérgicas inesperadas, que podem ocorrer com o uso de medicamentos sem prescrição. Por fim, algumas substâncias têm potencial para causar dependência, principalmente quando usadas em doses incorretas ou por longos períodos.

O uso descontrolado de medicamentos também pode gerar resistência, especialmente no caso de antibióticos, comprometendo sua eficácia em tratamentos futuros.

A prática de automedicação também leva ao acúmulo de medicamentos em casa, o que pode resultar em problemas como:

  • confusão entre os remédios
  • uso de medicamentos vencidos
  • ineficácia devido ao mau armazenamento
  • ingestão acidental por crianças

Diante desses riscos, a orientação é clara: antes de tomar qualquer medicamento, é fundamental consultar um médico.

Somente um profissional da saúde pode realizar o diagnóstico adequado, considerando as particularidades do organismo de cada paciente e garantindo um tratamento seguro e eficaz. Evite a automedicação: ela pode ser perigosa e colocar sua saúde em risco.

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Bike Radical

Atleta de Bike Trial manobra em ponte de MS e viraliza no Tik Tok

Campeão brasileiro e sul-americano, Diego Magno aproveitou a visita ao Estado para romper barreiras com movimentos radicais na ponte Ferroviária em Três Lagoas

12/12/2024 15h00

Reprodução redes sociais

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O atleta profissional de Bike Trial, Diego Magno, referência no país por suas manobras impressionantes, deixou seu "rastro" na ponte ferroviária Francisco de Sá, em Três Lagoas.

Reconhecido na modalidade no Brasil, o atleta conquistou sete vezes o Campeonato Brasileiro e é o atual campeão sul-americano na categoria.

Após viralizar com manobras na Torre do Alta Vila, em Minas Gerais, que possui mais de 100 metros de altura, desta vez conquistou o TikTok em terras sul-mato-grossenses.

Foram mais de 8 milhões de visualizações na publicação que ele compartilhou na rede social chinesa, acompanhada da legenda: “Um dos projetos mais loucos que já fiz”.

A ponte, que é um cartão-postal do município, foi construída pela empresa norte-americana American Bridge e atravessa o rio Paraná. Sua construção começou em 1918, devido à necessidade do estado de São Paulo em expandir a malha ferroviária para escoar a produção de café.

A estrutura possui 1.024 metros de comprimento e uma altura aproximada de 12 metros acima do nível do rio, sendo inaugurada em 1926.

Reprodução redes sociais

Manobras


O atleta recebeu um trabalho de uma empresa para realizar manobras. Quando saiu de Presidente Prudente (SP) de carro e chegou em Três Lagoas, ficou com a ideia na cabeça: não poderia deixar o estado sem realizar uma de suas peripécias na estrutura da ponte.

Após a apresentação de Bike Trial, ele compartilhou a ideia com amigos para obter suporte de um drone, que captaria a perspectiva da evolução, e de uma GoPro, que proporcionaria a quem assiste a visão de Magno enquanto realiza seus movimentos com a bicicleta.

“Fiquei pensando no que ia fazer certinho, quais seriam os movimentos. Entrei no Google, tentei encontrar as medidas da ponte para saber a largura e a altura, e fazer um cálculo do que eu ia executar”, explicou Magno.

Com isso, o atleta ajustou a bicicleta para o freio correto, analisando se precisaria usar mais o freio dianteiro, o traseiro ou ambos durante o percurso.

Cabe ressaltar que, na modalidade Bike Trial, o atleta precisa executar as manobras sem colocar os pés no chão.

Além disso, há variáveis como a altura, a velocidade do vento e a trepidação causada pelos caminhões que passam na ponte paralela.

Sem chance para erro


Outro ponto que exigiu muita concentração, conforme explicou Magno ao Correio do Estado, foi a água corrente, que eventualmente pode afetar a visão.

“A visibilidade dá uma embaralhada, e eu senti um pouco essa parte. Então tive que redobrar a atenção e o equilíbrio para que nada perigoso acontecesse”, disse o atleta, que completou:

“Mas eu costumo dizer que treino muito para a Copa do Mundo, o Campeonato Mundial e em lugares muito mais estreitos do que a ponte. Só que, lógico, a ponte tem altura, então uma coisa compensa a outra. Treino muito em superfícies finas de 2 a 3 centímetros, mas em lugares baixos, onde, se eu errar, caio na terra com a bike. Agora, lá na ponte, apesar de ser mais larga do que as espessuras com que estou acostumado, tinha que lidar com a altura. Não podia cometer nenhum erro”.

Magno comemorou os comentários nas redes sociais. Embora muitos fossem positivos, sempre apareceram os chamados “haters”, que classificaram a manobra como “loucura”.

Sobre essas críticas, ele ressalta que, por ser um atleta profissional com 23 anos de experiência, seu trabalho é baseado em muito mais profissionalismo do que imaginam aqueles que desconhecem a exaustiva rotina de treinamentos.

“Eu não peguei a bike na loucura e fui lá tentar atravessar a ponte. Foi tudo pensado. Pensei em cada detalhe.”

O resultado, com o visual espetacular de Três Lagoas, foi um sucesso garantido, somando mais de 8 milhões de visualizações e tornando o vídeo viral em várias redes sociais.

 

 

Disputa do Mundial


Diego Magno é o único representante do Brasil na disputa do Campeonato Mundial de Trial, que será realizado em Abu Dhabi, na Arábia Saudita, de 19 a 21 de dezembro. Para mais informações basta acessar o perfil do Trials na competição pelo Instagram (@uci_trials).

Veja o vídeo

 

@diegomagnotrials Um dos projetos mais loucos que ja fiz Ponte ferroviaria Três Lagoas-MS#bike #bikevideos #ride #bicycle #balance som original - Diego Magno

 

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Projeto autoriza investigados por crimes a comprar armas de fogo

Proposta aprovada pela Câmara altera Estatuto do Desarmamento

12/12/2024 14h31

Projeto de lei que autoriza investigados por crimes a registrarem armas de fogo

Projeto de lei que autoriza investigados por crimes a registrarem armas de fogo Foto: Arquivo / Agência Brasil

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A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza investigados por crimes a registrarem armas de fogo. O texto, aprovado nesta quarta-feira (11), altera pontos do Estatuto do Desarmamento, entre eles o que restringia a compra de arma de fogo a pessoas que estivessem respondendo a inquérito policial ou criminal.

O projeto, que ainda deverá ser analisada pelo Senado, define que as pessoas que estiverem respondendo a inquérito poderão comprar arma de fogo e registrá-la em seu nome, exceto se estiverem respondendo pelos seguintes crimes:

  • crime doloso contra a vida;
  • crime qualificado como hediondo ou a este equiparado;
  • crime contra a dignidade sexual, tentado ou consumado;
  • crime tipificado na Lei Maria da Penha;
  • crime cometido contra o patrimônio com o uso de violência;
  • crime de ameaça ou cometido com grave ameaça.

O projeto também altera o Estatuto do Desarmamento na parte que diz respeito à renovação da permissão para possuir armas de fogo.

Com a mudança, será necessário, além de continuar a fornecer certidões negativas de antecedentes criminais, não ter sido condenado por sentença com trânsito em julgado e não estar sob restrição por medida protetiva, como a relacionada à violência doméstica de manter distância da vítima.

Permanecem as outras condições exigidas em lei, como comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de armas de fogo.

Registro

O relator do projeto, deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), incluiu no texto a concessão de um novo prazo de 1 ano para os proprietários de arma de fogo pedirem o registro, devendo comprovar a posse lícita da mesma.

Segundo o texto, poderá ser regularizada qualquer arma em posse do interessado, mesmo antes da data prevista no Estatuto do Desarmamento, 31 de dezembro de 2008. Com a alteração, o proprietário da arma poderá pedir inclusive o registro provisório.

Alexandrino argumentou que o projeto resolve o problema do registro de armas de fogo sem registro.

“Impossibilitar o registro não extinguirá a existência das armas, elas continuarão a existir, permanecendo na ilegalidade como armas frias, na clandestinidade, muitas vezes sendo usadas na criminalidade ou para esquentar supostos conflitos. O registro proporcionará a transparência e o controle necessários a uma política de segurança pública séria e exitosa”, justificou.

O projeto aumenta ainda de 3 para 5 anos o prazo para a renovação do certificado de registro da arma. Além disso, o texto define que o prazo começará a contar a partir da emissão do certificado anterior.

O projeto também altera o ponto do estatuto que trata do disparo de arma de fogo em público. A norma diz que essa prática é crime inafiançável, com reclusão de 2 anos a 4 anos para quem disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela.

Com a mudança, o ato deixará de ser crime inafiançável quando se tratar da legítima defesa ou de outra pessoa.

O projeto também altera o Estatuto do Desarmamento, no ponto em que trata de armas apreendidas, que determina que elas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo.

O novo texto diz que se os objetos já tiverem passado por exame pericial definitivo, deverão ser restituídos ou ter a destinação definida em lei.

Pelo projeto, as armas, acessórios e munições poderão ser doadas, após passar por perícia do Exército, às Forças Armadas e aos órgãos de segurança pública, segundo o padrão de uso de cada instituição.

Será dada preferência para a doação, exceto para as armas de uso proibido ou de uso restrito, inicialmente para os órgãos de segurança pública do estado em que se deu a apreensão; órgão de segurança pública que tiver a menor relação de armas por integrante efetivo da instituição solicitante; órgão de segurança pública cuja sede se localize em área de maior criminalidade; guardas municipais; e Polícia Legislativa Federal.

No caso de arma de fogo apreendida sem número de série ou sem outros elementos de identificação, mas que estiver em perfeito estado de conservação e própria para uso, será renumerada pelo Comando do Exército, que providenciará novo registro para doação aos órgãos de segurança.

Segundo o deputado Alexandrino, um país com grandes dificuldades financeiras, como o Brasil, "não pode se dar ao luxo" de destruir armamento que pode ser empregado pelas forças de defesa e de segurança pública.

“Um país com grandes dificuldades financeiras e de equilíbrio fiscal como o nosso, com os inevitáveis reflexos que levam a carências nas diversas instituições públicas, não pode se dar ao luxo de destruir armamento caro e que pode ser empregado com vantagem pelas forças de defesa e de segurança pública”, defendeu.

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